Antes da mais conhecida produção hollywoodiana com a atriz Selma Hayek, a biografia da artista mexicana Frida Kahlo já tinha chegado na telona pela mão do cineasta Paul Leduc, que a partir dos anos 60 trouxe os princípios do cinema novo brasileiro no próprio país. E na segunda-feira, dia 12, às 20h, o Cineclube Torres exibirá “Frida, natureza viva” (1983). A sessão, como sempre gratuita, ocorre na Sala Gilda e Leonardo (na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres)
A sessão integra o ciclo de agosto da programação continuada do Cineclube, em ciclo denominado “Arte e Afirmação” (com um olhar sobre mulheres criadoras e desafiadoras). A realização é do Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.
Sobre o filme
O filme abre com a a pintora Frida Kahlo (Ofelia Medina) em seu leito de morte relembrando sua vida: sua infância, a doença, seu comprometimento político, sua agitada vida sentimental, a amizade que teve com Leon Trotsky (Max Kerlow) e com o pintor David Alfaro Siqueiros (Salvador Sánchez), seu casamento com Diego Rivera (Juan José Gurrola).
Mesmo que padecendo dos mesmos defeitos da produção estadunidense, o enfoque excessivo dados às figuras masculinas para definir os acontecimentos biograficos, o filme do Paul Leduc, com delicadas sequências focando significativos detalhes de icônicas obras, “utiliza-se do poder sugestivo e do alcance agudo e ilimitado da imagem cinematográfica para buscar uma imersão vigorosa na vida e obra de uma grande artista” (LUÍS F. BELOTO CABRAL, Identidade Cinéfila)