A Guerra é a mais deplorável demonstração de recaída ao primitivismo dos humanos. Ela por si só deveria estar fora de nosso vocabulário, tal são as possibilidades atuais de se conseguir as coisas que se quer sem ter que roubar ou usar de força armada contra o outro. E isso serve para uma pessoa ou para uma nação, sem diferença. Tenho visto muitas analises sobre conflito na Europa, entre Rússia e Ucrânia, o que me preocupa porque explicações sobre motivos para guerra não deveriam existir, deviam ficar somente na explicação do tamanho da barbárie e não das táticas ou de “motivos geopolíticos”.
O início de uma guerra é um ato irracional, irresponsável e deve ser repudiado em qualquer situação. Não há histórico de lutas antigas que expliquem uma guerra. O término das grandes guerras entre nações, que parecia ter ocorrido no final da segunda guerra mundial (na década de 1940), já deveria ser considerado um passo adiante da civilização, sem retorno. Ou seja, falar em guerra deveria ser o mesmo que achar normal uma pessoa assassinar ou agredir fisicamente a outra para obter alguma coisa para si, uma postura pré-histórica e uma covardia, que mostram uma doença que deve ser atacada como tal, em processos de saneamento psicológico ou psiquiátrico.
GUERRA DEVERIA SER COISA DO PASSADO II
Tentar saber qual foi a decisão de Hitler para entrar em Guerra, por exemplo, não deveria fazer parte de estratégias de guerra e de dados para análises do conflito atual entre a Rússia e a Ucrânia; deveria, ao contrário, ser um tratado de diagnóstico de uma pessoa insana e que deve ser guardada longe da sociedade.
Saber o poderio de um exército perante outro deveria ser o mesmo que saber se uma briga encerrou com um tiro contra o oponente – que só possuía um pedaço de pau – e não uma explicação tecnocrata de como uma nação têm mais poder do que a outra, pois se trata de utilizar a força militar contra o adversário, uma infelicidade quando há inúmeras formas de conseguir se chegar ao mesmo resultado com debates, com opiniões de terceiros ou por um tribunal internacional, por exemplo.
Querer falar sobre poderio de armas atômicas, então, beira ao ridículo. Uma arma que pode destruir nações inteiras com um aperto de um botão é tão surreal quanto falar sobre formas de “suicídio mais correto”. Quando se tem na mão armas exterminadoras como estas (que deveriam ser extintas), não haveria ter debate sobre quem pode usar ou quem não pode usar, porque a simples ideia de disparar uma bomba atômica é uma covardia tão grande que não deveria ser cogitada. É como dar poder a um médico de interromper e desligar os aparelhos de um paciente vivo em uma sala de cirurgia – por conta de vingança, de cobrança e etc. Uma covardia enorme.
GUERRA DEVERIA SER COISA DO PASSADO III
Os exércitos deveriam existir para guardar as fronteiras das nações das ações de bandidos, traficantes, contrabandistas e de invasões eventuais de pessoas físicas. Além de agirem em nome do Estado de direito contra levantes internos factualmente provados, que são de roubo de interesses à força.
O treinamento para a Guerra dos exércitos deveria, portanto, ser feito somente para casos de ajuda contra movimentos mundiais de loucos, como o terrorismo, por exemplo. Guerras entre nações deveriam ser proibida definitivamente. E resolvida por tribunais mundiais, balanceados por ideologias civilizatórias diferentes.
Armamento para batalhas e guerras entre exércitos deveriam ficar em último plano nas nações. Não é coerente gastar dinheiro do povo para manter estoques de equipamentos e munições para uma eventual guerra, pois guerra entre nações deve ser decidida nos tribunais mundiais, com direito a opinião de todos os povos envolvidos através de votação. Munição e armamento estratégico ficariam restritos a cobertura de fronteiras contra malfeitores em geral, o que dignificaria ainda mais o trabalho dos militares da ativa.
Não há nada que justifique um avião atirar uma bomba em um prédio, em uma fábrica ou em uma instituição. Trata-se de uma covardia tratar o assunto na força bruta, seja a força que houver, e deixar de lutar pelas coisas através do diálogo e de diplomacia entre nações.
Acho que o presidente Putin deveria renunciar ao seu cargo de primeiro homem da Rússia, como ato de reconhecimento de seu o erro e de sua arrogância demasiada. Acho que os generais, ou seja lá quem forem os tomadores de decisão na hierarquia logo abaixo do presidente, se retirariam também. E até algumas das demandas da Rússia poderiam ser aceitas pela Ucrânia, desde que fosse após a desistência da violenta e covarde invasão de seu país.
SEMPRE A CULPA É O EXCESSO DE ESTADO
Se os Estados no mundo não tivessem ainda tanto poder sobre as pessoas das nações, estas coisas não aconteceriam. A coerção é uma das maiores mazelas da humanidade. Ela é corruptora de almas desde uma relação entre uma pessoa com o estado (ou chefia) e se multiplica de forma geométrica tanto quanto vai envolvendo famílias, bairros, cidades, estados federativos e nações.
O extremo destas mazelas oriundas do poder da coerção já foi (e ainda é) mostrado em regimes ditatoriais de nações socialistas radicais, como as que praticam regimes similares ao comunismo. Tudo inicia com uma promessa de igualdade extrema feita por um governo em nome de um golpe, que também é chamado de revolução, às vezes infelizmente conseguida em um processo eleitoral. O segundo passo dos ditadores é o de cadastrar as pessoas e passar a fornecer “direitos” a estas na forma de dinheiro ou na forma de benefícios físicos, como emprego, casa, comida e etc. Depois vem a cobrança: Os governos passam a exigir comportamentos das pessoas em nome da “Pátria”, justificados justamente pelos “benefícios” dados a elas de forme sistêmicas, o que acaba gerando uma espécie de lavagem cerebral nos viventes; os cidadãos que se rebelam contra são punidos; as informações de fora que mostram as mazela destes sistemas de governo são censuradas, assim como leis locais proíbem que estas sejam publicadas seja lá onde for; e as pessoas são proibidas de sair do país (como em Cuba) como ato final do presídio que é o comunismo.
Tudo isto inicia com o poder do Estado perante as pessoas, seja lá qual for o regime. Portanto, trabalhar para que a civilidade de uma nação seja inversamente proporcional à interferência e dependência dos moradores do país perante favores ou serviços do Estado estabelecido deveria ser o maior medidor de modernidade dos países no planeta. Só que a ONU e as Nações Unidas não gostam disto, porque elas existem justamente para interferir nos estados quando em conflitos. E caminham para uma espécie de governança mundial, que não é possível acontecer de forma saudável pelos mesmos motivos acima. Muito menos tecnocratas de carteirinha como o Putin, a família Castro (em Cuba) e outros tantos que estão pelo mundo ainda com a utopia inalcançável do “mundo melhor” através da interferência total do estado na vida das naçõe,s que acaba levando a situações como a escrita por Aldous Huxley, no clássico e best seller livro “Admirável Mundo Novo”. E esta tentativa inglória que leva às guerras, uma atitude primitiva e que deveria estar somente na história da humanidade.