História de Torres: do tempo dos índios a vocação turística

Humildemente, o jornal A FOLHA faz um resgate da história do nosso município, que comemora 146 anos de emancipação neste dia 21 de maio

história de torresDesenho de Herrmann Rudolf Wendroth: A praia da Guarita, 1852. (FOTO: Wikipédia Commons)
24 de abril de 2017

Povoação indígena

A região litorânea de Torres vem sendo habitada pelo homem há milhares de anos. Os primeiros a percorrê-la foram grupos de caçadores-coletores-pescadores, oriundos do norte do continente, e que deixaram diversos vestígios na região sob a forma de sambaquis, grandes montes artificiais de conchas, onde podem ser encontrados frequentemente sepulturas humanas e resquícios de artesanato e instrumentos da pré-história humana.
Segundo o Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul, estas populações seminômades acabaram durante o Neolítico, quando iniciou-se um processo de fixação no litoral norte, e o ser humano ia adaptando-se para um modelo sedentário, começando a cultivar plantas como o milho, amendoim, tabaco, pimenta e batata para cultivo, se tornando agricultores. Desta fase também são encontrados vestígios de índios da chamada Cultura Taquara, agricultores do planalto, que vinham ao litoral sazonalmente para pescar e coletar moluscos, a fim de complementarem sua  dieta. Os Taquaras faziam acampamentos em zonas limítrofes, entre a restinga e as dunas. Mais ou menos na mesma época, Torres e região sofreram uma invasão de nova onda migratória, desta vez composta pelos Guaranis, cuja cultura era mais avançada e cujo artesanato era mais complexos, incluindo cerâmicas e objetos rituais. Supõe-se também que os guaranis ancestrais já desenvolviam também a cestaria, a arte plumária e a tecelagem.
Como nós bem sabemos, a geografia da área de Torres é singular. Começando em Rio Grande (RS) e indo até Laguna, uma das mais extensas praias arenosas contínuas do mundo é modificada pelos únicos afloramentos rochosos à beira-mar em todo RS, as chamadas “torres” de basalto vulcânico, que deram nome a nossa cidade.
Além disso, a planície costeira, que ao norte e sul é mais larga, se afunila aui em Torres, o que fez deste ponto uma rota de passagem obrigatória para todos os que não quisessem transpor entre sul e norte tendo de percorrer os planaltos da Serra Geral. Os índios em suas movimentações já haviam percebido que Torres era um caminho natural, e haviam aberto picadas por ali antes de os portugueses chegarem.

 

Primórdios da colonização

Estas picadas abertas pelos índios se tornaram o caminho usado pelos primeiros portugueses exploradores, ao longo do século século XVII, que vinham do norte para, pouco a pouco, irem se apossando de um território que pela lei da época pertencia à Espanha, por força do Tratado de Tordesilhas – a parte portuguesa encerrava na altura de Laguna, em Santa Catarina, bem mais ao norte.
Entre os pioneiros brancos que se aventuraram por aquelas paragens, estavam caçadores de escravos (bandeirantes que vinham em busca de índios), e tropeiros (que vinham arrebanhar o gado que se multiplicava livre no pampa). Segundo o notório historiador torrense, Dr. Ruy Rubem Ruschel, as caçadas humanas empreendidas ao sul de Laguna trouxeram duas consequências trágicas sobre a região de Torres. A primeira consequência foi seu total despovoamento silvícola, gerado tanto pela morte, captura ou extradição dos índios nativos, como pela fuga dos sobreviventes para cima da serra. A segunda consequência foi o insucesso dos Padres Missioneiros (entre 1605 e 1640) em criarem aqui aldeias jesuíticas. Os nativos catequizados seriam presas fáceis para os bandeirantes escravagistas, que levavam cativos mesmo os novos “católicos”.
Já no plano político-militar, Portugal continuava ignorando os tratados, permanecia avançando sobre terras da Espanha. Em 1777 foi erguida, sobre o Morro das Furnas uma fortificação militar, chamada de Forte de São Diogo das Torres. Esta seria, segundo Ruschel, a primeira obra construída em Torres. A fortificação teria o objetivo expresso de controlar os possíveis avanços dos espanhóis, que nesta altura haviam dominado a Ilha de Santa Catarina e ameaçavam avançar para o sul. O local foi escolhido por proporcionar uma visão elevada e desobstruída em um largo círculo. Porém, diante do armistício que veio com o Tratado de São Idelfonso (que modificava os limites estabelecidos no Tratado de Tordesilhas), o forte foi abandonado, mas o valor estratégico deste ponto continuou sendo reconhecido e aproveitado. E o efeito mais importante desta fortificação foi de ter permitido a fixação dos primeiros colonizadores (Açorianos em sua maioria) nas proximidades de Torres e ao longo do litoral.

 

O fundador de Torres

Dom Diogo de Souza, primeiro Capitão-mor (governador) da Capitania do Rio Grande de São Pedro, decidiu criar uma guarnição militar em nossa terra, que integrava até então o Município de Santo Antônio da Patrulha. Segundo aponta em suas obras o historiador Dr. Ruy Ruschel, o Alferes Manoel Ferreira Porto é considerado o fundador de Torres. Este teria sido nomeado por Dom Diego Souza para comandar um posto de pedágio aqui em Torres, para onde dirigiu-se em 1809. Ao chegar aqui, Porto fixou-se inicialmente no Morro da Itapeva e, mais tarde, por volta de 1814, o transferiu o o posto de pedágio e a guarnição de três homens para cima do Morro do Farol, formando a base precursora da fixação para a futura população urbana torrense.
Segundo Ruschel, naquela época “o sítio das Torres não passava de um deserto, cheio de matagal e banhados. O Título de ‘Guarda de Registro’ era pomposo demais para o lugar. Onças rondavam a Guarita, jacarés tomavam sol nas margens da Lagoa do Violão. Havia só três soldados à disposição do Sargento Porto (mais tarde promovido a Alferes). Sua tarefa era modesta: apenas controlar a passagem das carretas que trafegavam entre Porto Alegre e Laguna, para evitar o contrabando.”
O Alferes Manoel Ferreira Porto, foi o primeiro morador a fixar residência sobre o Morro do Farol, ajudou a erigir a Igreja Matriz, criou seus filhos, empreendeu o desenvolvimento da região, e aqui morreu. Motivos pelos quais entende-se que deve levar o mérito e a homenagem merecida de ser o verdadeiro fundador de Torres.

 

Construção da Igreja São Domingos

Em 1815, o bispo Dom José Caetano da Silva Coutinho, do Rio de Janeiro, fazia por aqui sua visita pastoral e, diante da boa quantidade de famílias açorianas já existentes (que somavam cerca de 400 pessoas) e espalhadas na nossa zona rural, autorizou a construção de uma capela nos sítios das Torres, para atender toda esta gente e poupá-la das intermináveis viagens de carreta até a distante paróquia Nossa Senhora da Conceição do Arroio, (atual Osório). Atendendo ao pedido do bispo, o então governador da Província do Rio Grande, Marquês do Alegrete, doou uma sesmaria de meia légua em quadra ao Alferes Manoel Ferreira Porto, para construção de uma capela.
Porém, divergências dos nossos primeiros moradores quanto a localização da futura igreja (que poderia ser na Itapeva ou sobre o Morro do Farol) foram uma razão para o atraso na construção da mesma. Além do mais, conforme afirma  Hilton Luíz Garcez, administrador do site Torres.net, ” Construir uma Igreja, mesmo nos dias de hoje, não é tarefa fácil pois exige além da boa vontade da comunidade (e do exaustivo trabalho em mutirão), “muito dinheiro”. Pergunta-se então, como uma população escassa, relativamente pobre e isolada, poderia responsabilizar-se por tamanha empreitada? Certamente, o custo da construção da Igreja, deve ter sido na época um assunto muito discutido”
Ao fim e ao cabo, contando com a influência e prestígio do Alferes Manoel Ferreira Porto e apoio de instituições religiosas (intimamente ligada ao estado no século XIX), ficou decidido que a Igreja São Domingos seria erguida sobre nosso popular morro, ao lado de onde já havia sido construída a primeira casa da nascente vila de Torres. Em 1819 foi iniciada a edificação da igreja e em 1824, foi finalizada. Segundo dados do IBGE, alguns penitenciários presos no Forte de São Diego foram os principais responsáveis por esta construção.
Francisco de Paula, na correspondência que deixou, se revela um entusiasta pelo projeto, ajudando novos moradores a se estabelecerem, abrindo ruas, instalando fontes, criando um cemitério, casa paroquial, presídio e outras benfeitorias, muitas vezes às suas próprias custas, além de solicitar ao governo da capitania que enviasse outros recursos humanos e materiais. Já nesta época começou a imaginar a construção de um porto e regularização da barra do Mampituba.
A partir dai, nascia o “arraial” em volta da capela São Domingos. A sesmaria abrangia o terreno onde hoje existe a Igreja, e lotes em torno da capela foram distribuídos, para quem quisesse construir suas moradias. Assim, as novas casas começaram a aparecer na paisagem. Iniciava-se, finalmente, o núcleo urbano torrense.

Suposta imagem de Debret: Vista dos fundos da Capela, a partir do topo do Morro do Farol, início do século XIX. (Wikipédia Commons)

Imigração Alemã

Em 1826 a Câmara de Santo Antônio da Patrulha (cidade ao qual pertencia a vila de Torres) iniciou a instalação de mais de cem famílias de imigrantes alemães, transferidos de São Leopoldo para Torres. Segundo dados do IBGE, o coronel Francisco de Paula Soares, que comandava o presídio (dotado de novas instalações desde 1824) dividiu os 383 colonos em dois grupos, alojando os católicos junto a Torres e os protestantes, com seu pastor e médico, em local oito léguas distante (No município de Três Forquilhas).
Os católicos foram deslocados inicialmente para a estrada de Mampituba, depois para as proximidades do rio Verde e finalmente para os terrenos devolutos situados entre as lagoas do Morro do Forno e do Jacaré. Já junto ao rio Três Forquilhas instalaram-se os protestantes, em terreno situado nas abas da encosta do planalto. Segundo o IBGE, lá estes prosperaram com suas plantações de cana-de-açúcar, banana, tabaco, arroz, mandioca café e algodão. Contudo, a Wikipedia cita o possível relato de um viajante alemão, Carl Seidler, , que em passagem pela região na época dizia que a distribuição dos lotes foi desigual, comos católicos recebendo as melhores terras, o que causava frequente atrito com os protestantes, chegando a se registrar “não raro conflitos sangrentos, e até mesmo os mais bárbaros morticínios”. Disse mais: que a região de Três Forquilhas ainda era assolada por índios, que matavam gente e causavam destruições, com a consequência de que a população teria diminuído em vez de aumentar.

Guerra dos Farrapos

Pela situação estratégica de Torres, “como porteira da Província do Rio Grande do Sul”, após esquecidas as pretensas invasões espanholas, os moradores locais passaram a viver o desconforto das frequentes turbulências políticas internas. Estas “revoluções” deixaram suas consequências marcantes sobre o pequeno núcleo populacional que se formava por aqui. Em 1835 eclodiu a Guerra dos Farrapos, sucedendo-se no controle da administração local, durante os dez anos de guerra, ora as guarnições revolucionárias dos Farrapos, ora as legalistas. Como salienta Dr. Rui Ruschel em “Torres, Origens”, a guerra dos Farrrapos perturbou o desenvolvimento socioeconômico de Torres. mas sob o aspecto político administrativo ganhou em importância, pois devido a esta guerra, em 1837 Torres passou oficialmente à categoria de Freguesia (equiparando-se aos atuais distritos de municípios).

Más condições de vida

Os relatórios oficiais da época são repletos de queixas pelas más condições gerais e de súplicas por envio de ajuda da capital. A Wikipedia afirma que, em 1846, havia apenas 187 proprietários registrados na cidade e menos de 150 eleitores. A soma desses fatores acabou por levar à emancipação, em 1857, do então Distrito de Conceição do Arroio, hoje Osório, separando-se de Santo Antônio e incorporando a si o distrito das Torres. Nesta altura, a navegação interna pela rede de lagoas e canais da região começava a se tornar mais intensa, criando uma ligação entre o litoral norte e Porto Alegre, por onde passavam pessoas e bens.
Vários deputados e administradores locais tentaram promover o progresso aqui em Torres. Havia na prática um consenso de que a região tinha um grande potencial, ainda inaproveitado. Mas segundo Lucia Maciel Barroso, em seu livro “De Santo Antônio da Patrulha a Torres – Relações Litorâneas (1809-1857)”, embora algumas melhorias fossem conseguidas, a própria Província era pobre e pouco podia fazer. As queixas de pobreza continuaram, e Heinrich Handelmann, visitando a região em 1860, deplorou:
“O estado em que se acham ambas as colônias, Três Forquilhas e Torres, as duas juntas aproximadamente mil almas, é portanto lastimável; se os habitantes têm o necessário para a subsistência, entretanto, pela impossibilidade de saída regular dos produtos, falta-lhes o estímulo para incitá-los a serem ativos trabalhadores de lavoura e indústria; cortadas as colônias de toda a comunicação, com a gente da Província e com a velha pátria, elas permanecem como que enterradas no mato, devendo necessariamente degenerar espiritualmente”.

Emancipação e pobreza

A situação de estagnação social, cultural, urbana e econômica se prolongou até o início do século XX, chegando a surpreender que o povoado tenha sido elevado ao status de Município de São Domingos das Torres, com território desmembrado do de Conceição do Arroio (atual Osório), por Lei provincial n.° 1.152, de 21 de maio de 1878 (data considerada oficial da emancipação. A mesma lei elevou a sede municipal à categoria de vila, ocorrendo a instalação a 22 de fevereiro de 1879.
Em 1887, porém, foi o Município extinto, sua sede perdeu a condição de vila e o território voltou a pertencer a Conceição do Arroio, e
Segundo o IBGE, em 1884, após vibrante campanha abolicionista, o tenente-coronel Manoel Fortunato de Souza declarou livre de escravidão a freguesia de Torres. E por ocasião da Revolução Federalista de 1893, o General Arthur Oscar esteve em Torres, com o objetivo de perseguir a coluna revolucionária Gumercindo e Salgado, contanto para isso com um contingente de mil homens. No mesmo ano começaram a chegar, descendo a Serra, famílias de imigrantes italianos que não conseguiram se fixar na região de Caxias do Sul. Mas a riqueza para a população continuava a ser coisa desconhecida. De acordo com Barroso, o resumo dos cerca de trinta inventários deixados por defuntos entre 1896 e 1898 indica que, naquele tempo, quase metade das famílias ainda não dispunha de uma mesa de refeições em suas casas.

Porto fracassado na Guarita

Em 1892 a ideia do porto em Torres voltava a ganhar alento. Iniciou-se a construção de um Molhes na Praia da Guarita, para abrigar navios que viriam trazer material de construção para o porto verdadeiro. As pedras para o molhes saíram dos próprios morros vizinhos, explodidos com dinamite (os rombos ainda são visíveis), mas em breve o projeto foi abandonado, com apenas 50m de um molhe construído. Segundo Ruschel, na virada para o século XX , Torres começou a se tornar notícia frequente nos jornais da capital (mais de trezentas notas entre 1895 e 1912), e a tônica dos debates era o aproveitamento dos canais e lagoas para navegação interna, bem como a velha ideia de construção de um porto. Falava-se também na construção de uma ferrovia. Essas obras deveriam certamente acelerar seu crescimento, mas não se realizaram como o esperado. A solução para o atraso socioeconômico e cultural veio de outra parte, quase casualmente.

As jornadas dos veranistas pioneiros

No começo do século XX, o Brasil procurava se modernizar, e olhava para a Europa em busca de modelos de civilização; assim, entre outras tendências imitadas começou a se notar a adoção pelas elites do conceito europeu de férias e da moda dos banhos de mar, considerados terapêuticos. Com isso começaram a chegar em 1910 os primeiros veranistas, vindos do planalto gaúcho e de Porto Alegre. Mas ainda não havia boas estradas, e a viagem, que durava de três a quatro dias, era um empreendimento trabalhoso, ocorrendo geralmente em carretas ou lombo de mulas, sendo necessário levar comida e outros bens para um conforto mínimo, pois nenhuma estrutura especial para receber esses visitantes ainda fora desenvolvida.
Os veranistas pioneiros geralmente acampavam à beira-mar, ou se hospedavam em uma das simples pensões do local. Seus costumes eram espartanos, e como relatou Mário de Freitas, “os homens assim que chegavam adquiriam um pijama, um par de tamancos, um chapéu de palha de butiá e uma bengala de pau entalhado típica da região. As mulheres usavam de regra apenas um robe de chitão ou opalina, calçando chinelos ou sandálias”. Já Eduardo Mattos Cardoso afirma ( em seu livro ‘Invenção de Torres: Do Balneário Picoral à Criação da Sociedade Amigos da Praia de Torres – SAPT’) que os banhos eram tomados bem cedo, seguindo uma ritualística própria de acordo com as ideias médicas da época, recebendo o banhista somente um número de ondas pré-determinado, o que era repetido por nove banhos, quando o “tratamento” era dado por encerrado.

José Picoral e a vocação turística

Ainda de acordo com Cardoso, dentre as personalidades que deram forte impulso ao desenvolvimento de Torres, destaca-se quem primeiro percebeu e decidiu explorar o potencial para o turismo da cidade: José Antônio Picoral. Filho da colônia São Pedro de Alcântara, tornou-se próspero comerciante em Porto Alegre, mantendo, porém, vínculo com a terra de origem.
Depois de um frustrante veraneio em Tramandaí, Picoral imaginou transformar Torres em uma moderna estação balneária e, em 1915, após entendimentos com João Pacheco de Freitas, Luiz André Maggi, Carlos Voges e outros torrenses, instalou seu Balneário Picoral. Asede a princípio foi o Hotel Voges, logo chamado Hotel Picoral, marco histórico da introdução do turismo em Torres e o maior empreendimento turístico do estado até então. Tinha grandes pavilhões para atividades coletivas, como refeições e festas, e uma série de chalés para dormitório, organizados num quarteirão que focalizou a movimentação social de seu tempo e criou em seu redor a “zona nobre” da cidade, inaugurando um promissor caminho econômico alternativo pelo qual a cidade pôde, enfim, crescer.
O hábito do verão à beira-mar pouco a pouco se difundiu, e a partir da década de 1920 Torres acabou por ser conhecida pelos riograndenses como um local da moda. A instalação de uma linha de ônibus Torres-Capital tornou as coisas apenas um pouco mais fáceis para os veranistas, pois as estradas ainda não passavam de picadas esburacadas e sujeitas a alagamentos. Sobrevivem crônicas bem-humoradas sobre os passageiros sendo obrigados a empurrar o ônibus atolado no barro e juntas de mulas ou bois a tentar mover o veículo. Isso não parecia incomodá-los. Conforme dizem os relatos, era para eles tudo uma grande e divertida aventura, sabendo que logo estariam desfrutando de momentos de descontração na beira da praia, junto de amigos e parentes.

Banhista com trajes da moda, foto publicada na revista A Gaivota, em 1939 (FOTO: Wikipedia Commons)

Publicado em: Educação






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