PANDEMIA: NA EXPECTATIVA POSITIVA

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

Coronavirus Disease 2019 Graphic. (U.S. Air Force Graphic by Rosario "Charo" Gutierrez)
10 de junho de 2020
Por Fausto Júnior

A maioria dos países acima do equador já está em fase AGUDA de queda de infectados e de queda de mortes por conta da triste pandemia de Covid-19.  Abaixo do da linha que divide o mundo em dois hemisférios, a América do Sul ainda mantêm os indicadores sem sinais robustos de queda, embora, pelo menos no Brasil, o sistema de Saúde tenha conseguido se estruturar para ter leitos de UTIs para atender os casos de agravamento da doença, que anda são grandes no Brasil, mostram sinais de queda, também, mas que é o motivo maior das medidas de Estado de Calamidade atuais.

Não tem quem afirme A ou B com certeza absoluta. Quem afirma está sendo no mínimo prepotente.  Portanto, o que se pode deduzir é que o vírus no hemisfério Norte está mais fraco, o que pode acontecer no hemisfério Sul, onde vivemos.  Mas existem correntes que sinalizam que o vírus pode ter pouco potencial de diminuir a contaminação em períodos de inverno, como estamos entrando no sul do Brasil e da América do Sul. Assim como têm correntes que dizem que pode haver outros surtos de contaminação, mesmo após o vírus parecer “sumir ou enfraquecer”, como se nota na maioria dos países do hemisfério norte.

Particularmente torço que o vírus tenha enfraquecido na parte norte do Globo Terrestre e que este enfraquecimento seja causado pelo tempo de contaminação, o que sugere que aqui onde moramos a queda abrupta de caos e mortes esteja próxima de acontecer.

Torçamos pelo positivo, mas mantendo o olho no lance!

 

IMPACTO DO ISOLAMENTO SOCIAL NA INADIMPLÊNCIA

 

A Fecomércio-RS está divulgando a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC).  E os resultados de maio apontam para os efeitos da crise trazida pelo novo Coronavírus.

Depois de nove quedas consecutivas mensais, o percentual de famílias endividadas voltou a subir e registrou 61,0% ante 59,1% em abril, influenciado pelo grupo de famílias com renda menor que dez salários mínimos (80,7% da amostra), que tiveram aumento de 61,7% em abril para 65,2% em maio.

A pesquisa destacou também que, com a redução abrupta do consumo de bens e serviços diante do isolamento social, a parcela da renda direcionada a esses itens teve redução.

“A situação para famílias que se viram sem renda do dia para noite em março piorou em abril com o avanço da crise e ainda mais famílias passaram a enfrentar dificuldades. A evolução do quadro de inadimplência que veremos nos próximos meses vai depender do tempo de reação para sair da crise, que tende a ser tanto menor quanto mais efetivas forem as medidas de suporte à renda e ao emprego e quanto mais consistente for a volta gradual das atividades econômicas”, afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Em Torres e em cidades da região, ainda não existe um centro de captação de dados para sabermos o que acontece na região sobre estes indicadores. Somos somente uma parte da amostra da pesquisa, mas não se sabe se puxando os números para cima ou para baixo.

 

INTENÇÃO DE CONSUMO TAMBÉM ESTÁ BAIXA PELO MEDO DO ISOLAMENTO

 

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF-RS) de maio mostra como a pandemia acertou em cheio a confiança das famílias gaúchas. Divulgado nesta quarta-feira, dia 3 de junho, pela Fecomércio-RS, o ICF-RS mergulhou mais fundo no patamar pessimista menor resultado desde julho de 2018. Os dados apontam queda de 15,5% na comparação mensal (obre mês anterior) e 15,7% em relação a maio do ano passado.

Todos indicadores que compõem o índice tiveram queda expressiva quando comparado ao mês de abril, acentuando as perdas apontadas na edição anterior. A situação do nível da renda familiar teve baixa de 10,5% na comparação mensal, com queda de maior intensidade no grupo de renda inferior a dez salários mínimos, que caiu 11,8%. A contração para o grupo de renda superior a dez salários mínimos foi de 6,5%, “menos ruim” do que a dos mais pobres.

O único indicador no campo otimista foi o relativo à segurança em relação à situação do emprego, que teve retração de apenas 5,6% ante abril deste ano.

 

EXIGÊNCIAS ACIMA DA NECESSIDADE E  ACIMA DA DISPONIBILIDADE DAS EMPRESAS?

Vereador Gimi quer desburocratizar e baratear operações de empresas pequenas em Torres

 

Em seu pronunciamento na sessão da Câmara de Vereadores passada, o Vereador Gibraltar Vidal -Gimi (Progressistas), questionou a necessidade dos estabelecimentos comerciais de pequeno porte do município de Torres terem de fazer e renovar o chamado Licenciamento Ambiental. O vereador estranhou que uma resolução estadual do CONSEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente) teria isentado destas obrigações as atividades como Padaria, Quiosques, Bares, Cafés, Restaurantes, pequenos Mercados, Hotéis, Pousadas, dentre outras. Mas que, conforme afirma Gimi, a cidade de Torres teria optado por manter a obrigação das Licenças Ambientais através de uma Resolução local, mantendo a cidade muito mais restritiva de liberdade e mais fiscalista do que a resolução Estadual.

Concordo com o vereador Gimi. Se for isto mesmo, a cidade está encarecendo os custos já grandes de empresas pequenas se manterem no mercado de forma competitiva e legal. Não há necessidade de um estabelecimento pequeno fazer e renovar licenças ambientais quando já existem leis que permitem ou proíbem atividades que poluem ou deixam de poluir. Em minha opinião, os donos de estabelecimentos deveriam tão somente assinar um documento admitindo que estejam cientes das leis, sem terem de pagar taxas nem renovar licenças, nem terem de pagar profissional qualificado em alguns casos para conseguirem emitir as burocráticas licenças. A seguir, se não estiverem obedecendo, que se multe, pois as leis existem. Não precisa ter lei para obrigar a tu provares que vai respeitar a lei. Chega de burocracias e custos.




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