Desativação de leitos para o SUS no Hospital de Torres gera reclamações de vereador (e explicações do Conselho de Saúde)

Pardal (foto) acha que a cidade deve progredir na sua alternativa de serviços hospitalares. Entidade diz que se trata de adaptação à demanda

17 de setembro de 2018

Na última sessão da Câmara de Vereadores de Torres, realizada na segunda-feira, dia 10 de setembro, o vereador Pardal – durante o seu pronunciamento de tribuna – mais uma vez reclamou das condições que o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, oferece aos pacientes do sistema de saúde gratuito (SUS). Desta vez, ele lamentou a desativação de 13 leitos para pacientes do SUS.
Pardal acha que a comunidade deve se unir para articular uma nova posição perante os serviços hospitalares na região de Torres, em especial os oferecidos para pessoas que necessitam de atendimento gratuito na cidade e região. “Temos que tentar alternativas, como parcerias com Santas Casas, Universidades ou outras. Não dá para interesses específicos continuarem sendo priorizados pelas entidades ao invés dos interesses coletivos do serviço de Saúde”, desabafou o vereador.

Leitos teriam sido desativados por falta de demanda

O jornal A FOLHA se informou junto ao Conselho de Saúde e foi confirmada a desativação da disponibilidade dos leitos para hospitalização pelo SUS. O hospital teria justificado ao Conselho de Saúde da cidade que o motivo foi o de adaptação à demanda, o que sugere que estaria havendo pouca procura por hospitalizações.
O presidente do Conselho de Saúde de Torres, Francisco Pereira, afirmou para A FOLHA que se trata de uma medida administrativa do hospital por conta dos repasses feitos pelo governo. “Se o hospital está usando menos que 100% de sua capacidade o governo estadual manda recursos proporcionais ao uso da capacidade: 70%, por exemplo. Por isso que o HNSN teria baixado o número de leitos disponíveis, adaptando seu atendimento a demanda, o que o qualifica para receber as verbas de forma integral” explicou Francisco.
Mas há de se ficar atento conforme o mesmo Conselho de Saúde. É que a causa pode estar sendo a procura dos pacientes por outros hospitais ou, ainda, o encaminhamento pelo sistema de reservas do Estado, que regula as internações, enviando pacientes para outros estabelecimentos – de forma quea redução da procura pode estar sendo artificial ou de interesses específicos.


Publicado em: Política






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