Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores realizada na segunda-feira (09 de dezembro), o assunto mais abordado pelos vereadores em suas participações de Tribuna foi referente aos problemas relacionados a uma empresa de prestação de serviços – contratada pela Prefeitura de Torres e que, conforme as denúncias, estaria deixando de repassar benefícios sociais para seus funcionários. Ainda conforme as manifestações, ultimamente a empresa não estaria sequer depositando os salários em dia. Estiveram presentes no plenário da Casa Legislativa, inclusive, alguns funcionários teoricamente lesados pela empresa, citados por parlamentares em suas falas.
Contra a terceirização optado pelo atual prefeito e sugestão de CPI
O primeiro vereador que citou o caso foi Moisés Trisch (PT). Ele tem se referido a este problema trabalhista em várias manifestações. O vereador lamentou que a prefeitura ainda insistisse em terceirizar trabalhos, ao invés de efetivar a prestação de serviços com servidores contratados diretamente, posicionamento que Moisés sistematicamente defende. E chegou a citar um caso macabro acontecido no final de semana no Pronto Atendimento da Saúde Municipal, onde uma pessoa teria espalhado fezes nas paredes do posto. “Infelizmente este ato não significa um protesto, porque só representaria se o próprio prefeito tivesse que ir ao PA limpar a sujeira, mas quem limpa acabam sendo estes servidores de empresas terceirizadas, que trabalham para limpar a muitas vezes sem receber o pagamento correto (da terceirizada contratada pela prefeitura)”, lamentou Moisés.
O vereador Rogerinho Evaldt (PP), a seguir concordou com a manifestação do colega sobre a insistente contratação da empresa “Du Zé” pela prefeitura. “Uma empresa que não paga os funcionários não deveria poder manter seu contrato com a prefeitura” disse.
O vereador Luciano Raupp (PSDB) sugeriu que os vereadores realizassem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar em detalhes a contratação e o cumprimento (ou não) do contrato realizado entre a prefeitura (poder Executivo) e a empresa “Du Zé”.
Na última manifestação, o vereador Dilson Boaventura utilizou o microfone da tribuna para desabafar. “Será que estes donos da empresa não têm sentimento?”, indagou. “Que país é este que permite que uma empresa que não paga os funcionários mantenha-se trabalhando para o poder público?” indagou de novo o vereador, alegando que não tem medo de ser processado por suas palavras.