Assisti a abertura de um novo curso de mestrado em Direito Ambiental na Universidade de Caxias (UCS) de Torres na sexta-feira (9 de agosto). Lá recebi também boas notícias sobre o aumento do trabalho da UCS em Torres, dentre eles o da mudança de local de aulas presenciais, o que irá, além de melhorar o ambiente dos atuais alunos, possibilitar a entrada de novos cursos, que precisam local especial para ter homologação do Ministério da Educação. Mas o que me motivou mais na apresentação de professores e reitor da universidade foi a demonstração de prova cabal da identidade comunitária da entidade caxiense de ensino. “Nascemos como uma missão comunitária e vamos manter esta identidade” foi dito pelo reitor dos cursos de extensão no discurso de abertura do mestrado.
Na segunda-feira (12), na câmara de Torres, assisti um discurso do atual diretor executivo da Ulbra Torres. O discurso foi na mesma direção: o de se aproximar ainda mais da sociedade organizada nas ações da faculdade, através de programas sociais e educacionais. Uma dose dupla de boas notícias.
A academia é um dos braços do progresso da civilização. E todos os homens querem o progresso, mesmo que visões de progresso sejam diferentes. Mas o progresso nos norteia. Acordamos todos os dias para andar em uma direção, nem que seja apenas ajudando os protagonistas destes rumos. Isto é progredir. Temos a política, o Contexto e a Ciência como eixos para a organização de avanços civilizatórios. E a ciência é representada em especial pelas universidades e suas pesquisas.
Nas cidades, estes ‘inventos acadêmicos’ podem ser parte das consultas para a aplicação de projetos e programas de desenvolvimento. Os debates de novas leis e de mudanças em regras e costumes passam pela democrática discussão entre pensamentos, muitos deles antagônicos. E a realidade científica daqueles assuntos em debate é protagonizada pela consulta das autoridades à academia. Professores e pesquisadores devem ajudar no debate, mostrando o que está sendo considerado como cientificamente correto sobre seus temas de domínio, assim como podem apresentar novas teses que estão sendo estudadas. Isto acaba sendo o combustível ( e a calibragem) civilizatório para o debate e para a definição do que se está avançando.
As forças políticas de Torres, que se encontrarão em debates eleitorais nas próximas semanas, poderiam (ou deveriam?) colocar este pilar em seus planos de governo, um avanço civilizatório e um incentivo para que professores se sintam mais presentes nos temas sociais. Isso talvez motive mais alunos a estudarem e escolherem seus caminhos profissionais e naturais.
CURTAS
- Debate-se sobre possíveis ‘falcatruas’ realizadas no Supremo Tribunal Federal (STF) e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), acerca dos inqueridos instalados para verificar participantes da invasão do congresso no dia 6 de janeiro e outros processos, que acabam orbitando também sobre o pleito eleitoral de 2022. E agora? O jornal Folha de São Paulo denunciou e tem provas. Quem entra da parada agora? Deus? E os que não acreditam em Deus, como ficam? Acreditar em quem. Onde estão as Fake News?
- A RBS tem noticiado, diariamente, desmentidos de promessas dos governos federal e estadual para programas de atendimento das pessoas e das cidades assoladas pelas enchentes. Foram prometidas ações para o mês de junho, julho e agosto que ainda não foram sequer detalhadas. O Governo Federal deveria ser o protagonista, já que é a parte mais rica em impostos das três instancias de arrecadação: união, estados e municípios. Colocar culpa nos municípios é uma covardia. Parece que é a justiça no âmbito federal, que serve ‘Lagosta no almoço’.
- O aeroporto de Torres ( ou do Litoral Norte) corre o risco de quando estiver pronto em sua estrutura para operar voos maiores do que pode atualmente (conforme movimentações do governo Leite e do Governo Lula), já ter o aeroporto de POA funcionando quase normalmente, o que irá gerar a irônica situação de instalação de equipamentos para não ter muitos voos para operar, porque a tendência é de que os percursos voltem a ter saídas e chagadas como anteriormente, baseados no funcionamento do aeroporto da Capital Gaúcha.
- Mesmo assim podemos ter um equipamento (aeroporto) mais completo em Torres, para talvez propor uma privatização da concessão do terminal torrense, o que fará com que a concorrência seja mais forte, o que geralmente resulta em mais qualidade final da operação. Olho no lance e… nos céus!
- Prioridade no Turismo Cultural ou no Turismo Industrial? O Cultural é fomentar que os costumes sociais, econômicos e gastronômicos locais sejam a forma de atrair mais qualificados para esta preferência (cultura). Industrial é fomentar que produtos e serviços que existem em várias cidades sejam multiplicados na cidade turística. Os programas de governo poderiam ter esta tendência, mais para um lado do que para o outro. Trata-se de um divisor ideológico.
- Incentivar que sejam abertos em Torres restaurantes “confirmados” no Estado, no Brasil e no mundo, como McDonalds, Churrascarias renomadas gaúchas, pizzarias com franquias espalhados pelo Brasil e etc., se trata de uma opção Industrial para equipar o turismo. Fomentar que mais restaurantes LOCAIS de comidas típicas de Torres (Peixes e Casquinha de Siri – por exemplo) e da Região, de Padarias especializadas em matinais da região (como roscas), sorveterias artesanatos de Torres e etc., seria uma opção de Turismo Cultural.
- Implementar a atividade de Turismo Náutico nas águas do mar de Torres (seguindo a legislação) e equipando parte da Praia Grande para que barcos e Jet Skis possam chegar na areia é outro tema que poderia estar em um programa de Governo. Assim como poderia ter um tema que proíbe peremptoriamente este tipo de esporte em Torres, outra ideologia. O morador escolhe através do voto.
- Criar uma parceria com o governo estadual e uma empresa de Turismo para realizar com mais frequência e opções trilhas dentro do Parque Itapeva (e, quem sabe, expandir essas trilhas) também, em minha opinião, poderia ser um tema dos planos de governo, para os que acharem que isto faz parte de seus caminhos para a cidade. Dá voto e tira voto, como tudo!