Na sessão da Câmara de Vereadores de Torres realizada na segunda-feira (9 de setembro), participou da Tribuna Popular da Casa Legislativa o empresário Cláudio Rogério Iawall de Zorzi. A manifestação foi requerida pelo gabinete do vereador Luciano Raupp (PSDB). Na ocasião, o participante afirmou ter ido à Câmara para buscar apoio legislativo para sua ideia, sugerindo que fosse realizada uma PPP (Parceria Público-Privada) entre sua empresa e a municipalidade de Torres. Esta seria objetivando construções em espaço público da Praia Itapeva Norte, em troca de licença de operações de serviços na mesma praia.
Valorização do espaço é o objetivo do proponente
Cláudio explicou que é dono de uma construtora/empreendedora que já construiu uma passarela na localidade, além de ter investido na praia em terrenos para a construção de residências para a venda. E sua proposta é investir em torno de R$ 680 mil em construção de um pedaço de um calçadão previamente delimitado, onde além da calçada teriam três passarelas de acesso à praia, tudo construído com o valor apresentado (conforme sua previsão). E deixou claro que o principal objetivo de sua empreitada é o de valorizar a praia frente a possíveis compradores de imóveis no local, imóveis estes que os seus terrenos fazem parte, o que sugere que sua busca é por retornos financeiros à médio e longo prazos.
A contrapartida que a empresa pediria, para entregar estas obras de estrutura urbana e turística no lugar, é a seguinte: obter licenças da colocação de quiosques pequenos (como os da Praia Grande na parte da via Beira Mar) para que sua empresa operasse comercialmente os locais por um determinado tempo.
O empreendedor deixou claro que as obras e os quiosques todos obedeceriam toda a legislação urbana, ambiental e comercial da cidade, sem nenhuma exceção colocada como moeda de troca.
Protocolamento da prefeitura e apoio da Câmara
Após a participação do empresário na tribuna, o presidente da Câmara Municipal de Torres, vereador Rafael Silveira, pediu a palavra para afirmar ao proponente que este tipo de demanda depende exclusivamente das ações do governo municipal do poder executivo (Prefeitura). Rafa instruiu o empreendedor a formalizar a proposta na sede da municipalidade, para que houvesse um inicio de adaptação administrativa às demandas envolvidas no negócio entre o setor público e o privado.
A seguir, alguns vereadores pediram a palavra, colocando em alguns casos que licenças ambientais deveriam ser um dos fatores que poderiam atrapalhar o andamento da proposta de PPP. Assim como outros pediram a palavra para afirmar que estavam “do lado” da demanda do empreendedor, já que viam como uma forma real da cidade receber melhorias requeridas no local por moradores e veranistas, sem a necessidade de utilização de orçamento público para isto.