Recentemente, os três candidatos à prefeitura de Torres para a eleição que se aproxima protagonizaram entrevistas realizadas entre 26 e 28 de agosto (segunda, terça e quarta-feira), na Rádio Maristela. Tendo o comunicador e padre Leonir Alves como entrevistador, os encontros obedeceram a ordem alfabética – portanto sendo iniciadas por Delci Dimer (MDB), seguido por Matheus Junges (União BR), encerrando com Nasser Samhan (PP). Nesta matéria, uma compilação feita pelo jornal A FOLHA com os principais pontos abordados na entrevista com o candidato Matheus Junges
MATHEUS JUNGES (UNIÃO)
Cabeça de chapa da coligação O Novo Pelo Povo (DC – PRTB – PSB – UNIÃO), na Entrevista da Rádio Maristela o candidato Matheus Junges se apresentou como pai de 3 filhos, aquerenciado com amor em Torres, casado com Amanda (professora da rede pública em Torres). Abriu dizendo que “tem CNPJ em seu nome, diferente de outro que não tem nada de empresa em seu nome, embora seja empresário”, iniciando certo embate eleitoral mais direto, diferente do que ocorreu na entrevista do candidato Delci.
Situação da cidade – Matheus afirmou que veio para Torres trabalhar politicamente no governo Nílvia Pereira, trabalhando ainda no governo Carlos Souza. Mas se apresenta como um modificador da forma de gestão atual. Não vê o fato de ter estado na prefeitura como ‘traição’, e sim como aprendizado para propor melhorias em seu caminho. Disse ter negócios privados e saber o que significa manter o funcionamento e os desafios para pagar os salários em dia.
Coligação – O candidato do União BR acha que a população quer saber dos problemas reais, na ponta. E que seu projeto é de trabalhar para o povo e não para promessas de coligação. “Não temos uma coligação grande porque queremos trabalhar com um formato que não utiliza o “toma-lá-dá-cá”, disse. Afirmou ainda que a coligação atual do PP quer ‘manter o poder nas mesmas mãos’, e que estes ‘não terão onde colocar tantos CCs’ quanto estão prometendo.
Matheus disse também que já se sentiu importante como secretário municipal, ao conseguir muita coisa trabalhando somente com “um lápis” dentro da prefeitura atual, mas dependendo da decisão do prefeito. E acha que tendo a “caneta”, o poder nas decisões políticas finais das prioridades, ele vai conseguir muito mais pela cidade.
Matheus citou a capacidade do Bombeiro França, seu vice, como uma força adicional aglutinadora de trabalho, já que França – além de bombeiro militar – é especialista bem graduado em atividades de atendimento ao povo.
Saúde – A coligação de Matheus propõe a implementação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Torres. Para ele trata-se da forma de conseguir melhorias e profundidade no atendimento com apoio do governo Federal, o que (para ele) geraria economia nos custos fixos atuais. E disse que (caso eleito) vai protocolar o programa ainda em 2024, mesmo antes de assumir pessoalmente. Diz que vai economizar R$ 400 mil /mês com a UPA, e que o dinheiro que sobrar vai utilizar na saúde primária, onde vê carências a serem atendidas (como falta de remédios, assim como a contratação de Agentes Comunitários de Saúde e aparelhamento). “Vamos buscar a municipalização plena da Saúde, inclusive transformando o hospital de Torres para atender a população sem recursos para pagar planos”, afirmou Matheus.
A seguir, o candidato afirmou que teria um grupo econômico em Torres querendo trocar o terreno do hospital do centro (HNSN) por um terreno construído na BR-101. O que Matheus acha errado, por conta do povo neste caso ficar longe do hospital, que existe para atender urgências. “A rodoviária saiu do centro para atender o setor privado ao invés do povo; e o hospital ser transferido para a BR-101 seria o mesmo” diz.
“Não temos o apoio da Maçonaria, mas temos o apoio de Muitas Marias”, disse Matheus sobre força das coligações na eleição de outubro.
Educação – O projeto do União Brasil para Torres propõe creches (EMEIs) e escolas em bairros como Jardim Eldorado e São Jorge, que, segundo Matheus, seriam construídas em poucos meses através de um sistema construtivo moderno, rápido e eficiente. Ele criticou a falta de vagas em escolas quando existe tecnologia deste tipo.. E disse que as EMEIs funcionariam 12 horas por dia: das 7hs às 19hs, horário que se encaixa na vida do trabalhador.
Recursos para tanto? – Perguntado por Leonir como teriam recursos para fazer isto, o candidato afirmou que “a Secretaria de Educação de Torres gasta mal”. Disse que o valor que se paga para implantar e franquear o método POSITIVO não vale a pena, porque o governo federal entrega praticamente a mesma coisa do que o método contratado por Torres efetivamente entrega, citando ainda alguns pontos falhos do sistema de ensino atualmente em vigor. Matheus disse que vai propor outro contrato, mais barato e com outras prioridades; também indicou que, caso eleito, material e uniformes serão fornecidos gratuitamente na rede municipal. Usou como exemplo a cidade vizinha do Passo de Torres, que faz isto atualmente. Isto ocorreria somente com a economia de não pagar o valor atualmente contratado e pago ao Sistema de Ensino atual. “Trabalhamos com a VIDA REAL e não com a leitura de pessoas que não precisam utilizar o sistema gratuito de Educação, Saúde e etc.”, concluiu.
Mobilidade Urbana – Sobre o tema, o candidato do União BR disse priorizar os acessos entre centro e bairros, principalmente às praias do sul de Torres. Propões a volta da ideia da construção da Estrada Parque, que ligaria a Praia Itapeva Norte ao centro. Salientou que não fará nada sem a total aprovação dos órgãos ambientais, o que fará através de projetos que respeitem a unidade de preservação.
A seguir, Matheus também sugeriu introduzir um eficiente Transporte Coletivo como forma de melhorar sobremaneira a mobilidade urbana, além de colocar em prática as ideias do Plano de Mobilidade (que estaria engavetado pela atual prefeitura).
David contra Golias? – o entrevistador Pe. Leonir perguntou a que o candidato Matheus se refere ao chamar a eleição da ‘luta de David contra Golias’. Matheus respondeu que a coligação mais forte teve que esconder, atrás de vários acordos de coligação, a falta de capacidade de gestão, afirmou que está coligação citada tem apoio da Maçonaria. “Não temos o apoio da Maçonaria, mas temos o apoio de Muitas Marias”, satirizou, indicando que sua coligação conta com a compreensão do povo nas ruas.