Na sessão da Câmara de Vereadores de Torres da segunda-feira (2 de dezembro), a tribuna foi utilizada por dois vereadores para debater perspectivas diferentes sobre a situação do governo federal, atualmente ocupado pelo presidente Lula, que venceu a eleição contra o ex-presidente Bolsonaro em 2022.
Moisés Trisch (PT) usou espaço do partido e seu próprio espaço para elogiar o anuncio sobre futura isenção de imposto de Renda (IR) para contribuintes que recebem até R$5 mil mensais, feito pelo Ministro da Fazenda nesta semana. Disse que o presidente Lula irá retirar do pagamento de IR mais de 70% dos trabalhadores brasileiros – e a maioria dos servidores da prefeitura que estariam ganhando este valor. A seguir, Moisés defendeu sua visão da tributação, afirmando que cobrar do empresariado arrecadaria imposto ao invés de pagar, e que quem paga é o consumidor. A seguir sugeriu que em sua avaliação, o empresário além de somente arrecadar, às vezes não repassa ao governo o imposto. Disse afinal que, para ele, quando se reduz imposto do trabalhador e se sugere compensar arrecadando dos mais ricos, o mercado repercute porque se está diminuindo o dinheiro de muitos investidores.
Também em seu pronunciamento, o vereador Gimi Vidal (PP) abordou o mesmo assunto elencado pelo colega, apesar da diferença ideológica deles. Em sua fala na tribuna da Câmara, Gimi opinou sobre o pronunciamento do ministro referente a isenção de IR. “Pão e circo, mas não vai ser suficiente para esconder a lambança que o atual governo federal está fazendo com o nosso país. 70% do trigo é importando e o preço está em dólar, por exemplo. E o pão sobe… No petróleo, todos os indexadores também são no dólar (que atualmente está em mais de R$6),” disse, alertando sobre a atual carestia, em sua leitura, do trabalho do governo federal.
A seguir o mesmo Gimi disse que, para ele, retirar IR dos que ganham até R$ 5 mil é bom, mas que seria neste caso para deixar de destacar as mazelas do governo Lula. “A conta é simples. Se vai tirar arrecadação, porque isentar é subsidiar, vai aumentar imposto na outra ponta. Isto não existe… Porque não diminui imposto da água, da Luz e etc.”, indagou Gibraltar. O vereador pepista encerrou seu pronunciamento dizendo que, para ele, cada vez mais diminui número de empresas que querem vir ou manter seus investimentos no Brasil. “É um desgoverno Total. É pão e circo, um populismo generalizado”, sentenciou.