Nesta sexta-feira passada, dia 14 de junho, diversas categorias de trabalhadores de Torres, organizadas pelo chamado “Coletivo Torrense Intersindical”, realizaram atividades em adesão a Greve Geral Nacional convocada pelas Centrais Sindicais para o mesmo dia e com manifestações divulgadas acontecidas em todas as capitais do país. Conforme avaliação da direção do movimento torrense, participaram 11 sindicatos, envolvendo trabalhadores rurais, urbanos e servidores públicos. Os sindicatos participantes foram SIMTO – Sindicato dos Servidores Municipais; CEPEMTO – Centro dos Professores Municipais de Torres; SINDJUS – Sindicatos dos Servidores da Justiça Estadual no RS; SIMPE – Sindicato dos Servidores do Ministério Público do RS; SINTRAJUFE – Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal e MPU no RS; CPERS – Centro dos Professores Estaduais do Rio Grande do Sul; SENERGISUL CEEE – Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul e SINTECT – Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS; Sindicato dos BANCARIOS do Litoral Norte; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Torres; AFOCEFE – Sindicato dos Técnicos Tributários do Rio Grande do Sul.
De acordo com uma nota das lideranças do movimento, na parte da manhã cada categoria organizou atividades de mobilização em frente seus locais de trabalho. Já na parte da tarde foi realizado um ato unificado com todas as frentes representadas, envolvendo cerca de 300 pessoas na praça XV, onde os dirigentes e representantes sindicais fizeram diversas falas em defesa da educação e contra a proposta de reforma da Previdência Social, a qual está em discussão no Congresso Nacional.
O ato público coletivo foi aberto pelo presidente do SIMTO, André Dambros, um dos organizadores da mobilização, que fez um histórico da luta dos trabalhadores e da legitimidade da realização da Greve Geral chamada pelas Centrais Sindicais, bem como a importância deste movimento nacional na luta contra esta proposta de reforma da previdência. O Sindicalista disse que o momento político exige unidade da classe trabalhadora, e anunciou a coleta de assinaturas para um um abaixo-assinado contrario a Reforma da Previdência.
O idealizador do Coletivo e diretor do SIMPE, Daniel Sant’Anna Bittencourt apresentou aos participantes o objetivo do movimento, destacando que o mesmo é apartidário e sem fins políticos eleitorais, e que visa intensificar a unidade da classe trabalhadora torrense para enfrentar os ataques aos direitos trabalhistas em todos os setores, tanto público quanto privado.
Também participou do ato, o conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do Brasil, Ivan Roque Sá Broca, que exaltou o direito constitucional de realização da Greve Geral, e a importância da organização dos sindicatos torrenses na defesa dos direitos dos trabalhadores. Para ele a categoria já “foi demasiadamente prejudicados com a Reforma Trabalhista, que reduziu salários e aumentou o desemprego”. Disse que “a reforma de previdência” estaria vindo para “sepultar os trabalhadores sem se aposentar e, além disso, enfraquecer a economia popular, prejudicando principalmente o comércio local de Torres”.
Após a fala de todos os representantes sindicais, os grevistas se deslocaram em passeata pelas ruas da cidade de Torres, evocando palavras de ordem e distribuindo panfletos informativos sobre os impactos da Reforma da Previdência para a população ao longo do comércio local.
Processo contra ataques nas redes sociais
Na avaliação do movimento torrense, categorias e setores de manifestantes do ato receberam ataques pessoais e coletivos de muitas pessoas em redes sociais quando da divulgação dos acontecimentos relacionados ao ato do dia da greve. Portanto, o Coletivo Torrense Intersindical deverá entrar com vários processos em favor de manifestantes de qualquer sindicato que tenham se sentido violentados em sua honra por ofensas nas redes sociais. E para isto o movimento publicou orientação aos participantes, se colocando à disposição para ingressar em juízo contra os autores de tal conduta, oferecendo representação na Delegacia de Polícia de Torres. Destacando ainda na nota “que tais criminosos poderão responder pelo delito de ameaça, calúnia, injuria ou difamação” em especial se a vítima for servidor público, onde há previsão de aumento de pena, bem como responder por indenização por danos morais, por ataque a honra dos participantes na seara cível.