Histórico chalé nos Molhes deve ter Memorial do Surf em funcionamento já durante a temporada de veraneio

Chalé dos Anos 20 (foto)- pertencente a família Gerdau e originalmente instalado na Prainha - foi remontado em janeiro deste ano, e deve em breve tornar-se referência para o surf torrense

24 de dezembro de 2018

No começo de 2018, um histórico imóvel de Torres foi reapresentado a sociedade local em novo endereço. Construído na década de 20 na Prainha, o Chalé da família Gerdau Johannpeter foi remontado junto a praça Zeca Scheffer, nos Molhes – clássico local do ‘surf lifestyle’ torrense. A iniciativa partiu da Construtora Ivo Rizzo e representantes da família Gerdau –  em parceria com a prefeitura de Torres, sendo que a remontagem do histórico chalé foi uma contrapartida a construção de um empreendimento novo – que ficará no terreno onde o antigo chalé estava preservado até o final de 2016.

Uma grande cerimônia, realizada no dia 19 de janeiro, marcou a reinauguração do imóvel junto aos Molhes. Conforme anunciado pela prefeitura, a ideia era de que o espaço fosse utilizado para abrigar um memorial da história do surfe em Torres, a ser gerenciado pela própria gestão municipal. Entretanto, mais de 11 meses se passaram… e o chalé seguia fechado ao público, sem muitas pistas sobre sua eventual utilidade… até agora.

Tendo em conta a falta de informações sobre a utilização do histórico chalé nos Molhes, o jornal A FOLHA entrou em contato com a prefeitura para ficar a par sobre o assunto. Conforme o servidor do Departamento Municipal de Esportes,  Derick Machado, a prefeitura – em parceria com a Associação dos Surfistas de Torres (AST) e outros colaboradores – está em fase de coleta de material para viabilizar o memorial do surf. E a boa notícia é que o espaço deve começar a funcionar em breve – talvez até a tempo de abrir na temporada de veraneio. “A AST também será parceira na gestão do espaço, sendo que a entidade está arrecadando materiais históricos como troféus, pôsteres antigos, vídeos, fotos, pranchas e outros equipamentos relacionados ao surf torrense. Há uma boa rede de parceiros, e já temos um material bastante completo para fazer um bom acervo no memorial”.

Derick e outros servidores da prefeitura estiveram no chalé no dia 12 de dezembro, averiguando alguns detalhes para a organização do espaço, já levando materiais que irão compor o acervo. Ele destaca que o mobiliário, as placas que irão identificar os objetos e salas, bem como banners, porta retratos e a identidade visual da entrada foram oferecidos numa parceria da Prefeitura com a Monte Bello Construtora – grande voluntária na iniciativa de ‘tirar do papel’ o memorial do surf em Torres.

“Uma das ideias interessantes pretendidas para o memorial é uma arte em 3D de uma onda, com a qual os visitantes do memorial teriam a chance de brincar um pouco e tirar fotos de si mesmos dropando uma grande onda”, indica Derick. Além disso, estão previstos espaços especiais para relembrar a trajetória de ídolos do surf torrense, como o big rider Zeca Scheffer (in memoriam) e o surfista profissional Rodrigo ‘Pedra’ Dornelles – que em 2007 foi o melhor surfista brasileiro no mundial do esporte. Dentro do espaço deverá haver também um artesão local fazendo camisetas personalizadas de surf e confeccionando mini réplicas de pranchas.

FOTO: Criar arte com um onda em 3D é uma das ideias futuras pro espaço

 

Sede da AST também deverá funcionar no local

 

Parceira na viabilização (e posteriormente na gestão) do Memorial do Surf na cidade, a Associação dos Surfistas de Torres (AST) também foi consultada sobre a efetivação do projeto. Conversamos com o presidente da Entidade, Giuliano Homem, o Giu, que conta que o  memorial esta sendo feito com a colaboração de diversos surfistas da região, um trabalho conjunto da comunidade para tornar este grande sonho viável.

“Fazer parte da montagem do memorial é um grande prazer, tendo assim um lugar para exibir a historia do surf gaucho e torrense. No memorial ira funcionar também a sede da AST, um sonho antigo que esta se tornando realidade”, explica Giu, que conclui: “Quero agradecer a todos que estão fazendo parte deste momento, em especial a familia Gerdau pela doação do chalé e ao Eduardo Bier pela colaboração direta com este projeto”.

FOTO: Parte do acervo que fará parte do memorial do surf

 


Publicado em: Cultura






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