Crianças de Dom Pedro de Alcântara aprendem sobre ‘relógio do corpo humano’

O relógio tem a função didática de auxiliar o público a entender a relação das plantas medicinais com os órgãos do corpo humano

31 de outubro de 2019

Na última terça-feira (29), as crianças do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Dom Pedro de Alcântara participaram de uma oficina sobre o relógio do corpo humano, concedida pela engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar, Tatiane Vahl Bohrer.

O relógio tem a função didática de auxiliar o público a entender a relação das plantas medicinais com os órgãos do corpo humano, informando os horários de maior atividade de cada órgão e quais as plantas recomendadas para auxiliar o bom funcionamento de cada um deles.

Durante a oficina, que buscou resgatar o cultivo e a utilização das plantas medicinais nas famílias, a engenheira falou sobre a importância de conhecer as plantas medicinais e suas formas de utilização, hábito que vem se perdendo ao longo do tempo. “Em muitas situações é possível fazer uso dessas plantas ao invés de ingerir remédios. Um exemplo é a erva ‘mil em rama’, que pode ser usada para dores, substituindo assim alguns analgésicos”, explicou Tatiane.

Falar para as crianças sobre algumas plantas cultivadas no relógio e suas utilidades despertou o interesse delas, que acabaram relatando os principais problemas de saúde enfrentados por suas famílias. “Um aluno, por exemplo, contou que ele e a irmã têm asma e quis saber qual planta poderia auxiliar no tratamento. Outras crianças também demonstraram o interesse em obter mudas de plantas para combater as doenças presentes na família”, informou a engenheira agrônoma.

Os alunos tiveram ainda a oportunidade de saborear as flores da capuchinha, que além de poder ser usada como planta medicinal, é uma planta alimentícia não convencional (PANCs). “Me surpreendi que eles gostaram da flor. Ela é servida geralmente como salada. Isso fez despertar o interesse deles em conhecer mais sobre PANCs”, disse ela.

Tatiane alertou ainda sobre o perigo da ingestão de plantas sem a supervisão de um adulto. “Existem plantas tóxicas e elas podem ser confundidas com outras similares. Mesmo que vocês já tenham conhecimentos básicos sobre as plantas, jamais devem fazer a utilização sem um acompanhamento”, destacou.

O relógio, que se localiza nos fundos do CRAS e está disponível para toda a comunidade, foi construído pelo grupo de artesanato ‘Coração de Pano’ com o apoio da Secretaria de Assistência Social e a Emater. “Gostaria de agradecer imensamente a parceria que a Secretaria de Assistência Social tem com a Emater. Isso só vem a contribuir com o crescimento e desenvolvimento dos nossos projetos sociais”, concluiu Tatiane.


Publicado em: Meio Ambiente






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