Em tempos de eleição, o debate passa pela discussão que parece “sexo dos anjos”, que é o embate entre direita e esquerda… Um deles é o de discutir se os governos deveriam investir mais na estrutura social do que na economia, e vice-versa (Esquerda X Direita). O que penso que é sempre bom explicar ou “desenhar”, para que os leigos entendam os fundamentos.
Em um local onde não existe sobra orçamentária (como Torres e a maioria dos municípios e países), a direita aposta que, ao investir na força econômica, como no ambiente de Turismo, por exemplo, o gestor acaba gerando dividendos sociais, para os pobres e para os ricos. São empregos, é aumento de circulação de moeda (divisas) que faz com que o local cresça economicamente. Já a esquerda aposta que o certo é investir nas pessoas, no atendimento dos que têm menos dinheiro, para que estes possam ter mais chances competitivas no “jogo da vida” – através de recursos para adquirir conhecimento, conforto e saúde, por exemplo. Quando isto ocorre, efetivamente existe mais casas para os sem teto, mais comida para os que tem fome, mais saúde para os desassistidos etc.
Só que a origem dos recursos é que é o ponto… Não dá para tirar dos ricos para dar para os pobres (esquerda), se não há ambiente para que os ricos continuem produzindo dinheiro para que o governo retire deles e dê aos pobres. Ou seja: não existe milagre, penso eu. Quando se busca uma política pública sem providenciar sua sustentabilidade, o futuro é o déficit e a falência de TODOS.
DESABAFO OU “JOGADA POLÍTICA”?
Os vereadores de Torres Igor Beretta (MDB), Dilson Boaventura (MDB) e Moisés Trisch (PT) utilizaram seus espaços de tribuna para dizerem que pensam (ou já pensaram) na hipótese de não concorrer na eleição de outubro deste ano. Moisés, inclusive, já havia antes anunciado sua pré-candidatura à prefeitura (mas agora diz que está tendendo menos a isso)…
Pode ser que os anúncios sejam efetivamente sinceros, onde os reclames são sobre certa injustiça do ambiente de disputa política, reclamado por todos eles. Mas pode ser também uma jogada, normalmente usual neste próprio ambiente, que utiliza àquela máxima antiga de “atirar verde para colher maduro”. Remete a seus partidos e partidos outros que estarão no certame, visando uma conquista de uma posição “mais confortável” ou competitiva no jogo eleitoral que, parece, iniciou de vez com o início do segundo semestre. Olho no lance!
SUBSÍDIOS SINDICAL OBTIDO PELA SINDICALISTA?
Dona Ingrid Emmer, que foi presidente do Conselho do Idoso por vários anos, participava de vários outros conselhos de Saúde e Ação Social da cidade, além de estar presente na maioria dos atos de implantação ou divulgação de políticas públicas sociais de Torres, está internada em uma Casa de Permanência de Idosos local. Parece que em fase de recuperação de uma crise de saúde, que teria gerado a falta de defesa do organismo – e a falta de mais cuidados gerais em prol dela mesma acabou agravando sua condição.
Tomara que se recupere e volte à sua bonita posição na sociedade, fazendo o papel de incluir a sabedoria dos idosos nos debates destas demandas, nos quais Ingrid era uma espécie de “sindicalista dos direitos morais” que a sociedade tem, principalmente em prol dos idosos (idosos como ela é, mas que não estava demandando, ainda – pelo menos visivelmente). Mas tomara que não seja a ironia do destino em mostrar, de forma prática, a necessidade de mais atenção das famílias aos idosos, atenção que ela mesmo poderia estar precisando e pedindo (sem pedir), mesmo que socialmente se mostrasse tão forte.
PATRIOTISMO EM DEBATE NO FUTEBOL EM TORRES
Os vereadores Rogerinho (PP) e Igor Beretta defendem que deva ser feita uma lei que limite o número de jogadores de futebol, moradores de outras cidades, nas equipes de Torres que participam do campeonato Municipal (organizado pela prefeitura e pela Liga de Futebol de Torres). Concordo, mas não precisaria ser lei…. penso…
Se houvesse glorificação das equipes que utilizassem somente torrenses em seus quadros, mas glorificação por usar este fator como ingrediente motivador, para que os times superassem outros que possuem pessoas de fora, talvez a maioria dos clubes locais utilizassem o máximo de atletas locais em suas equipes, sem necessidade de lei.
Penso eu, humildemente, que se a Seleção Brasileira de Futebol convocasse para seu time somente jogadores que estão jogando no Brasil e utilizasse isto como motivação nas competições, nosso time seria muito mais aguerrido e teria um diferencial competitivo que não poderia ser usufruído por outras seleções, que não têm somente atletas atuando no seu país de origem, o que pode gerar clima de vencedor quase inalcançável. Isto é patriotismo… Muito saudável se usado para a paz.
SECRETÁRIOS DE OBRAS: UM “ALVO ANTIGO”!
Vereador criticar o secretário de obras, para conseguir que o próprio secretário de obras atenda demanda, é uma ‘quase coerção’ antiga, forma de obtenção de ativos políticos (atender pedido de eleitor ou de foco de votos). Secretário de Obras atender pedido de vereador (a mando superior) também é a forma mais antiga de políticos conseguirem votos em projetos de lei na Câmara, ou conseguirem ‘calar a boca’ de vereador reclamão.
Como dizia o ex-vereador Queixo, “buracos estão esperando espaço, na calçada, para irem para a rua, de tantos buracos que existem na rua”. É o mesmo que digo…
– Estas manobras políticas de vereadores são mais antigas que rascunho do 1º testamento.
Isto sugere que nunca se saberá se tem muito buraco nas vias como reclamam vereadores, assim como nunca saberemos se os buracos nas vias são normais por conta da falta de reclamação de vereadores junto ao secretário de obras. Secretário de Obras em prefeitura é como saco de treinamento de boxeador. Coitados… Deveriam ganhar mais, por insalubridade e periculosidade.
SÓ COM CONCURSO PÚBLICO!
Reclamar que não quer entrar na política, porque ninguém coopera financeiramente no Brasil, chega a ser uma ofensa, penso eu…. Com os BILHÕES do fundo eleitoral que estará sendo disponibilizado para os partidos neste pleito, por exemplo, a verba para campanhas de prefeitos e para vereadores só não bastará se os partidos não quiserem dar dinheiro para os nomes ofertados, o que é legítimo dentro da democracia. Ou não?
Reclamar que não tem dinheiro, inclusive em qualquer profissão, se trata de uma reclamação infantil, porque ninguém é obrigado a trabalhar numa profissão: trabalho porque escolheu ela. Pode trocar…
Somente quem recebe dinheiro fixo mensalmente (em alguns casos, de mais de uma fonte dos cofres públicos) consegue ver a normalidade de reclamar que não tem dinheiro para apoiar seu trabalho. E o pior é que no Brasil tem muitos casos deste tipo, uma pena… O sistema de estabilidade e garantias de recebimento de salário eternos do funcionalismo têm mazelas. Uma delas e esta, a eterna sensação de dependência de muitos que optam pela profissão.