Eu nem conheço Vitor Kley, mas já estou querendo que ele volte para o próximo show da virada aqui em Torres. Já escrevi algumas colunas sobre o problema enfrentado por Torres e por outros lugares onde os shows pirotécnicos e musicais na virada do ano atraem uma quantidade de gente na maioria das vezes não suportada pela cidade.
Ao longo dos anos a cidade foi se adaptando e se organizando, do jeito que pode, para minimizar os problemas que surgem a partir do evento da virada do ano. Já é uma época que normalmente são atraídas para cá uma grande quantidade de pessoas, sejam elas turistas, veranistas, parentes de moradores e que somadas aos moradores já seria suficiente para lotar a cidade sem nenhum evento. Pois então, na virada do ano a quantidade de pessoas duplica ou triplica, congestionando o trânsito (que já não é um dos melhores) a ponto de transformar o simples ato de entrar na cidade, um martírio de meia hora ou mais. Isso sem falar nas compras do dia a dia nos mercados, padarias e fruteiras, não se consegue entrar. Eu sei que isso não precisa reclamar porque é bom para o comércio e a economia da cidade, mas em excesso é ruim para todos, perde-se qualidade.
Mas voltando ao Vitor Kley, eu acho que a administração municipal que saiu acertou errando, ou errou acertando! Vou explicar. A lotação da cidade nesta época é normal, a superlotação, também, mas a Mega Lotação, não! Hoje em dia, apesar de eu não gostar, o que mais atrai público para um evento? Shows musicais com sertanejos ou algo do tipo. Cantores pop atualmente não agradam tanto quanto os sertanejos ou pagode e, em consequência, muita gente que viria do entorno da cidade, não vieram. Pronto, solucionado o problema da Mega Lotação no pico do evento. Sem querer surgiu uma solução para um dos principais problemas na noite da virada do ano. Com shows menos atraentes ou menos populares, teremos menos deslocamento de grupos de pessoas de cidades próximas e certamente, menos congestionamentos e carros em cima de canteiros ou fechando ruas.
Uma coisa que se deve pensar, aproveitando a nova administração municipal, é que este evento não precisa ser o maior do Brasil (pois esse já existe e é no Rio de Janeiro), mas pode ser um dos mais agradáveis e seguros, com mais qualidade e não quantidade.
Volta Vitor Kley!