OPINIÃO – MINHA avaliação sobre ALGUNS dos candidatos a presidente do Brasil

Coluna semanal de Fausto Jr. - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

Primeiros colocados nas pesquisas
1 de setembro de 2018

 

LULA tem como ponto forte o fato de ter sido em seu governo que apareceram os GANHOS das classes mais baixas que adentraram no consumo do Brasil, em percentuais acima da média até então constatada. Aplicou muitas medidas de doação do Estado para com o cidadão, como vagas nas universidades, Bolsa Família e etc.
Na economia não mexeu praticamente em nada, o que até surpreendeu o empresariado médio.
O ponto fraco foi que as medidas de seu governo – todas voltadas para o aumento do consumo – acabaram gerando déficits nas contas governamentais. O excesso de benefícios sociais e o excesso de incentivos a indústrias específicas (como as de automóveis) acabaram gerando um furo no barco. Este furo conviveu com os atores do sistema do Brasil (que tiravam a água do barco) por conta da “acalmada” (via corrupção ou medidas populistas) que o “sistema politico” (partidos da base) dava aos atores da economia, aos servidores públicos e, principalmente, aos deputados e senadores dos partidos mais importantes da nação.
Isto foi provado a seguir no governo Dilma com a necessidade de ação para equilibrar as finanças, uma delas inclusive sendo o motivo do Impeachment da presidente, as chamadas “Pedaladas Fiscais”. E os motivos (“acalmadas”) foram comprovados a seguir por conta das revelações da Operação Lava Jato, que estampou a relação promíscua entre estatais e cúpulas partidárias com empreiteiras e empresas que receberam incentivos fiscais via governo federal, onde o PT estava envolvido de forma transversal e que incluiu o próprio presidente nas acusações.
Lula está PRESO. Dificilmente irá governar, mesmo se conseguir vencer o pleito sem ter sua candidatura impugnada. Seu indicado para substituto, Fernando Haddad, não é popular nas pesquisas, mas vai ter muita bala no canhão contra os concorrentes por conta do que o PT chama GOLPE. A campanha do PT deverá ser em cima de acusações contra o que chamam de “golpistas”: MDB, PSDB, PP, dentre outros, incluindo alguns nomes do sistema judiciário. E pode levar o povão a votar nele por indicação de Lula e por vingança, caso a campanha de ataques aos partidos e ao judiciário pegue.
Em minha opinião o governo proposto é INTERVENCIONISTA na economia e nos costumes.

BOLSONARO – tem vantagem por se apresentar como o maior caso de candidatura aguda que conheço, muito maior do que a do ex-presidente Fernando Collor de Melo em 1989. Ele vem como uma espécie de salvador da moral e costumes do povo num momento em que todos os partidos tradicionais e grandes estão envolvidos de alguma forma nas operações policiais contra a corrupção dos últimos 12 anos (desde o Mensalão – em 2005), o que levou à desmoralização do sistema político nacional, que inclui a falta de confiança nas promessas.
Bolsonaro também pega o lado conservador de parte da população que não gosta de políticas públicas chamadas de “progressistas” utilizadas desde a entrada do PSDB no governo, no ano de 1994, mas com mais força nos governos Lula e Dilma (2003/2016). Para os empresários cansados de burocracias, o candidato acena com diminuição de impostos e diminuição do tamanho do Estado, embora não diga como. E para a sociedade sinaliza como o protagonista de retirada destas medidas chamadas de progressistas nos costumes.
O lado frágil do candidato líder das pesquisas pela DIREITA é o da pouca experiência em cargos executivos e, consequentemente, a dificuldade que pode ter em responder perguntas sobre administração pública em DEBATES. Outra fragilidade de Bolsonaro é justamente seu ceticismo perante os chamados “movimentos Sociais”, que querem compensar injustiças feitas pela sociedade perante eles, como os movimentos de empoeiramento das Mulheres, dos Afrodescendentes, do movimento LGBT, dos índios, dentre outros. Bolsonaro não é apoiador destas políticas e tem explicitado isto publicamente, o que gera medo nestes movimentos, como gera apoio dos conservadores (rejeição e apoio).
Em minha opinião se coloca como um INTERVENCIONISTA nos costumes e um LIBERAL na Economia.

CIRO GOMES do PDT pode ser uma das opções de centro, para os que são contra o radicalismo de Bolsonaro, mas que também não querem dar seus votos no PT por conta da espécie de decepção que tiveram entre o prometido quando surgimento do partido e o realizado após as descobertas de envolvimentos na corrupção. Ciro é de um partido, o PDT, com poucas pessoas envolvidas em escândalos, bem abaixo da média dos partidos médios e grandes. Ele também tem experiência comprovada por já ter sido prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e Ministro de Lula e FHC (dois opostos). E isto deve aparecer bem nos DEBATES da TV.
Outra vantagem de Ciro é sua imagem. Ele é SOLENE em suas afirmações, o que mostra coragem de avançar nas buscas de seus objetivos. Além disto, parece estar com um Plano de Governo bem estruturado, que possui respostas para praticamente tudo, outro aspecto que emana segurança ao eleitor.
A desvantagem da candidatura de Ciro é a arrogância e, em alguns casos a prepotência. Ele já caiu de líder nas pesquisas quando concorreu à presidente em 1998 porque se comportou de forma machista e estúpida perante perguntas apimentadas feitas pela imprensa. E nas primeiras entrevistas tem caído em “pegadinhas” apresentadas por jornalistas para ele, e caído por conta da mesma tendência à prepotência ansiosa, eu diria. Um ponto que vai ser explorado pela concorrência!
O Plano dele é bastante intervencionista. Sempre que perguntado, Ciro sugere entrada na vida das empresas e das pessoas com suas medidas, o que leva os liberais e os líderes a ficarem com um pé na frente e outra atrás, porque qualquer intervenção dá para uns e tira de outros. O exemplo foi o plano de “Tirar todo brasileiro do SPC”, intervendo em VIDAS, em empresas credoras e no Banco Estatal (Banco do Brasil) para pagar parte da conta.
Para mim um INTERVENCIONISTA nos costumes e um INTERVENCIONISTA na economia.

MARINA SILVA entra com uma grande vantagem de ser considerada totalmente CENTRISTA. Isto a qualifica como uma pessoa que quer um governo que não ataque nada que está estabelecido de forma contundente, mas que deve atacar as CAUSAS dos problemas, da DIREITA e da ESQUERDA.
Já ficou em segundo lugar no 1º turno dos dois últimos pleitos nas pesquisas, tendo Dilma de um lado e Aécio ou Serra do outro. Mas não foi para o segundo turno em nenhuma delas, parece que por demonstração de fraqueza de propósito. Mas esta é uma grande VANTAGEM da ambientalista por ter certa insistência sem apresentar falhas maiores pessoais em todo este tempo.
Leva com ela de vice um ex-candidato que se destacou dos debates nas últimas eleições – Jairo Jorge (PV) – que pode ampliar mais a sensação que Marina passa de uma candidatura ética e da paz. A SUSTENTABIIDADE econômica, ambiental, política e etc. é a receita, o que é praticamente o PARAÍSO para a cidadania: uma vantagem.
Como desvantagem existe talvez a falta de caminhos claros para que seu governo consiga implementar esta espécie de “receita de bolo” infalível. Geralmente ela fica reticente em mostrar como fará as coisas. Responde que levará para seu governo “os MELHORES”, como se os outros não assim o quisessem.
Outra desvantagem de Marina é a mudança de partidos que ela teve nos últimos anos. Foi ministra de Lula quando era do PT; depois saiu do partido entrando no PV, onde concorreu em 2010; depois se desentendeu no PV e foi para o PSB com a justificativa que o novo partido que criara: a Rede – Sustentabilidade, não estava legalizada no Tribunal Superior Eleitoral (TSF), onde acabou concorrendo como cabeça de chapa quando inicialmente seria vice. E agora vai de Rede, como se fosse necessário ter um partido “para chamar de seu”para conseguir seus feitos. Além disto, Marina não tem se apresentado bem nas pesquisas como se apresentou em eleições passadas.
Para mim seu estilo é de uma INTERVENCIONISTA mesmo se apresentando (e querendo ser) como uma liberal. Seu plano exige intervenção.

ALKIMIN tem como vantagem MAIOR seu passado de vitórias nas eleições para governador de São Paulo por três vezes. E São Paulo tem se mostrado um Estado que tem crescido nos fundamentos sociais e econômicos acima da média do Brasil, mesmo sendo a federação mais populosa da República: A segurança é melhor que a do Brasil, a Saúde também, a Educação mais ainda e a infraestrutura com parcerias púbico – privadas se mostra como um exemplo de sucesso.
Outra vantagem de Alkmin é sua expressão de serenidade. Tem gente que acha até enfadonha a capacidade do candidato de nãos sair do sério. Mas isto mostra a frieza de um médico (sua formação e profissão original) que é necessária para a tomada de decisão em um país como o Brasil e suas mazelas a serem atacadas.
A experiência na Coisa Pública demostrada por Alkmin talvez seja ímpar nas candidaturas. São Paulo tem tamanho de país e as contas Públicas acabam sendo parecidas, o que dá handicap para alguém que já esteve lá por doze anos.
Como desvantagem, o tucano leva o legado deixado pelo ex-candidato Aécio Neves, líder do PSDB e que foi denunciado por delatores da Lava Jato, denúncia esta estampada na mídia, o que quase o levou a perder seu cargo de Senador. Pessoalmente, Alkmin tem seu nome ligado à indícios de superfaturamento nos metrôs de São Paulo, mas somente por ser governador à época dos indícios.
A esquerda (principalmente o PT) deve colocar Alkmin na ala dos chamados golpistas – junto com o MDB e outros, por conta do impedimento de Dilma na presidência em que o PSDB se colocou como apoiador. Isto é de certa forma um jeito de os que afirmam que o Brasil necessita de mudanças acabarem minando sua candidatura por justamente Alkmin fazer parte da politica chamada de “antiga”.
Seu pragmatismo é uma “faca de dois gumes”, como todo o pragmatismo. Não é sensível às choradeiras de movimentos sociais quando medidas retiram privilégios destes, assim como não é sensível às choradeiras quando empresários pressionam por perderem incentivos fiscais ou receberem um imposto específico que retire dinheiro de setores da economia. Age com retidão e geralmente não retrocede, o que gera certa desconfiança de setores mais sensíveis da sociedade.
Pra mim é um LIBERAL na economia e um LIBERAL nos costumes, dentro das possibilidades legais.

A coluna NÃO vai citar os outros candidatos porque até o memento suas posições nas pesquisas são muito pequenas.




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