Você sabia que existe uma lei que prevê que os animais de rua recebam cuidados de pessoas da comunidade, estabelecendo uma relação de dependência, convívio e carinho – ainda que não possuam um responsável único e definido?
Poucas pessoas sabem de fato o que significa o cão comunitário, essa boa forma de cuidar de animais sem um lar definido. Esse método de ‘adoção’ não é tão novo assim e, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul entre outros, é até previsto em lei.
No Rio Grande do Sul, o atendimento a animais comunitários começou em 2009, com a criação da Lei 13.193/2009, que foi regulamentada em dezembro do ano passado pela lei 15.254/2019. Estas leis determinam que os animais comunitários, que estabelecem vínculos de dependência com a comunidade onde vivem, mesmo que não estejam sob responsabilidade de um único tutor, recebam cuidados nos locais em que se encontram. Qualquer pessoa que estabeleça um vínculo com o animal e que se disponha voluntariamente a tomar conta dele será vista como um tutor. É preciso oferecer todas as condições para que os animais tenham uma vida saudável, como alimentar, fazer a castração e a vacinação do animal. Além disso é preciso cuidar e proteger estes animais e buscar uma adoção responsável.
O cão comunitário pode ser adotado por grupos específicos de pessoas que têm a responsabilidade de cuidar de um ou mais animais, mesmo que não possam levá-los para casa. Sabemos que o ideal é que todos tenham um lar seguro, cuidados veterinários e sobretudo muito amor. Mas enquanto este dia não chega, é importante que as pessoas se mobilizem para abrigar e cuidar dos animais que nasceram na rua ou foram abandonados à própria sorte por um tutor irresponsável.
A ATPA (Associação Torrense de Proteção aos Animais) há alguns anos cuida de animais comunitários, que são abrigados, alimentados diariamente, castrados e vacinados. Alguns deles vivem no charmoso “Cãodomínio Torres Beach”, que existe a mais ou menos uns 5 anos. Além do “cãodomínio” outros cães e gatos são alimentados à noite em vários pontos da cidade, tendo sido a maioria deles castrados pela ATPA, como forma de promover a redução da população dos animais de rua.
“Cuidamos de vários cães e gatos, como o Alemão, a Preta e o Sorriso, que vivem à beira mar. Para protegê-los, retiramos as casinhas da beira do mar e colocamos uma quadra antes da beira mar e eles já estão se habituando novamente ” diz a voluntária da ATPA Maria do Carmo Raya Fontan.
Se você quiser ajudar, pode contribuir doando ração, medicamentos especialmente Condroitina, pois alguns animais idosos precisam diariamente desta medicação. A ATPA realiza feira de adoção todos os sábados em frente à Casa do Agricultor em Torres. O contato para doações também pode ser feito através do fone (51) 9981116834.
Conheça o trabalho da ATPA! – https://www.facebook.com/atpa94/