Fepam inicia atualização do Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte do RS

No estudo, serão avaliados os territórios de 18 municípios da região utilizando tecnologias de geoprocessamento que surgiram ao longo de 20 anos

Cidreira é um dos 18 municípios da região cujos territórios serão avaliados com tecnologias de geoprocessamento - Foto: Arquivo Fepam
5 de maio de 2021

Uma comissão técnica coordenada pela Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam) iniciou a atualização do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e suas diretrizes ambientais. Os trabalhos serão conduzidos pela geógrafa Lilian Ferraro, do Serviço de Inteligência Geoespacial (Sigeo), e pela arquiteta urbanista Luciana Petry Anele, da Divisão de Planejamento do Departamento de Qualidade Ambiental (Diplan/DQA) da fundação.

Publicado no ano 2000, o relatório Diretrizes Ambientais para o Desenvolvimento dos Municípios do Litoral Norte, foi um dos zoneamentos pioneiros no país e, desde então, tem servido como subsídio para a gestão territorial.

 

Mudanças nas últimas duas décadas

No entanto, como ressalta a presidente da Fepam, Marjorie Kaufmann, os avanços tecnológicos dos métodos de coleta de dados e as mudanças socioeconômicas que o Litoral Norte passou ao longo das duas últimas décadas tornam a atualização necessária para que esse instrumento seja mais condizente com a realidade do território atual e com os rumos de desenvolvimento que os municípios escolheram. “O papel do Zoneamento Ecológico Econômico é oferecer um panorama regional para o efetivo equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação e, por isso, é um compromisso da nossa gestão”, afirma Marjorie.

No estudo, serão avaliados os territórios de 18 municípios da região utilizando tecnologias de geoprocessamento que surgiram ao longo de 20 anos e que permitirão maior precisão e agilidade tanto na elaboração de diagnósticos ambientais, quanto na forma de realização das consultas do zoneamento. Além disso, o relatório deve contemplar atividades econômicas que não eram presentes e, agora, têm grande influência.

“Precisamos saber como o ambiente se comportou com a inserção de novas atividades econômicas, o aumento da densidade populacional e também se o zoneamento foi efetivo na preservação ambiental”, reforça Lilian.

 

Participação dos entes municipais

Outro foco é desenvolver um processo participativo, com envolvimento e sugestões de representantes municipais na avaliação do instrumento. Também serão convidados a colaborar os setores da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Fepam com atuação na região, bem como instituições e entidades.

Conforme Luciana, “a atualização será uma oportunidade para corrigir e preencher lacunas, minimizar conflitos e estabelecer um instrumento de planejamento que atenda às necessidades atuais de manutenção da qualidade ambiental e do desenvolvimento econômico do Litoral Norte”.

A comissão, que conta com a participação de analistas da Sema, se reunirá quinzenalmente e, pelo cronograma estabelecido, a conclusão do zoneamento está prevista para novembro de 2021.

 

Texto: Ascom Fepam RS

Edição: Secom RS


Publicado em: Meio Ambiente






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