Na sessão da Câmara de Vereadores de Torres, realizada na segunda-feira (12/6), o vereador Rafael Silveira, ex-presidente da Casa Legislativa (no ano passado) anunciou vários passos que o PSDB irá dar em Torres acerca de seu posicionamento perante o pleito para prefeito e para a vereança que acontece daqui a um ano. Ele iniciou informando sua assunção como presidente do partido aqui em Torres. E a seguir seguiu anunciando várias etapas que a agremiação irá cumprir nas próximas semanas na cidade.
A mais importante é a vinda de ilustres do PSDB gaúcho e nacional em Torres, incluindo a presença do atual governador do Estado do RS Eduardo Leite. Eles serão anfitriões de políticos e torrenses que na ocasião deverão anunciar sua filiação na sigla local, ou sua pré-candidatura a vereador pela mesma agremiação. O anúncio de nomes que irão se colocar como candidato a pré-candidato para concorrer na chapa majoritária do pleito de 2024 devem fazer parte também do evento que será realizado na cidade. Eles vão ficar disponíveis, tanto para ser cabeça de chapa (prefeito) quanto para compor a chapa como vice em eventual coligação na eleição principal.
Minha opinião é a de que o próprio vereador Rafael deva ser este nome para a majoritária (ou pelo menos um dos nomes). Por exemplo: o atual secretário de Planejamento de Torres compunha o PSDB na eleição passada. Ele também apresentava vontade de ser este nome, mas agora saiu da sigla e preside outra, o partido União Brasil. Portanto, me parece que pelo menos projetos pessoais antigos não vão interpor a candidatura de Rafa Silveira como nome para a chapa majoritária.
Mas o PSDB têm muitos nomes nobres da política de Torres. Um destes pode também querer competir internamente apresentando a mesma vontade de ser o nome para a pré-candidatura principal da eleição do ano que vem.
Rafael, no entanto, convidou publicamente de forma indireta seus colegas de Câmara para, se quiserem, troquem de partido e se filiem ao grupo tucano, filiação esta feita a mais um ano antes da eleição, o que viabiliza candidaturas inclusive para a majoritária. Veremos!
TEM QUE PARAR DE FUMAR?
O vereador Gimi, na Câmara, também se posicionou de forma independente. Sem citar nomes, ele reclamou da atitude de um “secretário” de Torres que, por sua narrativa, estaria se negando a prestar informações ou respostas demandadas por torrenses perante seu cargo na prefeitura.
“Os secretários municipais não estão fazendo favor para ninguém ao prestar informações ou serviços aos torrenses, eles são pagos para isto. Os contribuintes são os clientes da prefeitura. São eles que pagam os salários dos servidores”, desabafou o vereador Gibraltar Vidal.
Gimi também deu um recado ao tal de secretário, que não teve seu nome citado, afirmando que, se ele acha que o salário é pouco perante o serviço oferecido para o cargo, que então saia da função porque têm outros tantos querendo fazer o trabalho sem esta impressão negativista.
O vereador terminou sua acusação branca (sem nomes) dando “uma pista”. “E ele (o tal secretário) ainda sai de tempo em tempo para fumar, quando para de trabalhar”, indicou o vereador.
MORREU UM DOS MARQUETEIROS DA CASQUINHA DE SIRI DE TORRES
A vereadora de Torres Carla Daitx por sua vez utilizou seu espaço de tribuna para compartilhar o seu luto pelo falecimento de seu tio avô, o Moa. Eu não sabia do parentesco, mas compartilho a importância do torrense na história do veranismo e do turismo locais assim como isto ser parte do discurso de uma vereadora.
Moa foi um desbravador… Na época que só havia cômoros na proximidade da praia Grande com o Rio Mampituba, ele abriu uma espécie de Boteco, onde pescadores tomavam cana e comiam alguns petiscos em seu estabelecimento. Daí saiu o nome “Cantinho do Pescador”. Dentre os petiscos servidos com a purinha da região estava a Casquinha de Siri. É que o consumo de carne de siri era grande nos veraneios em Torres. O fundo do rio Mampituba era repleto do crustáceo, e familiares dos pescadores da espécie passava de casa em casa vendendo a carne de siri para os veranistas de Porto Alegre, dentre eles e minha mãe… Eram oferecidos em pratos, cuidadosamente cobertos por panos brancos, alvos de tão limpos, o que dava o aspecto de comida bem feita, consequentemente consumido vorazmente pelos visitantes sazonais de Torres.
Daí surgiu a Casquinha de Siri, lançada pelo torrense também tradicional João Souza (fundador do restaurante com este nome) e pelo folclórico Moa em seu Cantinho do Pescador. Cantinho do Pescador que cresceu e após foi alugado para a atual proprietária, sendo um estabelecimento comercial que já é referencia dos atratores turísticos de Torres no ano todo, além de ser um restaurante apreciado pelos torrenses que são filhos e netos dos parceiros de Moa e de Souza, e que ainda comem a Casquinha de Siri nos restaurantes de Torres, prato que se tornou parte da Cultura local e do litoral norte do RS.
Perdemos o Moa, mas herdamos seu legado.
“Piso” da cidade faz parte da forma de conquistar turistas
O trabalho ESTÉTICO do governo Carlos Souza está sendo campeão. Não me lembro de momentos da história de Torres que tiveram tantas intervenções municipais com os impactos fortes na beleza da cidade como as feitas, por exemplo, na reforma do acesso e estacionamento do Morro do Farol, dos Molhes do Mampituba, da troca de lâmpadas por de iluminação de Led (impacto noturno), do Parque do Balonismo, das esquinas e canteiros da Barão do Rio Branco, da Praça da Prainha, das vias do entorno das quatro praças (troca para pisos PAVS), além da introdução das Passarelas para entrada das praias, dos banheiros químicos cercados por madeira e floreiras na praia, dentre outras.
Mas o tratamento dos buracos nas vias não acompanhou o mesmo padrão estético. Operações tapa-buracos foram feitas geralmente quando as ruas já estão tomadas de falhas na pavimentação, o que causa muitos estragos nos veículos, bicicletas e motocicletas dos transeuntes.
Tenho certeza que tem um motivo técnico para esta situação. Pode ser que tecnicamente a administração tenha optado por colocar seu dinheiro em outras locais ao invés da manutenção de vias. Mas pode ser também que um estudo de qualidade de piso tenha sugerido que era mais econômico postergar o concerto antes de fazer os reparos… Mas minha opinião sobre isto é a de que a manutenção de vias importantes (as asfaltadas) deve ser sistêmica, constante e ANTECIPADA em alguns casos. Devem-se colocar no planejamento orçamentários recursos estudados tecnicamente para, mês a mês, se investir nas ruas para reparar o piso, tapando buracos ou recapeando uma área que em seguida abrirá buracos.
O conceito que fica para os moradores sempre é bom, pois eles acabam não tendo prejuízos como o que estamos tendo atualmente, por exemplo. E para o turista, o resultado de termos vias sempre arrumadas e sem buracos, engrandece o conceito geral de Torres, que da mais chance de turistas espalharem esta boa nova para que outros turistas passem a vir para cá. Olho no lance!