Estudantes e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em conjunto com a comunidade local, realizaram neste sábado (3 de fevereiro), a coleta de resíduos do Rio Mampituba, em Torres, Litoral Norte gaúcho.
A ação busca manejar o impacto ambiental no local, coletar dados para pesquisas na área e conscientizar a população a respeito da poluição nas águas. Denominada ‘SOS Rio Mampituba’, a iniciativa foi promovida pelo curso de Licenciatura em Ciências Biológicas EaD da UFRGS envolveu por volta de 50 pessoas.
Ao todo foram coletados cerca 200 quilos de resíduos, entre eles materiais recicláveis, fios de anzóis (que são extremamente nocivos para a vida marinha) e bitucas de cigarro. Segundo Maria Noêmia Martins de Lima, professora da UFRGS e coordenadora da ação, incialmente não havia sido prevista a coleta de resíduos orgânicos, “entretanto, a quantidade de bitucas de cigarro nos chamou a atenção. Elas foram inclusas na ação porque esse resíduo pode levar até cinco anos para se degradar, além de liberar toxinas no meio ambiente que podem provocar a morte de animais que as ingerem pensando ser alimento”.
A Cooperativa de Trabalho dos Recicladores (Coopersal) integrou a ação, dando o destino apropriado aos resíduos encontrados nas margens do Rio Mampituba.
Sobre o projeto
A atividade de extensão envolveu oito grupos de estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas (Bio-EaD/UFGRS). A extensão universitária é uma ação da Universidade, junto à comunidade, que possibilita o compartilhamento do conhecimento construído na instituição que visa sanar um problema ou atender uma necessidade social.
Um concurso interno selecionou três das oito propostas de extensão, entre elas a ‘SOS: Rio Mampituba’, que foi concebida a partir da constatação do aumento dos níveis de poluição no rio. “Neste sentido, torna-se necessário o desenvolvimento de ações voltadas para a conscientização da população em relação ao descarte de resíduos sólidos e sua adequada destinação. O projeto também faz parte de uma capacitação que visa desenvolver o protagonismo dos estudantes na execução de atividades de extensão universitária”, diz Maria Noêmia.
Para a professora, iniciativas que cultivam o protagonismo não apenas proporcionam um ambiente de aprendizagem mais significativo, mas também fomentam o pensamento crítico e a criatividade. “Ao permitir que os alunos se tornem protagonistas do próprio aprendizado, estamos investindo na formação de cidadãos críticos, reflexivos e engajados, capazes de enfrentar os desafios do mundo com confiança e iniciativa. Essa abordagem não apenas enriquece o percurso educativo, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais participativa e transformadora”, finaliza ela.
