OPINIÃO – O QUE É DE GRAÇA NÃO É DADO O DEVIDO VALOR

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

Em Torres o não houve credenciamento
17 de outubro de 2022
Por Fausto Júnior

A Vereadora de Torres, Carla Daitx (PP) na segunda-feira (10/10) manteve seu coerente discurso de defesa dos direitos das mulheres em geral. Ela repudiou o tratamento dado pela sociedade e o Estado do Irã as pessoas do sexo feminino por lá (obrigação da burca está sendo colocada em xeque). Lembrou também do Outubro Rosa e a necessidade de a sociedade trabalhar para incentivar que sejam feitos exames de mama, como prevenção aos casos de Câncer ao identifica-lo com antecedência.

Carla, no entanto, lamentou (com razão) dos casos de mulheres que vão fazer os exames de mama, mas não vão buscar o resultado a seguir – o que não adianta, porque o diagnóstico não é completo. E que, além de não adiantar, estes exames sem finalização acabam deixando na fila o lugar de outras, que querem fazer a mamografia de forma COMPLETA e estão na espera. Concordo e digo mais:

 Penso eu que todos os atendimentos do SUS deveriam cobrar R$ 5 de todos. Desta forma, muitas pessoas em geral (incluindo exames de mamografia) dariam algum valor ao seu atendimento ao desembolsarem dinheiro, o que fomenta que as coisas sejam feitas até o fim e somente quando há necessidade, o que nada mais é do que respeito ao sistema”.

Tem muitos casos de cidadãos por todo o Brasil que vão para a fila de postos de Saúde buscar atendimento sem ter a menor necessidade. Tem gente que exige dos médicos que sejam feitos exames, mesmo quando estes não aconselham. E se houver a cobrança (mesmo de R$ 5), isto naturalmente deverá diminuir.

Nos casos de vulnerabilidade social, os atendimentos poderiam continuar a ser de graça. Mas para isto as pessoas deveriam apresentar uma espécie de certificado que se encontram neste estado, junto às secretaras de Ação Social. As outras – fora de vulnerabilidade social – pagam R$ 5. Uma dica da coluna.

 

ELEGER DEPUTADOS POR TORRES: ÔNUS E BÔNUS

 

O vereador Jacques (PP), também na última sessão da Câmara (10/10), fez balanço sobre deputados federais e deputados estaduais eleitos com votos obtidos em Torres, mostrando que 31 deputados federais eleitos fizeram votos aqui na cidade na eleição do dia 2 de outubro – um a mais que o alcance em 2018, que foi de 30. Ele fez outras demonstrações estatísticas envolvendo a votação das urnas de Torres, por exemplo, sobre o pleito à deputado estadual, também.

A seguir o mesmo vereador chamou a atenção da importância de seus colegas vereadores torrenses fazerem trabalhos para eleger deputados de seus partidos, tanto na Assembleia Legislativa do RS como na Câmara Federal. E lembrou que a Câmara Municipal possui vários partidos representados: PP, MDB, PSDB, Republicanos, PSD, União Brasil, PSB, PDT e PT. E que a eleição de políticos destes partidos em Brasília pode abrir espaço para que a cidade como um todo receba emendas parlamentares destes políticos, tanto em Brasília quanto no governo do RS, assim como abre porta para que temas locais façam parte de projetos envolvidos nos orçamentos federal e estadual.

O vereador tem razão. Há de se aproveitar a regra do jogo atual e buscar recursos de políticos em Brasília. Trata-se de uma das únicas formas dos municípios terem recursos para INVESTIMENTOS atualmente, porque as folhas de pagamento de salários representam mais de 50% dos orçamentos em geral nas cidades; a saúde exige que seja colocado no mínimo 15% do orçamento, e na Educação a exigência é maior ainda: 25%. É claro que nos 25% da Educação e nos 15% da Saúde já está incluído a Folha de pagamento das secretarias destas pastas, se não o orçamento estaria engessado na base… E que também, deste valor exigido nas pastas (Educação e Saúde) entram recursos de repasses mensais oriundos do governo federal e do governo estadual. Mas as municipalidades possuem compromissos grandes com estas duas pastas pela obrigação da Lei de Responsabilidade Fiscal, afinal a soma das duas obrigações perfazem 40% dos orçamentos municipais (25% na Educação e 15% na Saúde).

Esta analise é para mostrar o quanto é importante que as prefeituras busquem incansavelmente recursos federais e estaduais em suas gestões, para todas as pastas. E uma das formas de se conseguir estes recursos – tanto de orçamentos de ministérios quanto de emendas parlamentares, de partido e “secretas” – é através de articulações do prefeito municipal e dos vereadores das cidades junto aos seus pares de partido em Brasília e na Capital gaúcha, Porto Alegre, com deputados, secretários, senadores ou ministros.

Por isso é importante para todos os vereadores ter o ônus de trabalhar com candidatos nas eleições gerais como as de 2 de outubro passado, para depois receber o bônus de conseguir aparecer na comunidade junto a políticos de seus partidos através de envio de verbas para a cidade. Isto é não só bom para as gestões municipais. Trata-se de quase parte VITAL na sobrevivência das prefeituras. 

 

MARATORRES, UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

 

 

 

Neste final de semana passado aconteceu em Torres a 3ª edição do MARATORRES. O evento é realizado pela Actor (Associação dos Construtores de Torres) e tem como objetivo trazer para a cidade participante de todos os cantos do país para que façam parte de competições esportivas diversas realizadas aqui em Torres. E que também, ao competirem em suas modalidades desportivas dentro do evento possam junto com suas famílias conhecer o potencial da cidade e verificar in loco o que Torres oferece uma natureza especial para a prática de diversas modalidades esportivas, além de seus outros vários diferenciais como destino turístico, como hotelaria, gastronomia, infraestrutura urbana e de beira de praia, além de suas belezas naturais.

A inteligência maior do evento é a de multiplicar os visitantes através da vinda para a cidade de familiares e equipe técnica (em alguns casos) dos competidores. Esta multiplicação NATURAL é reforçada pelo número grande de modalidades esportivas envolvidas, o que pluraliza ainda mais o perfil dos visitantes, uma forma de com as duas inteligentes ações divulgar o destino Torres em muitos dos casos para gente que em alguns casos nunca estiveram aqui, o que aumenta sobremaneira a possibilidade delas resolverem passar férias ou finais de semana por aqui.

Mas o que mais chama a atenção é o fato do evento e seus custos serem da Iniciativa Privada e com sustentabilidade. As Construtoras de Torres estão fomentando o Turismo e ajudando a melhorar o conceito de Torres junto ao público de fora, o que gera possibilidade de aumento de empregos no Turismo local. Em troca a ACTOR recebe o bônus de estar aparecendo como protagonista no oferecimento, para moradores e empreendedores locais, de uma ação que gera frutos coletivos de desenvolvimento local, além de lembrar suas próprias ações desenvolvimentistas: de gerar emprego, renda, giro de dinheiro de fornecedores torrenses e impostos para que sejam utilizados em melhorias urbanas e sociais locais, através (neste caso) de suas ações principais: a construção civil. Parabéns!

 

 

 

 

 

 

 

 

 




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