Na quinta-feira (24), durante a Assembléia de Verão da Famurs, realizada aqui em Torres, pré-candidatos para o governo gaúcho e representantes de siglas partidárias fizerem uma espécie de debate sobre as proposta para o Rio Grande do Sul nos próximos quatro anos (2023/2026). Como sempre, houve propostas mais baseadas na ESTRUTURA e ambiente econômico local, dos que acreditam que o progresso econômico é a base para pulos sociais mais altos. E teve proposta mais focada no social, baseada em alavancas de temas como Educação, Emprego Público, Saúde e etc. – foco dos candidatos que acreditam que o principal é o investimento na sociedade (porque esta depois vai progredir por si só e fazer crescer a economia). O velho dilema do ovo ou da galinha…
Estrutura
O senador Luiz Carlos Heinze (PP), por exemplo, colocou na estrutura de seu trabalho propostas de temas que já está fazendo como senador, como o de fomentar a estrutura de portos, estradas e vias lacustres para que a economia funcione mais rapidamente e com mais competitividade, citando o Porto de Arroio do Sal como um exemplo claro de proposta de desenvolvimento.
Emprego
O empresário Roberto Argenta (PSC) disse acreditar que o RS necessita de fomento e criação de empregos, sugerindo que este é o âmago do crescimento, pois atingiria desenvolvimento social e econômico ao mesmo tempo. Sugeriu dividir o Estado ‘pela metade’ em número de secretarias para diminuir a burocracia aos empreendimentos e tentar gerar dinheiro para aplicar na infraestrutura para o progresso e para a geração do emprego locais
Funcionalismo Público total
Pelo lado da prioridade social, o líder comunitário Marco Della Nina (Patriota) radicalizou. Ela colocou o funcionalismo público na frente de tudo e de todos. Sugeriu que fossem revogados todos os decretos que restringiram ganhos do funcionalismo colocados pelo governo atual do RS; disse achar que os funcionários estáveis devem ser os únicos, dizendo que – no 1º dia de trabalho (se fosse eleito) os CCs do seu governo seriam TODOS demitidos, mantendo a gestão somente através dos servidores concursados. Ele também é contra as privatizações das estatais
Contra privatizações
O deputado Edegar Pretto (PT) também fez discurso mais voltado para o social do estado como prioridade. Reclamou da falta de incentivo aos servidores e reclamou também das privatizações, embora se dissesse como um político respeitador dos que pensam diferente e até antagonicamente.
Como no tempo de Brizola
Ciro Simoni (PDT) também se referiu a carências de políticas públicas sociais em Educação, Saúde, Emprego Público e etc. Simoni lembrou a estrutura de Educação montada pelo saudoso Leonel Brizola, no Brasil e no RS, e lamentou que o Estado tivesse perdido o rumo ao não manter o projeto brizolista no setor. Ele elogiou o trabalho do governador Eduardo Leite na Saúde por conta da pandemia, mas lamentou sua atitude em encaminhar as privatizações da CEEE e da Corsan, o que discorda frontalmente.
Educação virando o jogo
Beto Albuquerque (PDB) fez uma lamentável avaliação da situação atual do ensino no RS. Para ele, a base para retomar o Estado é em cima de um programa para a recuperação deste quesito: a educação. A falta de escolas em dois turnos foi um dos problemas citados por Beto, quando anunciou que o RS é o pior estado federativo no número do oferecimento desta modalidade em todo o Brasil.
Defesa do atual governo
O vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) – Representando o governador Eduardo Leite – fez um bom balanço do governo nestes três últimos anos. Ele indicou que o governo Leite pegou o estado com a Folha de Pagamento atrasada e com dívidas de todos os lados. Comemorando que a situação foi contornada e que este governo terá representatividade nas próximas eleições, defendendo justamente estes feitos.