Sem motivos conceituais, em minha opinião, a eleição para Presidente no Brasil se transformou em “briga de cachorro grande”. É que o pleito foi, é e será uma briga entre Bolsonaro e Lula, a menos que um dos outros candidatos entre numa questão que viralize, que pode ser até a briga entre os dois adversários. Mesmo assim, um deles deve ir para o segundo turno com este meteoro centrista, e a briga deve continuar entre cachorros grandes porque os seguidores fiéis – tanto a Lula quanto de Bolsonaro – são como soldados em batalha ideológica. E o segundo turno será uma batalha seja lá com quem for.
Em minha opinião esta briga grande no Brasil é por conta do alto orçamento e salários do setor público. E a questão então acaba se transformando em uma guerra de facções, que no fundo querem o PODER e as benesses oferecidas por esta conquista, principalmente para os apoiadores.
NO RS, MELHOR SERIA SE TERMINÁSSEMOS COM ESTE MODELO DE GOVERNO ESTADUAL
Aqui no Estado, o trabalho do próximo governador será evitar a falência das finanças locais, como sempre foi dos outros governadores desde a Constituição de 1988, quando encerramos a ditadura e foi implantada a “Constituição Cidadã” no nosso país. Ela sugere Estados Federativos grandes, cheios de secretarias, que forneça bem estar para as pessoas, o que em princípio é nobre. Só que se esqueceram de calcular se os orçamentos teriam esta possibilidade, o que eles (orçamentos) não têm e nunca tiveram.
O resultado é este que vemos. O RS deve para o governo Federal o que nunca terá condição de pagar. Antes da entrada da inteligente Lei de Responsabilidade Fiscal, implementada e aplicada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso em todo o Brasil na década de 1990, os Estados Federativos podiam até se endividar sem limites com bancos, o que foi proibido pelos limites dados pela lei. Ou seja, era PIOR AINDA.
Os Estados têm obrigações objetivas de ser uma espécie de franquia do governo federal na Saúde, na Educação e na Segurança Pública. Recebem fundos federais e têm a obrigação de coloca-los em orçamentos específicos e contribuem se puderem com verbais adicionais. Só que somente as estruturas funcionais dos estados Federativos, pelo menos no RS, consomem quase todo o orçamento de receitas estaduais, incluindo as verbas federais. E somente o governo de Yeda Crusius e de Ivo Sartori pelo menos sinalizaram caminhar para poder gastar só onde e quanto podiam, incluindo os recursos humanos. Os outros governos não demonstraram esta sinalização de diminuir o TAMANHO do Estado, incluindo os outros poderes como a Assembléia Legislativa e o Poder Judiciário, que sobrevivem com duodécimos pagos pelos governos executivos instalados.
Se passassem os direitos e deveres dos Estados para os municípios, a nação poderia sobreviver com muito menos estrutura. E os estados passariam a ser somente fiscalizadores das tarefas estaduais e federais pelos municípios, numa estrutura que caberia em um andar de um prédio.
Neste contexto inovador as pessoas ficariam mais perto do poder. Por exemplo, as Escolas Estaduais seriam parte da estrutura das secretarias municipais (com as verbas federais proporcionais), a Saúde também seria cuidada pelas secretarias municipais (com as verbas federais e regras de lei federal) e a Segurança centralizada em uma delegacia de polícia dividida em policiais fardados (atuais BMs) e policiais civis trabalhando na inteligência.
CANDIDATOS OPOSTOS
Como não vai pelo menos agora ser modificada a estrutura dos estados de forma radical, como a coluna sugeriu no texto acima, estamos em período eleitoral e temos de VOTAR em algum candidato para que governe os caminhos da utilização dos recursos públicos estaduais assim como coordenar o sistema de arrecadação do RS.
Existem vários candidaturas que se mostram viáveis de DIREITA e de CENTRO. Na ESQUERDA temos duas candidaturas que podem ser viáveis. Uma mais ao centro do PDT e outra mais a esquerda do PT. Assim como existem outras que vão acabar se alinhando àquela que conseguir o poder PELA ESQUERDA. E a esquerda acredita nas empresas públicas, consequentemente a não privatização das poucas que ainda existem e acredita em um Estado Grande e cheio de servidores atuando a favor do povo, pelo menos tentando como tem sido nas últimas décadas. Se precisar ser INTERVENCINISTA, ela (Esquerda) assim o faz com leis restritivas e punitivas ou com aumento de impostos e taxas para alcançar seus intentos progressistas chamados de Bem Estar Social.
No outro lado, Eduardo Leite (PSDB) alinhado ao MDB e outros tenta a reeleição, mesmo tendo prometido que não iria tentar a reeleição durante a campanha de 2018… Como o PSDB em um todo, ele defende a LIBERDADE na Economia, embora acredite em certo protagonismo nos costumes de forma progressiva como a esquerda.
Mais para a direita temos o senador Luiz Carlos Heinze (PP) que é bom de eleição e mostrou em 2018 quando saiu de 3% para Senador e acabou levando uma das cadeiras em Brasília numa virada espetacular. Trata-se de um empresário que acredita que as ações publicas devem ser baseadas na saúde dos formadores de riqueza e da responsabilidade do governo para com as finanças. Nos costumes ele e seu PP são conservadores. Respeitam as diferenças, mas não trabalham em políticas públicas muito AFIRMATIVAS nas questões de igualdade e diversidade. Preferem que as coisas aconteçam naturalmente.
Mais a direita ainda temos a candidatura de Ônix Lorenzoni (PL) – um Liberal radical na Economia, como seu parceiro Jair Bolsonaro, e conservador nos costumes a ponto de tentar produzir políticas públicas afirmativas no fomento do conservadorismo, certo embate frente aos que promovem o progressismo de Costumes (geralmente pela Esquerda e Centro esquerda).
CANDIDATURAS REGIONAIS SERIA O VOTO DISTRITAL
Nas candidaturas a deputados Federais já existe a restrição de estes serem oriundos do Estado do RS como única opção de voto. Mas para deputados Estaduais, ainda não existe a formação dos distritos para dividir os representantes, embora este assunto esteja incluído nas propostas de reforma política que estão em processo de espera acho que porque as mesmas reformas ferem o corporativismo estatal, portando tendem a ser rechaçadas…
Voltando ao assunto de voto distrital, a coluna sempre lembra que nós podemos escolher candidatos que sejam da NOSSA região para as cadeiras disponíveis na Assembléia Legislativa do RS. Basta prestar a atenção nas campanhas para se saber quais são efetivamente pessoas candidatas que são representantes do Litoral Norte e moram no Litoral Norte (ou pelo menos são naturais daqui). E ai escolher o seu ou a sua.
Em minha opinião a opção de candidaturas DE FORA só será necessária para os que querem voto distrital, se os que estão no distrito sejam de ideologias totalmente divergente do senhor ou senhora ai da poltrona. Por exemplo, se somos de direita e o candidato é de esquerda, ou vice e versa, daí não adianta. É como dar pólvora para o inimigo…