Na sessão da Câmara do dia 5 de março, o vereador de Torres Gimi Vidal (PP) mais uma vez denunciou mazelas no trabalho do governo do RS no sistema de Saúde em Torres. Lembro que o SUS é “tripartite”, ou seja, com responsabilidades e direitos divididos entre governo federal, estaduais e municipais.
Desta feita o tradicional crítico do sistema no Litoral e em Torres se referiu aos repasses do governo Leite (RS) aos hospitais. Conforme o levantamento de seu mandato junto a Secretaria Estadual de Saúde (SES) “há grande diferença de aportes financeiros mensais oriundos dos cofres do Estado do RS”. Fazendo a avaliação dos cinco hospitais regionais, Torres recebe 1.5 milhão enquanto que Tramandaí 5.6 milhões, por exemplo. “Até mesmo o pequeno hospital de Santo Antônio da Patrulha recebe quase o dobro que Torres”, desabafou o vereador.
Ele exemplificou com a centenas de torrenses que estariam na espera de procedimentos oftalmológicos somente em Torres como mais um descalabro do sistema estadual de Saúde perante o contribuinte.
OPINIÃO – O SUS parece cada vez mais demostrar estar entrando numa espécie de caos, de falta total de sustentabilidade entre a receita e a despesa para o setor, em todo o Brasil. O Estado do RS vem há décadas derrapando em sua capacidade de entregar o que seria básico para os gaúchos, quando num caos que tem recebido atenção dos últimos governadores, mas que ainda está longe de voltar a ser estável.
E Torres, mesmo investindo 23% na Saúde (quando a lei exige que possa ficar somente em 15% da receita orçamentaria), ainda é palco de reclamações (com razão) de torrenses por falta de capacidade de atendimento às demandas locais. Trata-se em minha opinião de um problema que deveria ser tratado também de forma Tripartite, talvez através de uma ação Civil Pública do Ministério Público Federal contra o SUS, quando as três esferas da administração do sistema teriam que achar uma forma de regular o sistema para que volte a não ser caótico.
CONSTRUÇÃO DE CALÇADAS COM COBRANÇA DE TRIBUTO ADICIONAL
Também é originário da Câmara de Vereadores, através do gabinete do vereador Rafael Silveira (PSDB), um Pedido formal ao prefeito Delci Dimer para que o governo municipal providencie a troca de lugar da parada de ônibus escolar localizada na Rua Estrela, na Praia Estrela do Mar.
Na justificativa do pedido parlamentar, o autor afirma que a atual parada (que serve de ponto para coleta de estudantes) sofre constantes alagamentos em dias de chuva, o que dificulta o acesso das crianças ao transporte escolar, expondo-as a riscos. “Além disso, verificamos que até mesmo os ônibus de linha estão sendo forçados a realizar desvios, fazendo a volta no novo local sugerido para a instalação da parada, o que demonstra a inadequação do ponto atual” explica Rafa Silveira, dando mais ‘sustância’ a sua demanda.
OPINIÃO – a prefeitura atual poderia aproveitar o anúncio de pavimentações nas praias do sul para, pelo menos, fazer um teste para que haja também a pavimentação de calçadas (Passeios Públicos) nestas vias. E o sistema poderia ser feito pela municipalidade (junto com a pavimentação das vias e em outras até ainda de saibro) para que, ela mesma, construísse estas calçadas e, após, fizesse cobrança de Contribuição de Melhoria de TODOS os donos de casas ou terrenos do trajeto escolhido. Se der certo, isto pode ser feito em todo o município através de calçadas padrão – simples, mas eficientes, talvez de concreto. Olho no lance!
DEFESA FORTE E CERCADA CONTRA VIOLÊNCIA SEXUAL
A vereadora Ingrid Vargas, que irá substituir o vereador também suplente Cláudio Rocha na Câmara (este último que substituiu desde o início a opção do titular Dilson Boaventura de ser secretário de Obras do governo Delci), que irá utilizar sua estada na Casa Legislativa para tentar dar mais voz e vez a mais mulheres no parlamento que é presidido pelo também emedebista Igor Bereta, promete trabalhar focada na questão da luta contra a violência sexual contra as mulheres.
Ela (Ingrid) que afirma publicamente que foi vítima desta violência, acho então que deva ter uma pegada mais instintiva na busca de soluções concretas para a mazela, que se instala no mundo há muito tempo como uma espécie de triste pandemia. Agora, talvez Ingrid tenha chance de buscar a empatia necessária, para ajudar a diagnosticar e combater os problemas.
Ela diz que vai atacar o problema, mesmo no curto período na Câmara, com:
1 – Propor emenda às regras do funcionamento do funcionalismo público para prevenir ou punir casos de assedio que ocorrem neste ambiente.
2 – Promete sugerir a implementação de um aplicativo para que se possam as mulheres serem mais ágeis nas denúncias de casos de violência contra as mulheres.
3- Vai compartilhar uma verba que conseguiu para um espaço que milita no tema em Torres.
Parabéns à jovem vereadora. Mostra vontade de trabalhar de forma mais eficiente em casos que envolvem o mundo feminino e a modernidade
PARADA OBRIGATÓRIA E PERIGOS
Já vereador suplente Vicente Machado ( PSDB) que substitui seu colega Luciano Raupp ( que se recupera de cirurgia), também promete utilizar o período em que será vereador com cadeira ativa para tentar regulamentar e dar transparência sobre a cobrança da taxa de lixo de garagens como se fossem imóveis; para verificar o porquê de tanta gente estar sendo atacada por mordidas de carrapatos em Torres; e para tentar solucionar os riscos que correm as crianças que saem do ônibus no outro lado da avenida Castelo Branco, para estudarem na Escola Santa Rita precisando atravessar esta parte da via – sem a existência de faixa de segurança, que existe somente como lombo faixa na via que bordeia a quadra da Escola (do outro lado).
