OPINIÃO – PORTO EM TORRES OU EM ARROIO DO SAL

Fausto Araújo Santos Júnior_ A FOLHA - Torres - RS

10 de dezembro de 2018
Por Fausto Júnior

Uma reunião nesta segunda-feira, dia 10 de novembro, aqui em Torres, na Casa da Terra (ex Centro de Cultura), às 18 horas, vai ser realizada para detalhar mais o projeto – cada vez mais real – de ser construído um terminal portuário aqui no Litoral Norte. Pelo que se nota, o porto deve sair, basta definir um lugar.
A ideia inicial do idealizador é que o terminal seja em Torres, por conta de vários fatores: mar, acesso à BR 101 e, principalmente, a existência do aeroporto. Mas se a cidade não abrir as portas para a ideia evoluir, o pessoal irá conversar com a cidade de Arroio do Sal.
A coordenação desta empreitada é do agora senador eleito, deputado federal Luiz Carlos Heinze, que está decidido a fazer com que ela ande.

PORTO EM TORRES OU EM ARROIO DO SAL II

A questão se tornou uma questão de soberania para o Estado do RS. É que temos somente um porto, e lá embaixo, em Rio Grande. A logística para a entrada e saída de produtos prontos e de matéria prima para o processo industrial atualmente na serra é MUITO MAIS CARA e MAIS DEMORADA, justamente pela falta de porto na proximidade do polo industrial serrano. E os produtores de soja, milho, maçã, banana, dentre outros produtos agrícolas do planalto gaúcho e do litoral também perdem competividade pela falta de um terminal de frete marítimo perto de sua produção.
Ter no mínimo mais um porto do litoral gaúcho é tema de casa para qualquer analise de pesquisa operacional de produção X consumo X matéria prima no RS. Por isso uma questão de soberania.
Atualmente o Estado de Santa Catarina tá levando bilhões e bilhões de reais de impostos, investimentos e empregos por conta de o estado vizinho ter quatro portos, num litoral que tem 2/3 do gaúcho.

PORTO EM TORRES OU EM ARROIO DO SAL III

Em minha modesta opinião só existem três premissas para que em concorde com a construção de um porto de carga em Torres, que também dá estrutura para porto Turístico. A primeira é a de que a parte CENTRAL do litoral de Torres (entre a Praia do Parque Itapeva e a Praia dos Molhes, na Praia Grande), que montam em mais ou menos quatro km de distância, sequer tomem conhecimento que existe um porto na cidade. Ou seja: os banhistas, turistas e veranistas que usam estas praias vão curtir seus veraneios e passeios sem ver navios cargueiros na beira da praia zarpando e chegando, pelo menos perto na costa.
Segundo, que seja projetado também um terminal para porto turístico, no equipamento que deve ser construído (se sair) nas praias do Sul (entre Itapeva e Paraíso). E que TODA a estrutura urbana do entorno do porto seja reformada, revitalizada e melhorada, o que seria a contrapartida de impacto de vizinhança dos moradores e veranistas daquelas praias.
Terceira, que a entrada e saída de caminhões pesados que vão obrigatoriamente ter de circular pra lá e para cá na logística de funcionamento do porto seja independente e moderna, não prejudicando a estrutura urbana e de trafego de veículos do local TURÍSTICO Torres. Ao contrário, que sejam construídas mais vias para separar as coisas, tipo no entorno do Parque Itapeva, e da Lagoa da Itapeva.

PORTO EM TORRES OU EM ARROIO DO SAL IV

Se assim for, a comunidade local deve ser responsavelmente informada que a cidade vai dar um pulo de desenvolvimento pelo impacto de investimentos econômicos necessários para a construção e funcionamento de um porto, além dos impostos que, imagina-se que multipliquem por quatro, chegando a quase um bilhão anual em números atuais (o orçamento de 2019 é de em torno de R$ 210 milhões).
Responsavelmente também se deve dizer que empregos de bons salários e de duração ANUAL vão se abrir, por conta da instalação de vários depósitos de empresas que operam com importação e exportação, além de empregos em novos hotéis, restaurantes, lojas, mercados e etc. Fora os empregos no próprio porto, trabalho especializado e da boa remuneração em todo o mundo.
Responsavelmente também há de se falar para o povo que, com o orçamento quadriplicado, quadriplica os gastos públicos e, consequentemente os empregos e oportunidades de negócio em torno da construção de novas vias, praças e equipamentos coletivos em geral.
E se assim for, a comunidade terá o ônus e os BONUS de ter um porto. O ônus estaria suavizado com as exigências e pelo fato de mexer na construção somente nas praias do sul, longe do centro. E de ter MELHORIAS nas praias. Não vai haver impacto visual nem de tráfego na cidade, por exigência das premissas. E não vai haver nenhum impacto nos veranistas e turistas. Como no Rio de Janeiro, a área das praias fica intacta, Nem parece que existe porto.
Os Bônus são vários. Multiplicação POR QUATRO nos Imposto recolhidos (o que pode fazer com que outros diminuam para os moradores, como IPTU, taxa de iluminação e etc.); estrutura básica, estrutura de saneamento e de escoamento pluvial nas praias do sul, instalações elétricas de base para todo o município, de transporte (vias), instalação de várias empresas de prestação de serviço, dentre outros. O desenvolvimento SEM IMPACTO

 




Veja Também





Links Patrocinados