OPINIÃO – População de rua e o frio

O frio está chegando. E se quem tem casa, agasalho e cobertores sente o frio, imagine a população em situação de rua?

Foto meramente ilustrativa (free public domain photo in Rawpixel - ID : 5946708)
5 de junho de 2023

O frio está chegando. E se quem tem casa, agasalho e cobertores sente, imagine a população em situação de rua? Segundo a UAMTOR – União das Associações Comunitárias e de Moradores de Torres, que possui trabalhos junto à população em situação de rua, “há muitas pessoas nesse grupo registradas no CadÚnico em Torres” – e olha que a UAMTOR, estima que 30% nesse número não procura a Assistência Social. Diante disso, seria importante que a Secretaria de Assistência Social fizesse o cadastro in-loco desta população para saber o número exato. Assim, o poder público poderá levar atendimento para amenizar o frio e evitar problemas de saúde ocasionados pelas baixas temperaturas. Mesmo com o frio intenso previsto com antecedência, as medidas da prefeitura para proteger esse grupo têm de ser emergenciais. A Mesma UAMTOR recomenda ao governo municipal que sejam incluídas ações efetivas, como a ampliação de abordagens sociais e a criação de vagas para acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. É que a cada ano, o número de pessoas nesta situação vem aumentando em Torres.  E, além de ter um olhar mais sensível para a população em situação de rua neste período de baixas temperaturas, é fundamental o debate sobre a garantia de direitos básicos para esse grupo ao longo de todo o ano, como o acesso à moradia, saúde e trabalho, para evitar que enfrentem outro inverno.

O morador de rua é um indivíduo que vive em extrema pobreza.  Eles não se conseguem obter condições mínimas de recursos e conforto com meios próprios. São vários os motivos que levam uma grande parcela de pessoas a morarem nas ruas. A principal delas consiste no problema do desemprego, quando muitos acabam sendo submetidos a níveis extremos de pobreza, onde consequentemente não possuem condições para moradia, alimento e roupas. Dessa forma, morar na rua acaba sendo em parte o reflexo visível do agravamento social e da falta de políticas públicas que garantam aos cidadãos as condições mínimas de sobrevivência. Esses seres humanos, também por conta de conflitos familiares, acabam vendo nas ruas uma saída para tentarem fugir de seus problemas. Mas quando se dão conta que as dificuldades só aumentaram, já é tarde demais… E muitos não conseguem mais voltar.

Para conseguirem sobreviver, eles buscam alternativas para banho, alimentação, necessidades fisiológicas e vestuário de forma precária, pois a realidade das ruas são bem cruéis para esse tipo de situação individual.  Eles são castigados por fatores como frio, chuva e sol, muitas vezes sendo tratados como invisíveis por grande parte da população.   É dever dos gestores garantir o direito fundamental destes seres humanos, construindo formas de alcance a moradias, auxiliando com roupas e alimentos, além de promover condições para a reinserção deles na sociedade.

As pessoas em situação de rua ficam sujeitas a todos os tipos de violências físicas, verbais e de discriminações, violências estas que surgem dos variados patamares sociais. Elas são reflexos da exclusão social que atinge quem não se enquadra no atual modelo capitalista, modelo este que parece não ver como uma vantagem a inclusão de pessoas de classe baixa na sociedade. As causas que levam estas pessoas a ir para as ruas, portanto, são oriundas de um lar desequilibrado, não somente oriundas do uso ou excesso de uso de drogas e de bebidas alcóolicas, como a maioria da sociedade pensa. Desse modo, por falta de qualificação profissional, ou até mesmo de oportunidades, encontramos cada vez mais pessoas nessa realidade lamentável.

Um órgão que deveria ajudar a retirar essas pessoas da miséria seria Ministério Público. Mas parece que ele não consegue. E em virtude dessas situações de abandono, os moradores de rua acabam sendo inviabilizados e tratados com repressão e preconceito pela sociedade.    Em face da dura realidade que uma parcela da nossa população se encontra, acaba sendo importante que ocorram trabalhos sociais feitos pela sociedade civil organizada e pelas empresas privadas que visem também a reintegração social deles através de trabalho e emprego.  O Poder Público por sua vez deveria expedir documentos gratuitamente, principalmente a carteira de trabalho, para que essas pessoas possam voltar ou entrar no mercado de trabalho. Afinal, segundo os Direitos Humanos: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e consciência, devem agir uns para com os outros em espirito de fraternidade”.

 

STAN – O Bairro STAN continua sem sua entidade representativa, desde que o último presidente encerrou as atividades da Associação de Moradores, dando baixa no CNPJ. De lá para cá os moradores ficaram sem representatividades. Até mesmo os convênios mantidos deixaram de existir pela falta da entidade responsavelmente formalizada. Por isso eles providências feitas de forma DIRETA, por exemplo, quanto aos buracos na pavimentação asfáltica das Ruas Joaquim Porto, esquina, Avenida do Riacho, Rua Amazonas; pinturas dos quebra-molas das ruas; recuperação e manutenção da pavimentação na Rua Augusto Krás Borges; limpeza e desentupimento da rede e dos bueiros na esquina da Av. Independência e Rua Amazonas, além da recuperação com levantamento do leito da pavimentação das vias no cruzamento das Av. Independência com a Rua Amazonas.

 

 




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