Desde a descoberta e as denúncias várias da Operação Lava Jato, lá em 2014, o Brasil parece ter encerrado as roubalheiras que já faziam parte dos ritos do sistema público, principalmente o federal. O governo Bolsonaro já tem três anos e nenhum esquema de desvio foi sequer denunciado, o que prova isto, pelo menos de forma parcial.
Mas o diabo disto é que, junto com a roubalheira, parou a circulação de moeda no Brasil a tal ponto que a economia entrou em colapso, consequentemente o Produto Interno Bruto (PIB) vem caindo mais do que já caia antes, iniciando a queda em 2010, mas se acelerando a partir de 2014, início da Lava Jato.
Tá certo que corrupto e seus “auxiliares” são consumistas… Consequentemente fazem com que o dinheiro dos mal feitos circule na economia gerando emprego, renda e imposto, um ciclo “virtuoso” perigoso… Tá certo que eles gostam de ir a um cabaré, pagar mais de R$ 1 mil por uma janta, comprar joias a preço de viagem à lua, viajar para lugares caros e se hospedarem em Resorts que cobram mais de R$ 2 mil a diária. Tá certo que eles gostam só de champanhe cara ao invés de “simples espumantes”… Meu pai já dizia: “ Dinheiro ganhado fácil é gastado de forma fácil, também”. Mas corrupção afetar o PIB, chega a ser patético.
Acho que a maior parte do peso da queda do PIB pelos desvios é ligada as obras públicas. Parece que no Brasil as obras grandes (Estradas, Pontes, Viadutos, Ferrovias, Estádios de Futebol e etc.), só acontecem na base da propina. E estas obras como também as construções de casas populares e etc., são uma das principais formas de fazer com que haja a circulação de moeda em troca de geração de valores pelas várias etapas e fornecedores de matéria prima de obras de construção de espaços coletivos e viários. Consequentemente, que ajudam a alavancar o aumento do Produto Interno Bruto o que, afinal, gera emprego e renda para um povo.
Infelizmente a corrupção que ocorreu nos governos Lula e Dilma foram fatores de aceleração do desenvolvimento do Brasil, como uma droga necessária para que as coisas acontecessem, o que tristemente se constata. E parece que o governo atual está pagando caro por ter encerrado a mazela. A maioria das competentes (tecnicamente) construtoras da nação estava ligada às corrupções descobertas na Lava Jato. E agora? Como se vai recomeçar obra sem propina?
SEM ROUBALHEIRAS MAIORES, RS CONTINUA QUEBRADO.
Mesmo sem ter tradição de roubalheiras como na política em Brasília, o Estado do RS continua (como há décadas) sem fôlego sequer para pagar os salários fixos, muito menos para investimentos. Os que tiveram no passado recente foram fruto de privatizações, como a construção da Rota do Sol iniciada há décadas e entregue no governo Rigotto, em 2005, já pedindo manutenção atualmente.
Parece-me que, em tempos de eleição, os políticos e partidos que querem gerenciar o Estado do RS deveriam fazer seus planos de governo pensando em uma diminuição radical da participação do estado federativo na vida das pessoas. Atualmente, mal temos dinheiro para pagar professores (Educação), policiais (Segurança) e atividades ligadas a Saúde como parte da responsabilidade tripartite do Estado do RS junto com o governo federal e os municípios. E precisamos urgentemente de dinheiro para manutenção de estradas intermunicipais, por exemplo.
Trabalhar num plano no sentido de eliminar totalmente a responsabilidade do Estado Federativo na vida do cidadão poderia ser um bom plano de governo a ser apresentando por um partido, um político, uma coligação… Poderíamos inclusive trabalhar para que haja com o tempo a eliminação do poder do Estado nas coisas, na vida dos viventes como nós. As federações poderiam ser somente uma espécie de franquia de organização das políticas públicas UNIVERSAIS do Estado Nação, como as da Educação, Saúde, Segurança e Construção de Estradas (investimentos). Os estados poderiam ser institucionalmente, somente proponentes de exceções em leis de coletividades, como as ligadas à penas por crimes (como nos EUA têm com a pena de morte e aborto diferente por estado), liberdade de consumo (como nos EUA têm para consumo de maconha e da execução de aborto em alguns Estados) e etc. O resto para os Estados Federativos seria somente executar políticas nacionais. Com isto, o TAMANHO do Estado poderia diminuir…
Mas o que se fala sempre em campanhas para governador é em nomes, em melhores serviços disto, daquilo e etc., quando se sabe que não se tem dinheiro nem para o básico. Triste isto.
ANIMAIS DE RUA NÃO PODEM SER COMPARADOS COM CRIANÇAS
Animais de rua não são crianças. E crianças não são animais de rua. Por isso não parece ser didático fazer esta comparação sobre prioridades de investimentos do município num ou noutro tema, porque eles (temas) são bem diferentes.
Animais de rua (seres irracionais) são frutos de um impacto ambiental da decisão dos homens (seres racionais) de transformarem sua relação com aqueles (seres irracionais) em relações íntimas, “relações de estimação”.
Gastos em políticas publicas dos governos para acertarem os problemas causados por animais abandonados são gastos. São necessários para fazer com que os homens vivam com civilidade sem serem atrapalhados por ações de seres irracionais (animais de rua) soltos nas urbes sem serem cuidados por seres racionais (homens/mulheres). E justamente por serem irracionais, eles (animais) não têm capacidade de discernir onde fazer cocô, Xixi, buscar comida, buscar pouso e etc., necessários para qualquer ser (racional ou irracional).
Na questão que está sendo debatida em Torres, por exemplo, a prefeitura está pagando R$ 25 por diária para hospedagem unitária de cachorros em estabelecimentos especializados nisto porque deixou que fossem multiplicados cachorros nas ruas. É como os juros que se paga quando não se faz conta e se fica negativo no banco, ou se toma empréstimos para pagar contas fixas. São juros que sobem às vezes em progressão geométrica (capitalizada) e acabam se transformando em valores estratosféricos. Por isso que a prefeitura gasta (pelo que dizem os técnicos da municipalidade) R$ 1 milhão por ano para sustentar a rede de proteção dos cães de rua. Mas a proteção é dos cães e das pessoas, inclusive das crianças, que recebem investimento público e não gasto público.
A sociedade (certa ou errada – pra mim civilizada) resolveu por lei definir que animais domesticados não devem ser tratados como animais selvagens. Decidiu que estes fazem parte da estima das pessoas, como se filhos fossem. Ora. O que temos de fazer como sociedade é responsabilizar os donos de cães e gatos de estimação para que fiquem com eles ou achem alguém para que sejam seus novos tutores, como fazemos com os filhos de nossos pares cidadãos. E para que não sejam multiplicados os animais sem controle (porque eles não são cobrados pelos “parceiros sexuais” para não serem infiéis nos casamentos) é exigir que sejam castrados. Castrados por seus donos, em princípio, ou pelas prefeituras quando não o são no primeiro caso.
Crianças não recebem gastos, recebem investimentos da sociedade, pois a sociedade é de seres racionais. Cães são parte da sociedade, são como filhos que não tem maturidade mesmo depois de velhos. E por isso tem que ser tutelados do nascimento até a morte (natural).
ROUBO NA PREFEITURA DE DOM PEDRO TEM MAIS GENTE ENVOLVIDA?
O jornalista Flávio Pereira, que investiga o andamento do escândalo do desvio de recursos do fundo dos servidores da prefeitura de Dom Pedro de Alcântara informou nesta semana que, após tomar conhecimento do relatório apresentado pela empresa de auditoria independente que aponta que nos anos de 2020 e 2021 foram identificados um total de transferências irregulares das contas da prefeitura de Dom Pedro de Alcântara no valor de R$ 9.284,681 milhões, o vereador da cidade Deleon Silveira (PP) (que também acompanharia os desdobramentos do caso), não estaria crendo que o ex-tesoureiro (acusado e processado) tenha agido sozinho neste escândalo.
O argumento do vereador é que contas não podem ser movimentadas por um único servidor, pois estas precisam no mínimo de duas senhas. Portanto, a constatação afirma que “é legalmente impossível que apenas uma pessoa tenha autorizado e realizado estas transferências, sem o conhecimento e a colaboração de outra ou de outras dentro da prefeitura”. Por isso o vereador estaria apelando ao Ministério Publico estadual e ao Ministério Publico do de Contas.
O jornalista encerra o comentário em seu blog sobre o desvio afirmando que o mesmo vereador de DPA “poderá trazer mais novidades e ajudar nas investigações desse escândalo de repercussão nacional”. Lembra ainda de mais duas coisas: que o valor significa a metade do orçamento anual da cidade (de em torno de R$ 18 milhões) e que o mesmo tesoureiro envolvido na roubalheira da prefeitura, cuidava das contas da Câmara de Vereadores. Olho no lance!
