Moradores dizem não entender a demora para a prefeitura iniciar trabalhos de reformas e recuperação da pavimentação das ruas do bairro, que estão precárias, com muitos buracos e algumas com águas paradas devido aos rebaixos da pavimentação onde estão ficando represadas, o que causa mal estar a população, pois exala mal cheiro e se transforma em um viveiro de mosquitos. Isto também é falta de atenção com a população, que acaba prejudicada por isso e pelos prejuízos do trânsito nas ruas esburacadas do bairro.
“O Getúlio Vargas é um dos bairros mais antigo de Torres, precisamos de atenção, que nossas reivindicações sejam atendidas, pois pagamos nossos impostos. Precisamos que as coisas aconteçam… Até quando vamos ficar sofrendo por causa de um governo que nada faz nos bairros? Estou indignado com essa situação do nosso bairro”, relata José Carlos, morador e líder local.
José Carlos ainda falou de novos problemas de buracos em várias vias e da falta de atenção com a área da antiga ETE da Corsan, que fica entre a Rua Joaquim Hoffmaister e o rio Mampitupa, um espaço abandonado e ocioso e que acaba servindo para o tráfico de drogas e para assaltos a mão armada em horários noturnos. Ele lembra que, apesar das denúncias, nada é feito. Acha que bastaria vontade política para pelo menos amenizar o problema de segurança no local. E reclama que a comunidade não deveria ter de ficar vivendo com medo de passar em frente do terreno da Corsan por conta de descaso da prefeitura com o bairro.
“Getúlio Vargas abandonado”: diz o ex-presidente da Associação dos Moradores do bairro. Ele acusa a Prefeitura de Torres de descaso. “Estamos há anos dependendo da boa vontade dos prefeitos, sem que nada fosse feito. São assinaturas de moradores reunidas para a pavimentação e para a construção de rede coletora de águas pluviais para amenizar os alagamentos por várias ocasiões, mas as obras ainda não foram feitas. A situação é tão séria, que tivemos de encerrar as atividades da Associação de Moradores, pelo descredito que a entidade vinha sofrendo por não ter as demandas atendidas. Também comparecemos diversas vezes nas sessões da Câmara de Vereadores para protestar sobre demandas que dizem não serem atendidas no bairro pela Prefeitura.” disse Zé Carlos.
Segundo ele, os moradores já tentaram fazer parcerias comunitárias para melhorar o bairro, já que a comunidade está abandonada sem que essa questão avance. Dizem que, ao procurar a prefeitura foram informados de que não existe um Programa Municipal de Pavimentação Comunitária, que a Secretaria de Obras não tem um controle de como está o andamento das solicitações da comunidade e sobre a quantidade de demandas por bairro . Também foram informados que o atendimento não seria tão simples assim porque seriam várias questões burocráticas, inclusive a questão do preço, já que o valor da mão de obra e dos insumos vem aumentando exponencialmente porque o asfalto é derivado do petróleo. Enfim… Que a administração tem que colocar tudo na ponta do lápis, mas que não tem nenhuma previsão de trabalhos com esta finalidade para o bairro Getúlio Vargas. E que não existe nenhuma licitação ou contrato para a construção de pavimentação asfáltica ou recuperação das vias de pedras irregulares para lá, nem para minimizar o tamanho dos buracos.
Reclamam que ainda há problemas com os alagamentos das vias, sem que seja atendida as diversas solicitações de canalização ou simplesmente a revitalização das ruas melhorando o nivelamento com construção de canaletas com declive natural para o escoamento das águas que alagam as ruas do bairro, invadindo residências e ocasionando transtorno e prejuízos.
Por fim, alegam que a administração municipal não tem compromisso com os moradores do Getúlio Vargas, já que até o momento não vem realizando obras de melhoramento da infraestrutura e de mobilidade, bem como realizando manutenções preventivas e corretivas nas ruas, da mesma forma que atende os demais bairros.
“Basta ver aí mais uma ineficiência dos órgãos públicos responsáveis pelos asfaltos da cidade. Observem o desnivelamento do asfalto com os poços de visitas (PV – ralos) da Corsan, eles são verdadeiros buracos que prejudicam a suspensão dos veículos. Não há planejamento e a fiscalização é inexistente para este tipo de serviços. “Os órgãos públicos adoram fabricar esse tipo de buracos, e são os munícipes que terminam sendo prejudicados pela má administração. Precisamos de respostas”, dizem.
