Torrense na corrida política de 2018?

4 de dezembro de 2017
Pardal quer concorrer a Deputado Estadual

Que bom. A cidade de Torres deverá ter, mais uma vez, um nome para representá-la em nome do Litoral Norte. O vereador Pardal, que já foi vice-prefeito, secretário de governo municipal e concorreu à vaga de prefeito na cidade –  obtendo 7 mil votos em 2012, agora está disponível dentro de sua agremiação atual, o PRB, para ser lançado a candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa do RS (ALERGS). Ele próprio anunciou sua decisão na última sessão da Câmara, realizada na segunda-feira, dia 27.

A ex-prefeita Nílvia concorreu dois anos para esta função, mas conseguiu parcela firme de votação somente no município de Torres, tendo poucos votos em outras cidades (se olharmos sob a ótica da necessidade). Para ser eleito, um candidato tem que fazer pelo menos 30 mil votos se o processo for PROPORCIONAL e o partido fizer uma coligação boa. No ano de 2014, a maioria que entrou na ALERGS ficou acima desta média, embora um deputado do PV tenha ingressado na assembleia como deputado titular com 9 mil votos (pelo coeficiente eleitoral da coligação, onde a soma de poucos votos que sobraram de outras agremiações deram a ele o resto que faltava para a vaga).

Com esta votação e esta “sorte” que teve o verde João Reinelli, até a votação conseguida aqui em Torres como nome local, que pode passar de 10 mil votos, consegue colocar um torrense ou litorâneo na Câmara.

Pardal responde a processo na justiça por irregularidades em licitações em Torres. Mas dificilmente será impedido de concorrer. Para tanto tem que ser condenado em segunda instância.  E pra isto acontecer, ele teria que ser condenado em 1ª instância aqui na comarca e condenado no Tribunal de Justiça por uma turma, o que geraria a chamada ‘ficha suja’. Dificilmente estas duas condenações vão ocorrer em oito meses, imagino eu.

 

PDT e PP romperam mesmo em Torres?  E a presidência da Câmara?

 

O Vice Prefeito Fábio Amoretti está no governo pelo PDT de forma DIPLOMADA

 

 

O jornalista de O SUL Flávio Pereira divulga em seu blog no dia 21 de novembro, que o PP de Torres rompeu com o PDT de Torres.  Disse o mesmo jornalista que, inclusive, o PP teria demitido os CCs do PDT no governo.  Ele deve ter levado em conta a notícia divulgada pelo Jornal do Mar, que dizia a mesma coisa (na circulação da publicação, dia 17 de novembro).  Só que não… É que até agora não houve nenhuma nota oficial do PP nem do PDT sobre o assunto. Ficou só na especulação. E que eu saiba ninguém do PDT saiu de seus cargos.

O vereador Dê Goulart, na última sessão da Câmara, foi um pouco escorregadio sobre o assunto. Disse que não recuaria se o PL da base do IPTU voltasse à pauta e votaria contra de novo. Antes, na sessão anterior, ele disse que havia uma negociação entre PP e PDT, onde o acordo seria que a presidência da Câmara ficaria com os brizolistas neste ano.

Dê disse que se alivia em estar fora do governo, mas até agora não houve nenhum fato real para efetivar o rompimento: só uma reunião dentro do Partido Progressista, com poucos convencionais, que teriam decidido o rompimento unilateral pelos pepistas. Mas ficou como papo de churrasco. Não houve uma nota oficial para a imprensa, pelo menos não recebemos aqui.

Nesta próxima segunda-feira deve haver votação para a presidência da Câmara de Vereadores da cidade de Torres. Parece que o vereador Fábio da Rosa queria a vaga, mas tem a combinação anterior com o PDT. Além disto, pode haver uma virada de mesa radical, onde PMDB e PDT poderiam se unir e fazer outra chapa para a presidência da mesa, quando teriam chance de ter quatro votos do PMDB, dois do PDT e um do PRB, o que dá maioria (com sete votos) e tiraria a autonomia do governo Carlos em escolher a presidência da casa. E o candidato pode ser do PMDB, o Gimi, pois o ano de 2018 tem votação do Plano Diretor e o vereador quer muito debate na casa.

Pode haver ainda a união do PMDB para eleger alguém do PDT, caso o rompimento se concretize. Pode haver a combinação de que, para isto, o PMDB fique com a presidência no ano de 2019, ou 2020… E no partido (PDT) há o próprio Dê Goulart e o vereador Rogerinho para a vaga: os dois tem experiência na presidência da casa também.

Mas a votação pode, ainda, ser até transferida… Olho no lance!

 

 Rompimento de PDT e PP II

 

Na mesma sessão, o vereador Fábio da Rosa (PP) respondeu ao desabafo de Dê Goulart sobre a relação de seu PDT com o PP de Fábio e do prefeito Carlos Sousa. Ele criticou o PDT que critica o excesso de CC no governo, questionando que o que o PDT exige é justamente a nomeação de CCs no governo. “CC só é bom se for do PDT?” Ironizou Fábio. E o vereador que é líder do governo na Câmara aproveitou E chamou de politicagem esta insistente demonização dos CCs por parte de oposicionistas. “Por que esta demagogia em demonizar o CC? Eles trabalham, inclusive, se são chamados no final d de semana sem cobrar hora extra e brigam pelo governo”, desabafou Fábio.

O vereador também reclamou que está acontecendo muita morosidade nos trâmites de projetos para a formalização de créditos de verbas federais na Caixa Federal, banco que centraliza estas burocracias. E disse que o governo Carlos Sousa tem muita coisa a ser anunciada, só faltando a aprovação das verbas.

 

Falta de transparência e de planejamento?

 

Ainda no debate sobre o governo Carlos em Torres, o vereador Gimi (PMDB) concordou com seu colega Fábio da Rosa sobre a morosidade dos trâmites do sistema de aprovação de recursos federais.  Mas a seguir criticou a falta de transparência do governo de Torres em não compartilhar publicamente estes problemas burocráticos, de não comunicar para vereadores e para a população estas “pedras no caminho”.

O vereador também criticou a falta de planejamento do Governo Carlos, lamentando que os governantes insistem em deixar para a última hora questões importantes. Exemplificou se reportando a questão das licenças para os pontos de vendas no veraneio, como o problema dos artesãos, dos quiosques, dentre outros.

A seguir falou sobre o Plano Diretor como o exemplo clássico da prefeitura de Torres em deixar de lado o planejamento. “Já faz anos que o Plano Diretor ameaça entrar mas não entra para debate na Casa. Ele foi criado no governo Clovis Webber Rodrigues e só… Depois passou Cafrune, Milanês, oito anos de João Alberto, mais o governo passado de Nílvia e agora já um ano do Carlos… e ainda estamos esperando as modificações do Plano Diretor”, afirmou o vereador.  “Lembro que NÃO VAMOS VOTAR DE AFOGADILHO”, firmou pé o vereador. .

Gimi reclamou que para ele existem pessoas que colocam o Plano Diretor “embaixo do Braço” e não liberam o documento nem debatem com seus pares, como se fossem semideuses. E alertou que, se houver mais morosidade, a cidade pode mais uma vez ter a construção civil proibida por falta de disciplina e cumprimento de regras institucionais.




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