Uma reportagem apresentada no Fantástico de domingo, 14 de julho, mostrou como a loja Precycle, em Nova Iorque, consegue vender grãos, massas, temperos, leite, azeite e outros produtos sem que os consumidores levem plástico para casa. Em Torres, várias lojas vêm oferecendo sacolas de papel para os clientes, como um primeiro passo para reduzir o uso do material que leva centenas de anos para se decompor. Já a Cooperativa de Consumidores Ecotorres, entre outras medidas, adotou desde junho o empréstimo de sacolas retornáveis para quem esqueceu de levar uma consigo.
“Acho ótimo. Tenho horror quando aparecem aqueles rios cheios de lixo”, observa Ilse Lehmen, professora aposentada que sempre leva sua própria sacola e é a favor de terminar com o plástico. Apesar de simpáticos à ideia, muitos consumidores ainda insistem em levar as compras em sacolas plásticas. “Tem gente que não quer. O pessoal quer o plástico pra levar pra casa e colocar o lixo”, explica a funcionária Hellen Oliveira dos Santos.
Conforme o site do Ministério do Meio Ambiente, a melhor opção para o lixo orgânico ainda é a compostagem. Na falta dessa, é melhor colocar o lixo em sacos maiores, do que usar muitas sacolinhas, que comportam pouca quantidade de resíduos. Nos lixões, as inúmeras camadas de plástico das sacolinhas “aumenta a incidência de bolsões de gás que, quando revolvidos, liberam o metano para a atmosfera – isso também acontece dentro das próprias sacolinhas, quando contêm lixo orgânico doméstico que, restrito ao invólucro plástico, apodrece em lugar de se biodegradar”. E nem as sacolas oxibiodegradáveis escapam, porque, segundo o site eCycle, não está comprovado que se degradam completamente, ao contrário, podem se decompor em milhares de micropartículas invisíveis, mas não menos poluidoras.
