No último sábado aconteceu em Torres o evento ‘Abraço da Lagoa do Violão’ – um movimento popular que contou com a participação do Grupo Guardiões da Natureza de Torres, Associação dos Bugueiros de Torres, do Youtuber Luciano Cesa e de pessoas interessadas na causa ambiental. Na ocasião, os envolvidos pediram pelo fim dos atropelamentos de tartarugas e cágados, pela construção urgente de área de desova adequadas (em forma de prainhas ou ilhas com areia).
Com muitos cartazes, filmagem de drone e empenhados por dar voz à Lagoa do Violão, os participantes mostraram sua preocupação com diversas questões ambientais relacionadas ao ecossistema da lagoa, localizada no Centro de Torres. Também uniram-se e deram as mãos em um abraço simbólico pela preservação deste ponto natural, que através dos anos consolidou-se como ponto turístico de Torres
Diversos pedidos
“No evento, foi manifestado também a necessidade de mais ações pelo fim da poluição da Lagoa do Violão. O ponto frequentemente está com lixo acumulados em suas margens – em forma de sacolas plásticas, canudos, carteiras de cigarro, bitucas, embalagens de picoles, salgadinhos e outros resíduos nocivos, que são jogados ou que chegam na Lagoa pelas 27 bocas de lobo, que escoam esgoto pluvial para dentro da Lagoa”, ressalta o Grupo Guardiões da Natureza, que lembra ainda que nestas bocas de lobo não há telas para conter a entrada de plásticos e de outros objetos.
O grupo reunido no Abraço da Lagoa do Violão pede, ainda a colocação de redutores de velocidade e de câmeras, a proibição de trânsito de ônibus e caminhões ao redor da Lagoa, bem como definição de velocidade máxima permitida de 30 km/h.
“Os envolvidos também demonstraram descontentamento com o novo asfalto na via, pois consideram apropriado o uso de bloquetos de concreto – que permite o melhor escoamento da água das chuvas, diminuindo superaquecimento e formações de ilhas de calor, como faz o asfalto (que é indicado para estradas e rodovias), não sendo apropriado para arredores de lagoas. Este superaquecimento agride as patas das tartarugas e cágados que necessitam sair da Lagoa e atravessar a rua para encontrar areia ou terra para fazer seus ninhos” concluí o Grupo Guardiões da Natureza, em nota encaminhada à imprensa.