Grupo de mães atípicas de Torres pede mais acessibilidade e respeito para pessoas com deficiência

Representante de entidade ‘Somos Aldeia’ – formado por mães de crianças com deficiências, participou da tribuna da Câmara de Vereadores de Torres para lembrar da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Gislaine, do grupo de Mães Atípicas Somos Aldeia, falando na tribuna
25 de agosto de 2023

Na sessão da Câmara de Vereadores de Torres, realizada na segunda-feira (dia 21 de agosto), participou da Tribuna Popular a representante do Instituto de Mães Atípicas Somos Aldeia, Gislaine Dalpiaz. Mães atípicas são assim chamadas porque possuem em seus lares filhos “atípicos”, ou seja, que possuem alguma deficiência. O Grupo é formado por mães que se ajudam mutuamente para manter a tarefe de cuidar dos filhos sem deixar de cuidar de suas vidas, enfrentando as dificuldades e buscando um convívio harmônico.

Em outras oportunidades representantes do grupo já estiveram no Legislativo torrense. Mas desta vez – na data em que é celebrada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla – Gislaine foi à Câmara para falar sobre sua visão acerca da relação da sociedade com as próprias crianças que possuem necessidades especiais.

 

Sociedade ainda exclui ao invés de melhorar acessibilidade 

Gislaine iniciou sua participação na tribuna reclamando que as deficiências humanas ainda são tratadas pela sociedade como caracteres excludentes, ao invés de inacessíveis. Ou seja, questionou o fato de haver quem pense que excluir a pessoa com necessidades especiais (físicas ou intelectuais) seria o caminho normal, o que é repudiado pelo grupo ‘Somos Aldeia’.

“A deficiência não é uma doença, trata-se de uma condição”, afirmou Gislaine. Ela acha que a diferença deveria ser tratada como outras várias diferenças, como quando uma pessoa tem mais jeito para as artes, enquanto tem menos jeito para a matemática, por exemplo.  A palestrante também lamentou a cultura do “capacitismo”, uma forma de discriminação velada ante as pessoas com deficiência. Para ela, chamar a pessoa de coitado, mesmo que com boa intenção de mostrar solidariedade, só aumenta o sofrimento, dos especiais e dos parentes que estão com ele.

“Os lugares que são deficientes às diferenças, ao invés dos diferentes serem deficientes”, afirmou Gislaine, ao encerrar seu pronunciamento sugerindo que a sociedade mudasse sua atitude e adaptasse os equipamentos e o tratamento públicos para melhor atender as pessoas com deficiência, buscando verdadeiramente mostra de diversidade.

 

Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

De 21 a 27/8 é comemorada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A data foi instituída pela Lei nº 13.585/2.017 e visa ao desenvolvimento de conteúdo para conscientizar a sociedade sobre as necessidades específicas de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão social desse segmento populacional e para combater o preconceito e a discriminação.

 

 

 

 

 


Publicado em: Social






Veja Também





Links Patrocinados