FÁBRICA DA VIDROFORTE FECHA SUAS ATIVIDADES NA CIDADE DE TRÊS CACHOEIRAS

Prefeitura agora vai buscar judicialmente o terreno que cedeu à fábrica, bem como os impostos descontados por conta de subsídios municipal e estadual

Sede da empresa, que é de Caxias do Sul
19 de fevereiro de 2019

Com passivo declarado na ordem de R$ 46,4 milhões, o grupo Vidroforte, de Caxias do Sul, obteve deferimento ao seu pedido de recuperação judicial há mais ou menos um ano atrás, em fevereiro de 2018. A empresa conta com operações localizadas em Caxias do Sul (RS), Três Cachoeiras (RS), São Paulo (SP), Pará de Minas (MG), Cascavel (PR) e Goiânia (GO).

Aqui no Litoral gaúcho, na cidade de Três Cachoeiras, em 2014 o grupo investiu R$ 20 milhões na implantação de uma unidade fabril de vidros especiais, que gerou mais de 50 empregos diretos (e mais outros indiretos) na cidade.

Após o anúncio na entrada de Recuperação Judicial, a prefeitura do município de Três Cachoeiras vinha conversando com a direção da Vidroforte para saber se havia risco de desativação da fábrica local.  Em setembro  de 2018, a direção da fábrica afirmava  que a unidade aqui da região não iria fechar. Mas perece que a promessa não funcionou.

 

 Empregos perdidos

Segundo o prefeito de Três Cachoeiras Flávio Lipert, na última sexta-feira (dia 8 de fevereiro) a direção da Vidroforte comunicou oficialmente o fechamento da unidade na cidade vizinha à Torres. O mesmo prefeito lamenta que mais de 20 empregos diretos serão fechados, mas lembra que este número mostra a fragilidade da unidade –  já que o combinado contratualmente seria da geração de cerca de 80 empregos (com a fábrica em funcionamento normal).

A situação do país – principalmente a queda na atividade geral da Construção Civil desde o ano de 2013 – foi a causa das dificuldades financeiras da Vidroforte. Mesmo assim, a direção da fábrica informou para a prefeitura de Três Cachoeiras que projeta que o grupo se recupere e levante a intervenção judicial, mesmo com o fechamento da fábrica local.

 

 Recuperação de subsídios

Como subsídio, a prefeitura adiantou para a Vidroforte – ainda em 2012 – um terreno de 13,5 Ha para a construção do pavilhão, o qual seria pago no decorrer dos vinte anos seguintes (sendo que ainda não houve pagamento). Outro subsídio dado à Vidroforte foi de ICMS (imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). – uma vez que a parte municipal do imposto não era combrado da empresa.

Conforme informou para A FOLHA o prefeito de Três Cachoeiras, a situação agora será encaminhada para o setor jurídico da municipalidade. Flávio Lipert diz que o contrato de relação entre a cidade e a fábrica irá ser aprofundado, quando a prefeitura então irá requerer a recuperação dos valores do terreno adiantado à fábrica para a construção do pavilhão, assim como irá se apresentar na recuperação judicial (por quebra de contrato) para receber os impostos isentados nestes pouco mais de 6 anos em que a Vidroforte atuou na cidade.

 

*Editado por Guile Rocha

 


Publicado em: Economia






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