OPINIÃO – DITADURA DO PODER JUDICIÁRIO… TAMBÉM NA ELEIÇÃO?

A Censura é a mais covarde espada que um sistema pode ter apontada para a sociedade e pronta para ser disparada

Escultura "A Justiça" em frente ao STF, Praça dos Três Poderes, Brasilia, DF, Brasil.
20 de julho de 2024
Por Fausto Júnior

Penso que a ditadura judicial está em prática no Brasil, consequentemente ativa na eleição municipal dos milhares de municípios neste pleito de 2024. Trata-se da consequência das escolhas dos nossos votos, povo brasileiro, que insiste em eleger “carreiristas” para os cargos na política ao invés de eleger idealistas. É que o carreirista coloca antes de suas ideologias (caso as tenha?), a sua permanência no poder. Só depois de garantir um ambiente amigável dentro do sistema para se eleger ou reeleger, este vai buscar as migalhas que sobram no idealismo. E a consequência é isto.  A burocracia sendo a chefe da qualidade das decisões, quando a burocracia é representada em qualquer lugar pelo excesso de leis… e o Poder Judiciário, afinal, acaba sendo o grande ditador deste emaranhado corporativista estatal.

 

CENSURA FANTASIADA DE DEMOCRACIA

 

A Ditadura Judicial já é ruim por si só. A sociedade empreendedora de ideias e projetos civilizatórios tem sempre uma espada voltada para si. Independente dos caminhos que escolha, a consequência da burocracia estatal sempre tem uma forma de interromper o caminho de cada uma destas empreitadas saudáveis: uma lei que pode frear ou inviabilizar as caminhadas dos projetos. Penso que isto é a Ditadura do Judiciário… Não é a fraqueza intelectual do ministro Alexandre de Moraes que atrapalha. Ele, para mim, é o pior exemplo de ministro dos poderes maiores da república que tivemos, mas as espadas que estão disponíveis para que ele as coloque em cima de nós, simples cidadãos, são as causas da Ditadura do Judiciário.

A Censura é a mais covarde espada que um sistema pode ter apontada para a sociedade e pronta para ser disparada. Creio que ela dá medo aos críticos (imprensa, formadores de opinião, rebeldes do sistema etc.) para que estes não critiquem, ofendam e, principalmente, não denunciem as mazelas e manipulações na política. Ao ponto de, como atualmente no Brasil, manifestações rebeldes estejam sendo tratadas como golpes ao sistema democrático, quando na verdade são armas da democracia para buscar apoio público para mudanças desejadas pela maioria.

Penso que somente quando a sociedade valorizar a eleição de empresários, empreendedores de carreira, cientistas políticos ou artistas para os cargos na política, o caminho para a democracia e para o avanço na busca de vidas em um ambiente progressista com liberdade e responsabilidade será possível. Não eleger políticos de carreira é uma receita da modernidade saudável e arejada. Minha opinião (enquanto ainda posso ter).

 

UM RELATIVISMO ABSOLUTO

 

Os agentes públicos devem adotar as providências necessárias para que o conteúdo dos portais, dos canais e de outros meios de informação oficial excluam nomes, slogans, símbolos, expressões, imagens ou outros elementos que permitam a identificação de autoridades, governos ou administrações cujos cargos estejam em disputa na campanha eleitoral, ainda que a divulgação tenha sido autorizada em momento anterior. Este é um dos artigos da lei que “norteia” (ou desnorteia) a comunicação das prefeituras e Câmaras de Vereadores neste ano eleitoral.

O que são outros meios de comunicação “oficial”? O que é oficial? E Identificação de autoridades, governos ou administrações cujos cargos estejam em disputa… para mim é tudo… Isto é o que chamo de ESPADAS.

Como nossa constituição, as leis feitas pelos políticos de carreira afirmam o absurdo do ‘relativismo absoluto’. Algo tipo TUDO PODE, EMBORA NADA POSSA…  Para mim este é o “norte” de nossa carta magna, o que é seguido pelos milhares de políticos. Se não seguirem, não conseguem se manter no poder. E se não se manterem no poder não podem modificar (a maioria da maior motivação dos políticos idealistas).

Penso que nossa Constituição, afinal, tem espadas voltadas para nós mesmos, o que acaba transformando nossa nação em uma Ditadura do Judiciário e cartilha de político de carreira.  Ou não?

 

GUERRA DE FOICE NO ESCURO

 

Sem a possibilidade legal das candidaturas às eleições municipais sejam livres para marquetear a busca de seus votos, como exige a nossa lei brasileira, a “parte suja” acaba tendo importância. E esta importância acaba fazendo com que um exército de pessoas (legitimas e fakes) passem a fazer pressões como iscas para pescar vantagens para seus candidatos ou preferencias políticas. São dezenas de perfis falsos e localizáveis que começam a entrar embaixo de publicações da imprensa nas redes sociais, como se fossem torcedores ideológicos, mas que na verdade o fazem para ofender ou depreciar tudo que diz respeito aos seus algozes – assim como elogiar tudo que vem em favor de seus escolhidos (ou ‘financiadores de propina’). ´E como o Jogo do Bicho, criado porque o jogo é proibido no Brasil.  E estas narrativas colocadas cirurgicamente embaixo de publicações da imprensa, podem começar a ser consideradas por pessoas do povo como a ‘verdadeira verdade’ (quando é mentira), isto por conta de campanhas com propaganda ou afirmações mais fortes não poderem ser publicadas.

Ou seja: o feitiço acaba indo contra os feiticeiros (censuradores), que então podem sugerir uma censura maior ainda, como última carta para encerrar a sujeira na política, quando na verdade não estão se dando conta que, quanto mais censura, maior a chance de o jogo sujo vir à tona. Penso que as Fake News e as cartas anônimas só acontecem porque a lei não deixa que se publique a notícia corretamente, assim como não aceita que se propaguem cartas assinadas de defensores de uma ou outra ideologia. Ou não?

O que sobra é, mais uma vez, a ditadura do judiciário, que entra para censurar mais ainda, tendo que consequentemente agir em cima do aumento da sujeira. A liberdade é o caminho mais correto para se ter informações, para se saber e verdade. Mas no Brasil, muitos entendem o contrário. Olho no lance…  mas também na lei! Cuidado com a Censura!!!

 

RECEITA DE BOLO… SEM AÇÚCAR E SEM GLÚTEN.

 

Os marketeiros não sabem exatamente o que pode ou não pode fazer com segurança nas eleições. Sabem que sempre terá pelo menos uma faca apontada para ele, onde basta a mão do judiciário para ela entrar em ação… o que dá medo, muito medo.

As ameaças do poder judiciário do Brasil em censurar as redes sociais e os meios de comunicação também influenciam. São novas facas que se posicionam em cima da sociedade, o que faz com que os que não podem perder seu trabalho não arrisquem, portanto não empreendam, não reclamem, não se posicionem.

Vai chegar uma hora que as capas de jornal em época eleitoral terão de ser de receitas de bolo… Sem açúcar e seu glúten, ainda por cima!

 

 

 

 

 

 

 

 

 




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