Estamos no chamado “Junho Violeta”, período escolhido para que a sociedade faça reflexões e inicie ações contra a violência às pessoas idosas. Existem várias demandas da categoria social que são legítimas. A principal em minha opinião é fomentar que as famílias cuidem de seus idosos em casa, quando puderem. Deixando a opção das Casas de Longas Permanências (antigos asilos) para a última opção, pois afeto familiar é insubstituível.
O Poder Público, no entanto, deveria olhar para as CALÇADAS das cidades pensando nos idosos e consequentemente oferecendo modernidade e conforto para todos, inclusive para os s jovens. É que não há justificativa para os passeios públicos se apresentarem da forma que se apresentam. Em Torres, o problema é seríssimo.
Não há NENHUMA fiscalização. Prédios reformados colocam calçadas com alturas acima das do vizinho para “espertamente” fugirem do risco de alagamentos, o que causa degraus e cordões de calçadas que em alguns casos parecem pistas de decolagem de Asa Delta de tão grande que são as distancias entre a calçada e a rua. Em muitos casos se torna IMPOSSÍVEL um idoso ou uma idosa de mais de 70 anos subir a calçada quando atravessam a rua. E parece que isto é permitido, porque os casos se repetem sem nenhum processo de rebaixamento nem multa.
O fato de a calçada ser de responsabilidade do dono da casa ou do terreno onde esta (calçada) passa paralela a faixa de rolagem (rua – que é de responsabilidade da prefeitura), também permite que uma enormidade de acabamentos seja colocada, sem nenhum padrão de segurança, pelos menos fiscalizado. Os idosos, então, se defrontam com calçadas escorregadias e se sentem caminhando em limo; se defrontam com piso sem nenhum calçamento que quando chove mais parecem barrais de areia movediça; se defrontam com calçadas interrompidas por subidas de veículos que se transformam em alguns casos em verdadeiros buracos na frente e em outros se transformam em rampas que aparecem no meio do caminho. Caminhar em quadras em Torres é como uma corrida de obstáculos… E nada é feito…
Tenho certeza que se no hospital e em clínicas locais fosse feito um levantamento estatístico das causas de lesões em idosos que procuram hospitalização ou pronto-socorro, constataríamos que a falta de segurança nas calçadas seria a maior causa.
Cidade turística e com um grande número de idosos que moram nela ou a frequentam como a nossa Torres deveriam ter um programa de governo (de preferencia de estado – com lei) onde as calçadas fossem padronizadas, simples, mas com segurança para os transeuntes. Sabe-se que muita gente não tem dinheiro para construir ou manter seus passeios defronte suas casas, o que acaba emperrando ações de padronização através da responsabilização individual. Por isso um programa de responsabilização da prefeitura poderia ser pensado. Olho no lance!
CULTURA E DESPORTOS & SECRETARIA “NOVA”
A questão da Cultura e dos desportos em Torres foi tema de troca de opiniões na participação de tribuna dos vereadores da Câmara na sessão de segunda-feira, dia 14 de junho. É que o novo secretário da pasta José Maruí Rodrigues esteve se reunindo com os vereadores para apresentar o início de seus planos para reativar a pasta, o que acabou gerando opiniões e demonstrando divergências.
O vereador Gimi mais uma vez lamentou a “histórica” falta de valorização de atletas torrenses em Torres. Mais uma vez porque o vereador que já possui seis legislaturas sempre toca neste assunto ao longo se seu trabalho em todos os seis quadriênios de mandato. O vereador Igor Beretta criticou de forma contundente a falta de trabalho nos desportos, principalmente no Futebol, onde é líder e fundador da liga do esporte em Torres.
Já outros vereadores, principalmente o vereador Carlos Jacques, colocaram confiança nos sinais de trabalho do novo secretário. Mas a questão do número de funcionários da “nova” secretaria foi citada sem opiniões positivas ou negativas e acabou ficando no ar como um questionamento, já que são atualmente somente cinco servidores lotados na Pasta da Cultura e Esporte.
Digo “nova secretaria” entre aspas porque esta pasta já foi colocada como projeto de governo na época da prefeita Nílvia; depois foi retirado pela prefeitura do 1º governo Carlos Souza como forma de diminuir o número de pastas na administração prometido por ele à época. E agora volta de novo, depois de mais uma vez ter ficado embaixo da Secretaria de Turismo como era há muitos anos em outros governos de Torres.
Pra mim claramente têm casos que não há necessidade de ter uma secretaria. Isto ocorre quando há uma agenda forte em uma pasta que é implantada e mantida por contratações terceirizadas e o controle e direção de poucos servidores. Mas acho que não é esta a ideia do governo Carlos Souza. Ele optou por colocar um Secretário Titular na pasta de Cultura e Desportos, provavelmente porque acha que a atividade requer certa estrutura de pessoal fixo para tocar o dia-a-dia. Vamos ver o que acontece com esta nova e antiga secretaria, que ressurge para novas façanhas.
MAIORIA DOS POLÍTICOS DE BRASÍLIA SÓ QUER ENGANAR O JUIZ
Infelizmente, nas últimas décadas o Brasil colocou mais políticos trabalhando em seus mandatos e ao mesmo tempo valorizou mais a esperteza destes políticos do que seus verdadeiros trabalhos. Isto é uma tempestade perfeita que assola as bases de valores de uma nação.
Atualmente os principais canais de notícias de TV e estações de rádios do país estão dando a maioria de seus espaços nobres para cobrir um circo acerca de acertos e erros do Poder Executivo perante a pandemia de Covid 19, um assunto longe de ter dados científicos confiáveis para se saber sobre acertos e erros seja lá de quem for, pois em todo o mundo várias receitas foram utilizadas com vários resultados. O que mostra que na verdade, políticos oportunistas querem culpar o atual presidente Jair Bolsonaro por seus atos na Cadeira Maior, o que sinaliza por um processo de Impeachment pela frente.
Esta situação também se observou bem ali atrás, quando a então presidente Dilma Rousseff foi impedida e retirada da presidência por supostamente ter autorizado que fossem realizadas pedaladas fiscais nas contas públicas da República brasileira, uma besteira que poderia ser causa de apontamentos, mas não de impedimento.
Tristemente, 75% dos políticos brasileiros eleitos para o Congresso Nacional são do tipo que entram em campo no jogo da política para enganar o juiz e ganhar suas patéticas disputas no tapetão. E mais tristemente ainda, estes são eleitos e reeleitos por seus “desempenhos” nestas espertezas.
Assim como vimos o atual presidente Bolsonaro votar a favor do Impeachment de Dilma fazendo apologia a o trabalho de um militar torturador da época da ditadura no Brasil, deveremos ver presidiários usufruindo Habeas Corpus votarem pelo impedimento do atual presidente do Brasil, em breve. E no ano que vem outro jogo inicia, assim como a escalação dos políticos do Congresso Nacional que deverão montar outra cama de gato para o próximo ou a próxima presidente, seja ele ou ela quem for. Ou talvez para condenar o juiz.