Falas sobre eleições ‘esquentam clima’ na Câmara de Vereadores em Torres

Vereadores da oposição questionam discursos de possíveis oponentes - em alguns casos, colocam em xeque suas próprias candidaturas no pleito de 2024. Vereadores governistas rebatem críticas

FOTO - Sessão da Câmara de Torres da última segunda (24)
28 de junho de 2024

Na sessão da Câmara de Torres realizada na segunda-feira, dia 24 de junho (dia de São João) o clima de “guerra fria” entre oposição e situação (geralmente utilizada ao longo das legislaturas) passou a ter clima mais quente, principalmente em ataques aos pré-candidatos que se apresentam para serem protagonistas das próximas eleições municipais. Talvez por ser o dia de São João (24/6) e a última sessão antes do recesso de inverno, “a fogueira foi acesa na sessão”.

O vereador Igor Beretta (MDB) utilizou seu espaço de partido,  mas para falar de seu mandato dentro da sigla. Ele disse que ainda vai avaliar se irá tentar se reeleger ou ocupar qualquer posição em nome do MDB no pleito. E que é por isso que não tem participado muito de eventos de organização de campanha, realizados pela agremiação em Torres.  “Sei que o processo vai ser sujo, jogo baixo, feito pelos velhos da política”, afirmou, citar nomes a quem se referia.

O vereador Jacó Miguel (PDT) também falou da administração atual (Governo Carlos Souza) ao criticar a falta de resolução dos pedidos de providência/ informação que ele faz – em especial dos torrenses de bairros; Jacó, inclusive, afirmou que poderia enviar processos de pedidos não respondidos ao Ministério Público (MP). Ele tratou de criticar discursos de pré candidatos nas redes sociais. “Um pré candidato afirma que ama Torres… ama Torres nada, ele ama o poder, ama o dinheiro!”, afirma.  A seguir, Jacó afirmou que infelizmente quem perde é a população com estas atitudes, quando para ele, “o governo atual de não atende às demandas do povo”.

 

Vereador responsabiliza PA24h por morte de torrense

O vereador Moisés Trisch (PT) também fez discurso de embate mais uma vez. Como oposicionista ele recordou um caso recente, da morte de um torrense da Vila São João que, conforme disse Moisés, teria acontecido por ‘falta de cuidados no atendimento’ do Pronto Atendimento 24h (equipamento vinculado a Prefeitura de Torres). “Terceirizaram o PAe estão fazendo com que a população de Torres sofra com isto”, desabafou o oposicionista.  Ele a seguir se referiu a uma “fala” de um pré-candidato a prefeitura, que (conforme Moisés) estaria afirmando que a sua pré-candidatura seria um sonho pessoal, ironizando que o mesmo discurso usou a palavra EU e a palavra e MINHA várias vezes: na opinião de Moisés, uma confissão da POSSE buscada pelo pré-candidato, ao invés da busca das  vontades coletivas dos torrenses. Moises também disse em seu discurso na tribuna que “não sabe se vai dar continuidade a sua disponibilização como pré-candidato a prefeito pelo PT na eleição. “Tá difícil deste jeito manter a candidatura, sem dinheiro, sem apoio e ninguém ajuda!”, disse.

Já vereador Dilson Boaventura (MDB) reclamou sobre o processo político atual e as possibilidades do vereador poder agir em favor das promessas feitas aos seus eleitores. Dilson também afirmou que pensou em sair da corrida eleitoral deste ano para se reeleger, mas a seguir afirmou que repensou a situação: “Resolvi ficar porque, se está difícil com nossa presença, ficará mais difícil ainda com nossa desistência”, disse.  A seguir disse que vai concorrer a reeleição.

 

PA foi desvinculado do hospital no governo do PT, ressalta Rafael

O presidente da Câmara Municipal de Torres, vereador Rafael Silveira  (PSDB) mais uma vez foi à tribuna para defender o governo municipal. Rafael respondeu as críticas do vereador Moisés sobre a o Pronto Atendimento 24h.  “Sou contra a desvinculação do PA do hospital, muitos pacientes ficam em uma espécie de pingue-pongue entre os dois atendimentos. Lembro que foi durante o governo do PT (2013/2016) que foi  desvinculado o atendimento do Pronto Atendimento do atendimento junto ao Hospital Nossa Senhora dos Navegantes”, disse ao responder a falta de eficácia reclamada pelo opositor Moisés.

O vereador Gimi (PP), a seguir também respondeu ao ataque à administração municipal  e aos pré-candidatos da situação (PP e PSDB) que estão se apresentando. “É muito fácil fazer candidatura batendo em outra”, disse. “Não ter dinheiro é um dos vários problemas de todos. E não é justo acusar pessoas como os empresários íntegros, reconhecidos na cidade, de suas vontades e posicionamentos”, sentenciou o vereador sobre candidaturas, sugerindo que isto é a democracia.


Publicado em: Política






Veja Também





Links Patrocinados