A poucos meses de concluírem o ensino médio, estudantes do curso de Magistério do Instituto Estadual de Educação Marcílio Dias, de Torres, visitaram na manhã de quinta-feira, 20 de outubro, um projeto que transforma resíduos orgânicos em alimentos saudáveis. O projeto integra um trabalho mais amplo da Escola Estadual de Ensino Fundamental Dom José Baréa, na comunidade de Santo Anjo da Guarda, em Três Cachoeiras, que, segundo a apresentação da diretora Maura Monteiro Raulino, consiste na adoção de estratégias pedagógicas para tornar o ambiente escolar mais humano e democrático.
Além da diretora, o grupo de futuras professoras foi recebido pelas turmas dos 6º e 7º ano. “Estamos explicando nosso Projeto Compostagem”, informou Taiane Machado, do 6º ano. “A gente explicou as regras, as assembleias, as rodas de conversa”, complementou a aluna, sobre as metodologias usadas no desenvolvimento de valores e habilidades considerados pilares da escola: responsabilidade, afetividade, cooperação, respeito, perseverança e honestidade.
Na estufa, o grupo viu as hortaliças cultivadas sem agrotóxicos, com o adubo produzido por meio de compostagem a partir de resíduos orgânicos. A aluna Anita Lipert dos Santos falou sobre como funciona o processo e Nelson Bellé e Joaquim Martins da Rosa, da equipe técnica do Centro Ecológico, deram informações adicionais sobre o sistema.
Escola de turno integral
Em 2017, com o apoio da comunidade, a Baréa, conseguiu ser uma escola de tempo integral para seus mais de cem estudantes. Em 2018, alcançou o primeiro lugar no ranking da Secretaria Estadual de Educação entre as 96 instituições do mesmo modelo que o Rio Grande do Sul tinha naquele ano. Em julho de 2021, percebendo as dificuldades enfrentadas por pessoas da comunidade de cerca de 400 moradores, entre estes professoras, merendeiras, pais e mães de estudantes, iniciou o Projeto Compostagem proposto pelo Centro Ecológico. A Escola da Ponte, de Portugal, é uma referência para a Escola Baréa.