Através do CRM – Centro de Referência da Mulher Pricila Selau, a Prefeitura de Torres possibilita a compra de vagas em abrigos para mulheres vítimas de violência. Convênio neste sentido foi assinado na segunda quinzena de maio no Ministério Público, com a presença dos prefeitos da Comarca. A articulação foi do prefeito Carlos Souza com o objetivo de ampliar o serviço às vítimas de violência doméstica. O CRM atende a demanda de seis municípios, além de Torres: Arroio do Sal, Dom Pedro de Alcântara, Mampituba, Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras e Três Forquilhas.
“A compra de vagas em instituições capacitadas para receber mulheres que se encontram em situação de grave ameaça ou risco iminente de morte é uma antiga demanda de diferentes segmentos ligados à mulher em nossa região. Por uma questão de segurança, não são divulgados os locais conveniados. Conforme a responsável pelo CRM, Cláudia Biasi, para ter acesso à vaga, a vítima é encaminhada pelo Centro de Referência, através de um Boletim de Ocorrência, denúncia no Ministério Público, denúncia por meio do fone 180, (Central de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica) ou de demanda espontânea, quando a mulher procura o CRM”,explica a Prefeitura de Torres.
O convênio é de 12 meses. Além do pagamento da parcela do convênio, as Prefeituras são responsáveis pelo transporte da vítima para a Casa Abrigo. O abrigamento provisório da mulher necessitada é por tempo indeterminado e os filhos são levados junto. Como frisou o prefeito, a medida oferece maior proteção às mulheres e reforça o enfrentamento da violência doméstica.
Contexto de pandemia fez crescer cenário de violência doméstica
Com esta nova realidade, a equipe do Centro de Referência reuniu-se na tarde do último dia 28 de maio, para debater encaminhamentos de ações sobre o assunto. Além da equipe, estava presente a vereadora Zete Silveira, Procuradora da Mulher em Torres, que parabenizou a Prefeitura pela atitude. Conforme ela, a iniciativa chegou em boa hora. Zete destacou que o isolamento social, ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, fez com que o cenário de violência doméstica, que já era preocupante, ainda crescesse. Com as mulheres passando mais tempo dentro de casa, muitas delas acabam convivendo quase que integralmente com seus agressores, o que ajuda a fazer com que o número de casos de violência venha aumentando progressivamente.
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