Jogar a culpa em políticos pelas mortes ocorridas em QUALQUER lugar por conta da pandemia do Coronavírus é uma COVARDIA, seja de que LADO vier a crítica, e seja de que PARTIDO ou ideologia é ou são os “acusados”. Estamos no meio de uma guerra onde não se sabe de onde vêm os tiros. Sabe-se que eles existem e que podem causar problemas sérios para nós. Mas não se sabe bem onde se esconde o inimigo.
A Culpa só poderia ser dada ao sistema de Saúde precário, um problema antigo no Brasil, que retira 40% do que se produz ou se consome da sociedade, que deveria ser colocado em prioridades coletivas, mas são colocados em mordomias de políticos e montagens de estruturas faraônicas de serviços públicos ineficientes. Mas este problema é antigo e existe em todo o mundo. Ou pode-se dar à OMS ( Organização Mundial de Saúde), que não alertou as nações sobre a necessidade de se preparar para uma pandemia. Ou pela mesma OMS ter errado a calibragem da pandemia, sugerindo contingenciamentos errados, talvez, o que nunca poderemos saber ao certo, só após compararmos os estragos no mundo relacionados com as ações tomadas. Mas isto é depois. Portanto, não é certo o presidente Bolsonaro culpar os governadores pelos decretos, assim como não é certo pessoas chamarem o presidente de Genocida. Senão vejamos:
A Coreia do Sul passou pela pandemia sem isolamento horizontal. Só proibiu visita a museus e transferiu aulas por algumas semanas. E teve pouca mortalidade, pelo menos até agora. A China praticou fechamento absoluto em algumas províncias e tiveram por lá, também, poucas mortes se avaliarmos os 3 bilhões de pessoas que lá vivem. Ou seja: são exemplos de casos opostos que mataram poucos. De casos opostos que tiveram resultados positivos se compararmos ao resto do mundo.
Tem também lugares que atualmente já estão a mais de 40 dias em isolamento social forte – como EUA, Itália, Espanha e Inglaterra, que mesmo assim só nos últimos dias que começou a cair o número de mortes e de novos casos. São os líderes em mortes se olhado a relação proporcional à população.
Aqui no Brasil temos casos de capitais como São Paulo que estão praticando Isolamento Social bem restritivo das atividades já há 40 dias e ainda continuam aumentando as mortes (até hoje – 30/4). Mas tem capitais que já flexibilizaram mais um pouco, como Porto Alegre, e que não se vê aumentos significativos de casos e mortes.
Portando não é correto culpar ninguém. Nem os especialistas (os éticos) dizem que há como se ter certeza, isto em todo o mundo!
Colocar culpa de morte em político gestor por resultados de pandemia é covardia, seja lá de quem for a acusação e seja lá quem é o acusado.
AÇÕES DE PROTEÇÃO NA PANDEMIA EXIGEM FOCO ONDE HÁ DEMANDAS CLARAS
Independentemente das leis de Isolamento Social decretadas neste Estado de Calamidade Pública em todo o Brasil é a possibilidade de o poder público fazer campanhas para conscientizar as pessoas sobre cuidados. Isto poderia dar mais resultado do que isolamento por lei de forma generalizada, este um assunto que deveria gerar debates importantes após o final da Pandemia, pois se trata de retirar liberdades da sociedade, o que pode ser inconstitucional em alguns casos. Mas voltamos as ideias de campanhas públicas. Por exemplo:
1 – Sugerir que idosos ou doentes não habitem em lugares onde há muita gente saindo e entrando.
2 – Colocar pessoas a disposição para que o povo na precise entrar em filas para receber os recursos dos governos ou receber as doações da sociedade.
3 – Distribuir máscaras para a população de mais idade, talvez patrocinada por alguma empresa interessada em vincular sua marca a ação de oferecimento de máscaras.
4 – Permitir que idosos possam caminhar no máximo em duplas pela beira da praia, para que tenham uma forma saudável de exercício.
5- Possibilitar para profissionais de Saúde um hotel – próximo aos pontos de trabalho – para que possam descansar e pernoitar sem ter que voltar para suas casas – por adesão. Isto dá mais tranquilidade para o profissional não se sentir um vetor do vírus perante seus familiares.
São ideias que podem ser simplistas. Algumas delas ( máscaras e disponibilização de serviços de apoio), a prefeitura de Arroio do Sal já faz algo parecido, meus parabéns! Mas o mais importante seria focar as atividades de isolamento nas pessoas que mais correm riscos hoje: os Idosos e os Profissionais de Saúde. Esta energia gerada pela sociedade, incluindo recursos financeiros, serve para proteger estes segmentos e poderiam permitir que a outra parte da sociedade pudesse funcionar quase que sem restrições. Propiciaria que os esforços fossem mais fortes e mais onde há comprovadamente necessidade de tratamento diferenciado. Fazer mais para quem mais precisa.
RS COM SITUAÇÃO CONFORTÁVEL
O Gráfico acima mostra os óbitos por Covid – 19 no Rio Grande do Sul, desde o 1º, no dia 24 de março, até o 51º óbito, ocorrido no dia 29 de abril. O desenho da demonstração por barras mostra claramente duas coisas:
1 – As mortes no Estado (assim como os casos confirmados da doença) são pequenas em relação à realidade de outros estados. São 51 mortes divididas por 34 dias que dá uma média de 1,5 mortes por dia.
2 – Nos últimos sete dias, tivemos no estado um aumento sensível dos óbitos. De quinta feira, dia 23 até esta quinta, dia 30 houve 22 mortes, uma média de em torno de 3 mortes por dia. Mas o aumento não chega a assustar. Principalmente porque em minha opinião estamos chegando ao topo de casos de óbitos. Estamos no final da quarentena e pode ser (porque ninguém sabe ao certo e se diz que sabe é arrogante) que as mortes fiquem neste patamar diário por alguns dias e depois comecem a cair, como tem se comportado gráficos já hoje (30/4) na Espanha, na Itália e na Alemanha.
RS COM SITUAÇÃO CONFORTÁVEL II
Na China o período entre o inicio da pandemia e o final foi de menos de 60 dias. Especialistas explicam que chega num momento o vírus de certa forma já fez contato com mais da metade da população, o que faz com que o nível de contaminação baixe a ponto de quase sumir.
Lá onde iniciou a Pandemia, faz algumas semanas que o contágio tem sido detectado somente em pessoas que vem de fora, pessoas estas que são isoladas desde sua chegada ao aeroporto por 14 dias.
Fazendo uma analogia, é como se o exercito do vírus sucumbisse à Guerra após notar que muitos organismos não aceitam a sua entrada para haver a multiplicação, isto por já ter sido imunizado (com ou sem sintomas e na maioria dos casos sem exames). Aí termina, bandeira branca. E o controle só tem que ser mantido para não haver um novo surto, na maioria das vezes de pessoas que vem de outros lugares.
O Brasil teve sorte (principalmente o RS) em passar por este período em temperatura de verão. Se fosse ao inverno o estrago seria maior. Há teorias que pode haver outro pico no inverno. Mas após uma quarentena ou mais de circulação do vírus, a maioria dos casos, conforme especialistas, o circulação é interrompida. Veja o gráfico na China Continental, que possui quase dois bilhões de habitantes e jpa está praticamente sem circulação da doença.
Fonte: www.bing.com/covid/local/brazil