Cerca de 3.000 pessoas saíram às ruas de Barcelona (na Espanha) ainda neste ano para protestar contra o turismo de massas na cidade. Segundo as autoridades locais, enquanto os manifestantes gritavam “turistas, vão para casa”, alguns hotéis e esplanadas de restaurantes encerraram como forma de protesto.
A causa desta rebeldia radical foi a falta de moradias baratas para aluguel na cidade, por conta delas (moradias) estarem operando à preços de mercado de turismo de aluguel diário. Trabalhadores estariam ficando sem dinheiro para sobrevier, isto por conta do aluguel ocupar boa parte do orçamento auferido pelos salários de mercado, mesmo estes sendo acima da média dos setores.
Cidades turísticas como Torres têm o dever de enxergar este problema lá na frente, embora ele já esteja ocorrendo. Os imóveis na região central mesmo tendem a ter alugueis com precificação cada vez mais turística, o que obriga os trabalhadores da cidade, inclusive àqueles que trabalham na própria atividade de Turismo, a buscar moradia alugada mais barata, de R$ 600 e R$ 1000 por mês… O que tem sido difícil. E é por isso que as praias do sul têm aumentado em número de casas construídas em ocupações irregulares, para moradia justamente destas pessoas, que trabalham em Torres, mas seus salários não alcançam o pagamento de alugueis caros como os projetados para turismo e veranismo, principalmente depois do advento dos alugueis por diárias através dos aplicativos.
Os Planos de Governo para as próximas legislaturas já têm a obrigação de colocar soluções planejadas para este funil, já previsível no caminho do desenvolvimento atual de Torres. Olho no futuro!
DEBATE É BOM PARA TODOS
Nesta semana que passou, um debate previsto para acontecer na quinta-feira (12) em Torres entre os 3 candidatos que pleiteiam a prefeitura foi transferido, por conta da não confirmação de um dos candidatos na participação, o que levou outra a também desistir, e o que, consequentemente, inviabilizou o evento, porque não existe debate com monólogo. Ou existe?
Tomara que o motivo não seja o de evitar a participação dos candidatos propositadamente. Lembro que evitar debate acaba prejudicando qualquer pessoa de mostrar o seu potencial perante o público e em embate de ideias. Talvez, quando se está na frente não se queira mexer na situação…, mas talvez quando se está atrás, também não se queira potencializar esta posição…. Não sei qual o caso, porque não vi nenhuma pesquisa com intenções de voto em Torres ainda.
Mas se o candidato tem claro seus diferenciais pessoais e ideológicos, não há pergunta sem resposta. E a saída do embate pode gerar argumento na concorrência, sobre a capacidade do fujão, o que consequentemente pode ser um tiro no pé, uma bola nas constas… Olho no lance.
CURTAS
Mudar o Plano plurianual, incrementando mais dinheiro em uma secretaria, consequentemente retirando este dinheiro de outra, se trata de uma verdadeira posição ideológica. E coligações poderiam utilizar este tema em programas de governo. Dizer que vai tirar dinheiro da Saúde para colocar na Segurança Pública, justificando que esta troca irá ocasionar o foco na causa de problemas, como atacar a drogadição de moradores da cidade, se trata de uma nobre causa. Ou não? Depois avalia-se o resultado nas metas orçamentarias e qualitativas da saúde.
Pegar parte do dinheiro do orçamento da Secretaria de Ação Social, da conta que aluga ou viabiliza abrigo para moradores de rua, para implementar uma alternativa de tratamento aos viciados em drogas e álcool na Saúde, também é nobre em minha opinião. E pode ser uma forma do ‘desvio’ ser direto em alguns casos, da rua para a clínica de recuperação. Mas a causa da maioria das decisões dos moradores de ruas AFETADOS é o vício.
Multar de forma firme e cara as queimadas, seja de lixo ou de preparação de terra para plantio, que ainda existem no interior, se trata também de uma forma de colaborar para que se evite a poluição do ar causada por estas queimadas. Utilizar as verbas de transferências do governo federal para ajudar famílias de agricultores prepararem a terra e recolheres seus lixos, para que estes não realizem mais queimadas, também se trata de uma ideia de viabilizar a necessária ação em prol de nossa saúde e da saúde do Planeta Terra.
Está tramitando na Câmara de Torres, uma Indicação, de autoria do vereador Silvano Borja (Podemos), que sugere que o Poder Executivo (Prefeitura) insira no currículo escolar da Educação Municipal as aulas de Música. Acho perfeita a ideia do vereador. É na infância que podem aparecer dons artísticos. E professores podem ajudar as famílias a darem vez as vocações dos jovens nas artes para que voem para outras esferas profissionais lá na frente. E o projeto é bom também para que as pessoas saibam pelo menos ter uma ideia desta linguagem, a música, e levem isto para suas vidas.
Também está tramitando na Câmara um projeto de Lei, de autoria do vereador Moisés Trisch (PT), que troca o nome da rua Flores da Cunha, no Bairro Centro, para que se denomina Rua Dr. Ivan Roque Sa Brocca. Concordo e parabenizo o vereador pela Ideia. No caso, trata-se da pequena rua da OAB de Torres, que passaria a ter o nome da pessoa que, dentre várias inserções importantes na cidadania local ( Ivan Brocca), foi quem articulou a montagem de uma subseção da OAB em Torres, o que fez, faz e fará com que os advogados da cidade se sintam com mais interesse em atuar em nome de causas coletivas que envolvam direitos e deveres da população em nome da profícua entidade que se trada a Ordem dos Advogados do Brasil. Parabéns a Torres e a família do amigo Ivan ( in memoriam).
O vereador de Torres Cláudio Freitas (Republicanos) fez pedido de providências à prefeitura de Torres para que definitivamente seja feita correção no atual “desnivelamento” na subida e descida da ponte de concreto (José Mário Soares Noronha/ ou Anita Garibaldi) que dá acesso a Passo de Torres–SC. Concordo. Ali não é uma obra muito grande e o baque que dá nos veículos na passagem é grande, entorta pescoço… Parabéns ao vereador Cláudio pela lembrança.
O vereador também de Torres Igor Beretta (MDB) entrou com um projeto de lei na Câmara para garantir que haja participação mínima de 75% de atletas torrenses nos Campeonatos Municipais de Futebol, Futsal, Society e assemelhados realizados pela Prefeitura de Torres ou com aporte financeiro público. Acho correto isto. Principalmente quando a competição é feita com aporte dos cofres municipais de Torres. Trata-se de patriotismo, que obriga os clubes a buscarem com mais afinco jogadores locais. Parabéns ao Igor. E em minha opinião, há um toque de motivação nos jogadores que estão jogando em nome de um clube de sua cidade ao invés de outro d’outra localidade. Mas minha opinião…
