Nesta semana que passou, um dos debates na política foi sobre a sugestão do presidente Bolsonaro de comemorar o movimento de implantação do governo de exceção em 1964 (eu tinha seis anos), com a entrada dos militares no poder. O Presidente e uma corrente de brasileiros sustenta que o movimento do exército foi uma revolução para derrubar a implantação do Comunismo. Mas outra corrente de brasileiros sustenta que o que houve em 1964 foi um golpe de estado.
Pois eu acho que foram os dois. Digo mais: acho que sempre um golpe pode ser conceituado de revolução assim como sempre uma revolução pode ser conceituada de golpe. A Revolução Soviética e a Revolução Cubana podem ser consideradas golpes: elas derrubaram poderes estabelecidos. Assim como o pessoal do PT chama o Impeachment de Dilma de Golpe, quando foi um impedimento previsto na constituição.
Como uma revolução (ara ser assim considerada) deve ser oriunda de um movimento político, a de 1964 é chamada de contrarrevolução comunista por militares, por tratou de interromper um governo que estaria implantando a Revolução Comunista no Brasil. Mas como o movimento foi apoiado por parte da Igreja Católica e por parte da sociedade empresarial e conservadora do Brasil, poderia, sim, então, ser chamada de revolução ao estabelecido: o governo Jango e a tendência socialista temida à época por brasileiros, que então foi derrubado por uma revolução conservadora.
Em minha opinião, o regime foi uma ditadura com todas as mazelas do sistema: censura, perseguição e até violência e morte por conta desta espécie de guerra fria entre dois polos políticos quando um lado tem o poder para operar, uma covardia. Mas por outro lado há de se considerar que o governo do Brasil, entre 1964 e 1985 – período do regime fechado – conseguiu fazer com que o país passasse por anos de alto desenvolvimento, chamado à época de “Milagre Brasileiro”, com crescimentos do PIB em torno de 10% anuais por vários anos. Não sabemos e nunca saberíamos se conseguiríamos este feito com a continuidade do caos que estava instalando 1964, quando do” Golpe ou Revolução”.
Então, na parte econômica acho que foi revolução. Mas na parte dos costumes, poderia se considerar mais golpe. Censura e tortura nunca será um bom costume.
E é isto que deveremos “comemorar” ou “Lamentar” sobre o período de exceção no dia 31 de março.
Governo Bolsonaro é POLÍTICO
Pessoas criticam incondicionalmente ou elogiam incondicionalmente o governo Bolsonaro. Trata-se da polarização da sociedade brasileira, bem dividida entre àqueles que não querem nem ouvir falar em governos esquerdistas (Lula) e as que não querem nem ouvir falar sobre governos direitistas (Bolsonaro). Embora Lula esteja preso e Bolsonaro com a faixa presidencial, tem muita gente nestes dois lados radicais no Brasil e em nossas cidades, e ao nosso lado. E é assim a democracia.
Mas tem gente que está criticando o governo Bolsonaro porque o presidente está sendo muito “sincero” e causando caras feias em pessoas citadas por ele em pronunciamentos nas redes sociais, só porque ele (presidente) está mantendo suas convicções, mesmo estas sendo opostas a de outros políticos.
Pois eu acho que isto é POLÍTICA. Criticar opiniões de outros por ter convicção que estas não condizem com as nossas é fazer política. Colocar isto em redes sociais é ser transparente com pensamentos políticos. Melhor isto do que querer desqualificar oponentes por outras coisas que não envolvem posições ideológicas para brecar que o poder do concorrente seja virtuoso. Isto não é política: trata-se de politicagem e fofoca.
Não concordo com TUDO que este presidente sugere. Acho que o Brasil tem que passar por um governo que exija DICIPLINA e isto ele quer… E como! Mas concordo que o presidente se mantenha “autêntico”. Prefiro um presidente autêntico a um presidente Cínico. Os reflexos republicanos da troca de farpas entre Bolsonaro e seus pares de governo, assim como a oposição, estão, sim, gerando confusão no governo. Mas o lado bom disto é que as unhas de outros “poderosos” aparecem e nós – sociedade – e o presidente podem conhecê-los melhor.
PRIVATIZAÇÃO
Movimentos contra privatização de empresas estatais geralmente são liderados por sindicatos de servidores específicos destas empresas. Alguns partidos políticos de esquerda também defendem a manutenção das empresas públicas. Mas os motivos geralmente são diferentes. Explico.
Políticos de esquerda geralmente defendem estado grande e geralmente não tem muita simpatia pelo sistema competitivo do capitalismo. O resultado disto é ir contra privatizações e, ao contrário, criar em governos mais empresas estatais. No RS, no governo Tarso (T) foi criada a EGR – Empresa Gaúcha de Rodovias – que o atual governo Leite já anuncia que vai extinguir aos poucos, por exemplo, (dois extremos).
Mas os sindicalistas, ao contrário dos políticos, defendem na prática o emprego dos seus sindicalizados. E uma empresa que é privatizada não vai abrir mão de todos os funcionários. Quem é bom acaba ficando na empresa, que vai continuar operando, só que dentro da ótica competitiva do liberalismo econômico.
Portanto, não é sincera esta defesa de sindicatos. Eles brigam por uma coisa quando no fundo podem estar dizendo que os empregados daquela empresa estatal NÃO TEM COMPETÊNCIA para se manter trabalhando por suas próprias forças em um ambiente de empresa privada, o que pode estar depreciando os servidores ao invés de defendê-los.
Na prática a briga é por MORDDOMIAS MAIORES geralmente dadas por empresas públicas, mesmo para trabalhadores de baixo salário. Olho no lance!
Pra que visto para turista?
A economia brasileira foi a maior beneficiada com o primeiro ano de funcionamento do visto eletrônico para cidadãos australianos, americanos, canadenses e japoneses. O aumento de 15,7% da entrada desses viajantes no território nacional resultou em uma injeção de R$ 450 milhões no país, segundo levantamento feito pelo Ministério do Turismo com base nos dados da Polícia Federal. A estimativa da Pasta é que a isenção de visto, anunciada na última semana pelo governo federal, aumente ainda mais a presença destes turistas no Brasil.
Concordo plenamente. Não vejo por que nenhum cidadão de nenhum país tenha de ter visto. Caso sejam turistas irão ter mais dinheiro para deixar para a nossa economia durante a viajem. E se quiserem trabalhar, vão necessitar se cadastrar ou ser convidados e voltar para seus países de origem.
Os americanos exigem visto de alguns países porque os Estados Unidos e alguns países ricos são alvo de imigrantes oportunistas, além de o risco de terrorismo de grupos que atacam geralmente países ricos como EUA, França, Inglaterra, dentre outros. Mas o Brasil ainda está LONGE de ser alvo de terroristas, assim como está longe de ser um paraíso de imigrantes que querem emprego e renda.
Que se permita o mais possível entrada de estrangeiros sem visto. O Turismo agradece.