Conforme informou para A FOLHA a Secretária de Educação de Torres, Sílvia Pereira, o fechamento das escolas e das atividades presenciais na Educação têm sido uma das maiores expressões dos efeitos sociais causados pela Pandemia de Covid-19 na cidade. As escolas do Sistema Municipal de Educação, portanto, vêm reorganizando seus currículos e ações Pedagógicas. Silvia, no entanto, acha que ainda há um cenário de instabilidade quando se fala em retorno das atividades presenciais, devido a Complexidade que esse período exige.
A Secretaria Municipal de Educação de Torres realizou uma pesquisa diagnóstica para as comunidades escolares com o objetivo de mapear e compreender o que as famílias sugerem sobre o retorno presencial das atividades nas escolas. E o resultado, conforme afirma a secretária municipal, mostra que muitas famílias acreditam que este não é o momento do retorno presencial, principalmente porque muitas crianças convivem com familiares de grupo de risco. Portanto, o trabalho dos técnicos municipais sugere um retorno gradativo e com prioridades diferentes das sugeridas pelo governo do RS – iniciando no Ensino Superior e terminando justamente na Educação Infantil.
A secretária Silvia explica que, embora o Governo do Estado esteja sugerindo um retorno a partir da Educação Infantil, as normas permitem que cada município tenha que organizar o seu próprio processo de volta ás aulas, que serão então retomadas de acordo com os dados de sua região – em consonância com Secretaria da Saúde e Vigilância Sanitária estadual e local. Silvia indica que uma reunião inicial está marcada para acontecer em Torres nesta sexta-feira, dia 4 de setembro, para debater o processo, que envolve todos os tipos de escolas localizadas no município, inclusive as privadas. Mas lembra de que as escolas do sistema já estão trabalhando em seus Planos de Contingência e seus Planos Pedagógicos de retorno, um processo que exige prazo de apresentação e aprovação da Secretaria Estadual de Educação e de Saúde. “Nossa preocupação é zelar pelo bem estar de nossos alunos, profissionais da Educação e comunidade Municipal”, sentencia a secretária Sílvia. “O retorno presencial precisa ser organizado com cautela e fortalecimento no trabalho intersetorial”, encerra a chefe da pasta da Educação do município de Torres.
Na prática, a cidade de Torres (como outras várias cidades da região) deverão organizar seus processos de volta às aulas com certa autônomia. Estes devem obedecer às ordens gerais da Secretaria de Educação do Estado, mas podem definir períodos diferenciados dos sugeridos pelo governo estadual, uma situação bastante exercitada ultimamente pelo governo Eduardo Leite perante as medidas restritivas decretadas por conta da pandemia de Covid-19.
