A grande briga entre esquerda e direita no Brasil trata sobre o conceito de LIBERDADE e de IGUALDADE. O real significado destas palavras é absoluto. Mas a esquerda relativiza, como tudo, o seu conceito… E a briga tá comprada, com naturais polarizações.
Liberdade real é a da pessoa poder escolher o que quer fazer de sua vida privada e de sua vida profissional (esta última para a sobrevivência) e não precisa cumprir nenhuma obrigatoriedade para estas escolhas, somente cumpri contratos pessoais oriundos de suas libertas opções, como emprego, empreendedorismo, dentre outras, que podem ser mudadas quando ela quiser. E o conceito de Igualdade se refere a igual OPORTUNIDADE dos governantes buscada para que as pessoas possam JOGAR O JOGO da VIDA de igual para igual com seus pares.
Mas a esquerda relativiza. Passa para seus seguidores ou na busca de mais seguidores de ideologia, que a Liberdade pode ser àquela, inclusive, de não precisar trabalhar para sobreviver. Já a Igualdade é relativizada pela esquerda como uma busca de pessoas por terem as mesmas posses entre seus pares, as mesmas rendas mensais, o mesmo PODER, consequentemente ( porque dinheiro é poder).
Não existe liberdade sem responsabilidade. Ser livre é se sentir autônomo para sustentar sua sobrevivência sem ter de votar em ninguém, sem ter de cumprir cadastros de cartilhas e etc. E a Igualdade de ambiente competitivo se trata de ter regras do jogo claras, regras que punam as espertezas de concorrentes no jogo da vida para o estabelecimento e o crescimento profissional, mesmo que a busca seja inclusive a de não trabalhar para sobreviver. Mas a esquerda relativiza a Igualdade, palavra presente até no slogan da bandeira da França, sugerindo que a busca por igualdade é a busca da matemática de posses e de ganhos.
DEPENDÊNCIA COMPRADA II
No final, direita e esquerda acabam não resistindo às oportunidades ao colocarem o que chamam “políticas públicas” com vieses populistas como Bolsas de fornecimento de dinheiro mensais, por exemplo. O Bolsa Família do PT foi substituído (com pompas) pelo governo Bolsonaro que chamou-o de Auxílio Brasil, afirmando que era o DOBRO do antigo auxilio do PT, o que era exagero porque houve inflação no período. E com o governo Lula agora também mudou. E o benefício de transferência DIRETA voltou a ser chamado de Bolsa Família, onde petistas por sua vez dizem que, com esta volta, volta também definitivamente o auxílio às pessoas que estariam passando fome com o programa anterior, o que é mentira ou mistura de dados entre esfomeados e beneficiados.
Isto em minha opinião é compra de votos (dependência) de forma “legal”. Nunca pode ser chamado de Liberdade nem de Igualdade, nem dum lado nem doutro.
SAÚDE CONFUSA
O Sistema único de Saúde no Brasil é formado por forças tripartite (Nação, Estados e Municípios) para confundir o povo e retirar a culpa de qualquer um deles quando a coisa está ruim, como sempre esteve, diga-se de passagem. É tão Confusa a coisa e o Poder Judiciário é tão corporativista na matéria que sequer políticos com mandatos sabem bem como funciona o sistema.
Nesta semana saiu um levantamento feito pelo sistema de defensorias públicas estaduais no Brasil (que também é confuso porque é estadual, mas cumpre leis federais) que afinal dá conta que milhares e milhares de pessoas têm ganhado na justiça “direitos” à procedimentos de Saúde que NÃO estavam sendo ofertados onde moram, nem pelas prefeituras, nem pelos Estados Federativos em que vivem, muito menos pelo Governo Federal. São casos principalmente de quimioterapia ou cirurgias urgentes no tratamento de câncer que são realizados após sentenças da justiça e são pagos pelos cofres estaduais.
O que se lê nas entrelinhas é que muitas pessoas que não entram na justiça ( porque sequer sabem que podem fazer isto) morrem por não recebere este mesmo atendimento. Estas pessoas moram nas CIDADES, onde somente o atendimento BÁSICO local é de competência das prefeituras locais. Por isso apelam para o sistema de regulação estadual para suas demandas, mas recebem resposta que não existe vaga para exames, tratamentos ou cirurgias, que são de responsabilidade dos Estados, Estados que gastam em politicagem e não cumprem o que a lei exige, só se for por sentença judicial. Aí as pessoas por final querem apelar para o governo Federal – que coordena o SUS – e não conseguem. Por isto apelam para a Defensoria pública (advogados pagos pelos Estados para advogar em nome dos que não têm dinheiro para pagar os altos custos advocatícios).
A Classe média alta (que paga Planos de Saúde Complementar com medo de morrer ao depender do SUS) é também a que mais paga pelo próprio SUS em impostos. Aí, a mesma classe média tem que pagar advogados para os pobres para que estes entrem na justiça por não receberem atendimento de Saúde como nos Planos de Saúde privados. E o governo antão chega à conclusão que tem que cobrar mais da classe média para atender as demandas gratuitas. No final o resultado é um ciclo vicioso invertido: isto asfixia a classe média que acaba tendo de entrar no SUS. Pode?
Tudo para conquistar votos ao dizer que “oferece saúde gratuita”.
FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO
A Constituição Federal do Brasil estampa em seu texto que TODOS os brasileiros têm direito à Saúde que será “entregue” pelos governos de forma universal e total. Ou seja: todos recebem e não existe limite de atendimento.
Paralelamente, os políticos federais recebem atendimento de Saúde PRIVADO ILIMITADO em hospitais privados de 1ª linha. Servidores públicos de altos escalões federais e estaduais recebem PLANOS DE SAÚDE PAGOS PELOS SEUS “CHEFES” ( por nós – porque vêm do imposto pago), como forma de benefício salarial para suas “proteções”.
Ora: se o próprio Estado, que diz e defende que oferece Saúde gratuita generalizada para os 220 milhões de brasileiros, oferece como “proteção” aos próprios funcionários públicos planos de Saúde privados para protegê-los; o mesmo Estado está dizendo que não consegue se comprometer com o funcionário (que trabalham para que a saúde funcione para todos), de que este terá um atendimento seguro: oferece outro. E paga com o nosso dinheiro…
As pessoas que mais defendem o SUS geralmente são pessoas que são pagas pelo governo federal, estadual ou municipal, geralmente pagas com salários ou aposentadorias polpudos. E a maioria ainda tem plano de saúde privado, em alguns muitos casos pagos ou repartidos os pagamentos pelos cofres públicos, os mesmos cofres públicos que dizem não ter dinheiro para pagar o SUS…
Os estados e o DF devem investir o mínimo de 12% de sua receita, enquanto os municípios devem aplicar pelo menos 15% na saúde pública. O Governo Federal repassa valores que deveriam ser suficientes para que estados e municípios possam realizar estas metas orçamentárias, mas não manda.
E Viva O SUS!!!