Alguns socialistas radicais (ou corporativistas estatais) tratam o empreendedorismo como uma espécie de “esperneio” das pessoas que não tem emprego. Chegam a batizar a opção, generalizando tudo, para o termo “Se-Viradores”, como pessoas que” se viram”. Discordo peremptoriamente e chego a afirmar que se trata a uma ofensa.
Se não houvesse o empreendedorismo, mesmo os pequenos e individuais, as sociedades estariam quebradas (como as que optaram pelo comunismo e tiveram que pedir esmolas para o mundo). E tiveram que pedir esmola justamente porque ficaram anos tratando o povo como ‘adolescentes que recebem mesada’ do governo, sem dar a eles a chance de exercitarem sua autonomia de sustento e, consequentemente, sua real soberania: a liberdade de escolha. E é do “se virar” que aparecem grandes ideias, grandes empresas.
A opção de empreendedorismo individual, além de ser a forma singular de pessoas sentirem o prazer de viverem por suas próprias forças e suas próprias competências, âmago da busca dos seres humanos, também oferece à sociedade a melhoria da qualidade e a baixa dos preços justamente pela concorrência de mercado. Quem empreende só vai vencer se oferecer um produto melhor ou mais barato que os concorrentes para os seus clientes, o que faz com que TODOS trabalhem para serem MELHORES e mais BARATOS, fato gerador da qualidade e do progresso sustentáveis.
Servidores públicos e pessoas que preferem carteira assinada são saudavelmente parte do processo de produção de um sistema liberal. Não são as partes exploradas, como alguns sugerem ao taxar empresários como “bandido da história da sociedade”. Alguns socialistas ou trabalhistas radicais, no entanto, acham que são estas as principais formas de trabalho sério que deveria existir nas economias. Conceituam o empreendedorismo como um espécie de “esperneio” dos que não conseguem emprego público ou emprego de carteira assinada, o que é um erro. Na verdade, penso que quem não consegue empreender é que acaba, muitas vezes, tornando-se mais limitado no sistema de competências da humanidade.
No “Jogo da vida” profissional (também conhecido como sobrevivência), o empreendedorismo é o sistema que gera dinheiro para TODAS as pessoas sobreviverem, crescerem em poder aquisitivo e a enriquecer (se quiserem). E o enriquecimento nada mais é do que a direção de utilização de capital para que mais empregos e mais renda sejam criados, pois os lucros são investidos na economia para que estes se multipliquem (quando o processo é um ciclo virtuoso).
Muitos servidores públicos – além de serem sustentados por um naco cobrado (de forma compulsória) do dinheiro que é fruto de esforço dos empreendedores – no sistema somente colaboram para que o ambiente coletivo destas pessoas (incluindo elas mesmas) seja salutar e funcional, pois POUCO PRODUZEM e não correm risco de sucumbirem caso errem. O contrário ocorre com o empreendedor: se erra, se rala. Portanto, se não fosse o empreendedorismo, não existiria o servidor público, pois dinheiro não dá em árvore como laranja. A menos que o sistema seja estatizado e quebre adiante (como ocorreu com países que optaram por estados grandes).
Já os funcionários de carteira assinada (ou não) são parte do sistema, talvez a opção mais escolhida pela humanidade em todos os países que se desenvolvem. Trocam tarefas específicas por remuneração fixa, com riscos muito menores que seus chefes – e por isso os ganhos (salários) não são tão altos quanto dos gestores das empresas (que ficam com a responsabilidade maior). São “jogadores dos times” que competem no mercado para jogarem o jogo da vida e, consequentemente, oferecerem cada vez mais produtos melhores e mais baratos para a população como um todo, a consequência e bônus da competição.
NOVA ONDA DE VIROSE?
O vírus – que iniciou sua proliferação na China e se espalhou pelo Planeta Terra como a pandemia de Covid 19 – parece querer iniciar nova batalha em sua guerra com a humanidade. Infelizmente, no Brasil todo, se inicia outro aumento dos índices de contaminação.
A terceira onda do novo Coronavírus e suas cepas ou variantes mostra que o efeito macro da pandemia é muito maior do que o efeito causado pelo comportamento da comunidade. É claro que o relaxamento de jovens – quando participam de festas clandestinas e esquecem a utilização de máscaras – aumenta o contágio, mas as ondas vêm em todo o mundo enfrentando a tudo e a todos e acabam causando um número grande de vítimas de contaminados e de mortos na maioria dos países.
No mundo, poucos países – como a Nova Zelândia e a Austrália – conseguiram evitar picos da pandemia em seus territórios. E o padrão das duas nações foi de fechar as fronteiras desde o início. E fechar as fronteiras com firmeza de propósitos. Os países têm a vantagem de serem ilhas, ou seja, o fechamento das fronteiras é mais simples: por água e por ar. Não existe fronteira seca. Mas funcionou, pelo menos até agora. Por isso, não sei por que os Estados Unidos, por exemplo, não fizeram o mesmo. Não sei por que a Inglaterra não fez o mesmo. Os Estados Unidos, por terra, só têm fronteira seca com o México e com o Canada. E se fechasse radicalmente a entrada de pessoas de fora, por ar e por mar, poderia ter melhores resultados. A Inglaterra, mais ainda. É uma ilha. Mas não… Tanto os EUA quanto a Inglaterra não fecharam suas fronteiras de forma radical e apresentaram altos índices de contágio e mortes pela Covid 19.
O Brasil tem várias fronteiras na América Latina. Somente o Chile e o Equador não fazem fronteira conosco por terra. Mas mesmo assim, se o nosso país fechasse a entrada de estrangeiros do mundo por ar e por mar, com certeza os índices seriam melhores. Está provado isto pelos países da Oceania (NZ e Austrália).
DIREITO A OPINIÃO… DADA E RECEBIDA
O vereador Rogerinho (PP), após manifestação do presidente do Commam de Torres onde o líder do conselho o acusou de ter sido muito forte perante a entidade (Commam) em manifestação feita na tribuna da Câmara respondeu que:
1 – Não é contra o conselho e sequer é contra os integrantes do conselho.
2 – Não é contra a proteção ambiental.
3 – Mas é contra ações burocráticas e radicais que têm sido empreendidas pelo conselho, por isso teria dito que o conselho não serviria. Mas não serviria se fosse para tomar estas decisões burocráticas e radicais.
Cabe lembrar que um projeto de Lei foi aprovado na Câmara, onde a cidade só necessita se submeter às normas estaduais para que sejam realizadas as licenças ambientais de empreendimentos de baixo impacto, retirando de certa forma algumas intervenções que eram feitas pelo Commam.
Também acho que o vereador tem o direito a opinião. Além de direito tem o dever como vereador. Assim como o Conselho (e seu presidente Rivaldo) também tem direito a opinar, o que fez na tribuna da Câmara (semana passada).