Neste mês, participei de um programa de uma amiga de longa data, Fernanda Carlos Borges, na rádio Cultural. O programa se chama “Torres em Transe”, mesmo nome de seu livro publicado quando ela ainda morava em São Paulo.
Fui convidado para conversar ao vivo na rádio, mas não tinha ideia do rumo que a conversa tomaria. Não foi uma entrevista, foi um bate-papo informal que começou com uma pergunta um tanto inusitada. Após a Fernanda contar uma pequena história, ela fez a seguinte pergunta:
“Existe vida inteligente em Torres?”
Para compreender a complexidade dessa pergunta, o melhor é compartilhar a pequena história que dá origem ao seu contexto.
A história aconteceu com a Fernanda em uma festa infantil, organizada por um colega de trabalho em São Paulo, onde ela morava e trabalhava como professora em uma faculdade de Artes. Nessa festa, ela foi apresentada a outro convidado, também gaúcho, pelo anfitrião. Durante a conversa, o convidado perguntou de qual cidade do Rio Grande do Sul ela era. Fernanda respondeu que era de Torres. O gaúcho, natural de Porto Alegre e conhecedor de Torres, tentando elogiá-la (ou talvez não), disse: “Nossa, eu não sabia que tinha vida inteligente naquela cidade!”
Daí surgiu a pergunta: “Existe vida inteligente em Torres?”
Por que alguém pensaria assim? Será que mais pessoas têm essa mesma percepção dos torrenses?
E coube a mim, o entrevistado, a difícil tarefa de tentar responder a essa pergunta complexa. Tentei. Acredito que levantei alguns novos questionamentos dentro da própria questão. Talvez existam diferentes interpretações sobre o que significa “vida inteligente”. Então eu fui ver algumas entrevistas com outros personagens aqui da cidade e ver suas respostas. E sem surpresa nenhuma vi, de maneira muito clara, que eu estava certo a respeito da complexidade da pergunta. Torrenses ou torrenses por opção, todos responderam a pergunta a partir de seus ângulos de visão baseados nas áreas de atuação e de interesse, deixando um grande arsenal de informações que certamente responderão ao questionamento de forma ampla, e no lapso de tempo da existência da cidade.
Como bom torrense, eu digo: Pois então… quem quiser saber a minha resposta e as dos outros entrevistados, eu os convido a assistir no YouTube, os vídeos do programa “Torres em Transe” da Fernanda Carlos Borges na página da Cultural FM.