Embora eu tenha a consciência da importância dos impostos que a operação do porto em Torres traria para a comunidade, impostos estes que seriam usados em Saúde, Educação, Segurança e infraestrutura, a escolha técnica feita para que seja colocado em Arroio do Sal acabou fazendo certa justiça geral.
Torres tem belezas naturais mais exuberantes do que as de Arroio do Sal, que tem litoral aberto. E isto dá mais diferenciais competitivos para o Turismo; Torres já possui um bom orçamento anual fruto da exploração do turismo, muito maior que o de Arroio do Sal. E Arroio do Sal tem área litorânea muito maior do que a de Torres, talvez o dobro, o que ocasiona um impacto proporcional MENOR na área de banhistas causada pela atividade de Porto.
As questões técnicas também dão coerência à escolha inicial dos empreendedores (ou representante deles). O número de Sambaquis (restos de civilizações que viveram na região) na beira de praia de Torres é muito maior, o que poderia a qualquer momento interromper aa obras do porto, em alguns casos definitivamente. E AS possui áreas de testada (largura de fronte ao oceano) maior, assim como metragem quadrada maior, o que também tecnicamente dão vantagens para Arroio do Sal.
No final o município que mais necessita de um equipamento de desenvolvimento deste perfil irá levar o empreendimento. E o RS e o Brasil lucram junto.
Torres vai receber muita coisa boa como impacto positivo de qualquer desenvolvimento regional. Pode receber coisas ruins, também, mas acho que as boas são mais visíveis: Empregos diferenciados, demanda por serviços de hotelaria, alimentação e comércio, além de melhorias em estradas do entorno.