O Turismo como sustentabilidade econômica pode ser tema de uma tese positiva ou negativa, basta trocar a FORMA de enxergar o desenvolvimento, a civilidade, o enriquecimento… E Torres é um lugar que serve com base para este estudo.
Sistematicamente vemos casos de pessoas que tiveram suas vidas TRANSFORMADAS por conta do Turismo da cidade. O secretário atual de Turismo da prefeitura, Sotério Júnior compartilhou publicamente nesta semana sua alegria de, após ser um menino morador da Vila São João, que estudava em colégio público e que corria atrás de balões quando saia da aula às 17h30min, agora esta liderando a secretaria de Turismo da prefeitura de Torres, prefeitura esta que organiza àquele mesmo balonismo de anos atrás, hoje em sua 33ª edição. Trata-se de um exemplo de um profissional que trabalha DIRETAMENTE no Turismo, como deve de ter vários na mesma prefeitura, em vários departamentos, que estão lá para trabalhar para atender veranistas e turistas na cidade, fora aqueles profissionais que trabalham na prefeitura por conta do crescimento da cidade (e do recolhimento de impostos que pagam seus salários), num município que cresceu quase que totalmente em cima da atividade de turismo ou veranismo (que é um turismo mais artesanal).
Quem acredita que o desenvolvimento da civilização está alicerçado no crescimento de oportunidades profissionais, que por sua vez dão dinheiro para que as pessoas tenham as vidas que escolheram, se orgulha de Torres. Mas quem acredita que a busca de crescimento econômico é uma consequência do capitalismo e da meritocracia, que exageram na necessidade de ganhos pessoais e de necessidades de consumo – que se apresentam como fundamentais para estas pessoas, mas muitas vezes são consumo baseado em ‘quase-obrigações’ impostas pelo sistema (que muitas vezes são supérfluos), não vê em Torres ou locais que crescem em cima do turismo como lugares saudáveis para a civilização: ao contrário, veem o turismo como um tema supérfluo em si próprio… Onde você está? Eu estou na primeira opção. Mas respeito a legítima leitura dos que acreditam na segunda opção… Por isso que a vida é boa: dois polos sempre em debate.
TURISMO: CRESCIMENTO MATERIAL E ESPIRITUAL?
Tem pessoas que eu conheço em Torres que “cresceram” financeiramente em cima totalmente do crescimento da cidade através do veranismo. Eram zeladores felizes há 40 anos e atualmente são empresários de sucesso. Eram agricultores simples e felizes do pé da serra há 50 anos e agora são capitalistas fortes que trabalham geram emprego e enriquecem em cima do crescimento do comércio e da construção civil de Torres, que se desenvolveram baseados no consumo de mais veranistas e mais turistas.
São casos de pessoas que cresceram financeiramente e que também cresceram espiritualmente. São felizes ricos e já eram felizes quando pessoas simples. O que prova que dinheiro não é a causa da felicidade. E a prova de que a felicidade não existe somente se não tiver dinheiro envolvido, como alguns acreditam… Se a pessoa fizer o que gosta, sem se estressar, esta será feliz… Se a pessoa não se sentir OBRIGADA a ter certa quantia de rendimentos ou bens para ser feliz, ela pode ser feliz como eram as pessoas simples que enriqueceram , que eram felizes e continuam sendo felizes.
Mas se a pessoa achar que a vida é baseada em status social, colocar como meta de felicidade e realização o fato de subir de vida financeiramente (para alcançar o seu status social), provavelmente esta pessoa não será feliz… Pode até pensar que é feliz, mas pode estar caindo em uma cilada psicológica que a deixa estressada, sempre querendo mais e sempre criticando o sistema que “premia mais um do que outros”. Ou seja, vê que a felicidade é a vitória apenas na acumulação de dinheiro e poder, para mim uma bobagem.
Por isso que , acho eu, as pessoas que crescem a partir do Turismo são pessoas satisfeitas. Elas trabalham para dar alegria para turistas e veranistas, mesmo quando se sabe que muitos destes turistas e veranistas vêm aqui e consomem bens e serviços, também, para atingir um status social… penso ser uma bobagem, mas como tem muita gente que trabalha com esta visão de mundo, têm que ser respeitada.
ATENDER TURISTA OU SER TURISTA?
A maioria das pessoas que moram em Torres tem no legado de sua existência (ou de sua família) a importância do Turismo e do Veranismo local como forma de alavancagem do crescimento financeiro e profissional. Mesmo pessoas que trabalham atualmente em setores da sociedade que não têm relação direta nem secundária com a atividade turística, na verdade estas chegaram onde estão por conta das consequências do crescimento da cidade. E o crescimento da cidade se deu em cima do turismo…
Um servidor Público Federal, por exemplo, não tem nenhuma relação direta nem secundária com o Turismo em muitos dos casos. Mas a sua repartição pública só existe por conta do desenvolvimento econômico de Torres. E o desenvolvimento econômico de Torres se deu (e ainda se dá) por conta do Turismo e do Veranismo.
Muitos destes moradores passaram de atendentes de Turismo e de Veranismo, quando há 50 anos eram zeladores ou pequenos agricultores que vendiam seus produtos para turistas, para agora se tornarem empresários ou profissionais de alto nível morando na mesma cidade de então.. Cresceram tanto e tornaram-se tão fortes, que passaram de atendentes de Turismo para Turistas: Muitos atualmente viajam pelo mundo consumindo em hotéis, restaurantes, companhias aéreas e agências de Turismo, com o dinheiro que alcançaram através do seu ATENDIMENTO operacional aos turistas e suas consequências desenvolvimentistas.
Com certeza eles chegam a conclusões que somente pessoas que passaram por estas duas condições extremas conseguem sentir na pele: Eles sentem os dois lados, como consumidores e como prestadores de serviços de outros consumidores do Turismo. E muitos (ou a maioria) sabem bem que a felicidade pode ser atingida tanto como trabalhadores para o Turismo quanto como consumidores do Turismo. A vantagem é saber bem como são as duas situações, que são somente diferenças de postura, ou ativa ou passiva. A felicidade está dentro da gente e não no que a gente tem. Só que, quem nunca sentiu isto, não consegue enxergar as coisas desta forma… E aí surge o preconceito, a inveja, e a tristeza, sentimentos que não queríamos que existissem, mas que existem e sempre existirão.
Não tem como ter alegria se não tiver a tristeza para comparar… Não dá para ter preconceito quando se tem conceito… A felicidade está dentro da gente… E o Turismo produz alegria, mesmo quando esta alegria é “preconceituosa” ou artificial em alguns casos.
FRANQUIA, UM ORGULHO PARA TORRENSES
A empresa de gastronomia de Torres Pizzaria da Praia está vendendo pacotes de franquia de sua operação, para interessados em implementar pizzarias similares em outras cidades. Trata-se de uma situação que deve dar orgulhos para nós, torrenses.
É que o dono da Pizzaria da Praia iniciou trabalhando como pizzaiolo em outra pizzaria, que atendia muito turistas e veranistas na cidade: a Panzerotti. Depois, ele foi contratado para ser pizzaiolo em outra operação, que não se mostrou sustentável. Ele acabou adquirindo o mobiliário após o fechamento deste ponto, criando então a Pizzaria da Praia. A seguir iniciou a venda forte por delivery e acabou crescendo e crescendo cada vez mais, até se tornar uma das principais pizzarias de Torres e região. E agora está vendendo a franquia da operação de sucesso para interessados.
Parabéns ao Vagner Ayres e a sua esposa Cati. Eles são um exemplo de IDEALIZAÇÃO E CRESCIMENTO de um negócio. E além disto são orgulho de torrenses que sabem que em sua cidade tem mercado de veranismo a ponto de já termos a chance de sabermos que em outra cidade tem um negócio de Torres lá multiplicado ATRAVÉS DE FRANQUIAS.