Ao invés de uma comemoração, a corretora de imóveis aposentada Walmi Sperb teve no seu aniversário que ir à delegacia e à agência bancária. O motivo: concluiu que, apesar de ser muito precavida em contatos por WhatsApp e e-mails, havia caído num golpe digital.
“É a terceira pessoa (com este mesmo problema) que atendo hoje”, comentou a escrivã na delegacia de Torres, ao registrar a ocorrência . No Banco do Brasil, o gerente da conta da idosa disse que era o quarto caso somente naquele dia.
Como foi o caso
Usando um número de telefone com prefixo das Filipinas, os golpistas se passaram por um amigo de longa data da vítima. Por coincidência, ou porque o telefone dele poderia estar sendo monitorado, este amigo recém tinha feito uma cirurgia nos Estados Unidos. As tratativas, exames e tudo que envolvia a cirurgia, vinham sendo sempre comunicados à idosa, pelo número verdadeiro do amigo.
Até que, no dia da cirurgia, ela recebeu mensagens dele por outro número, dizendo que este era o telefone que ele tinha levado para o hospital. Ela então perguntou, pelo número antigo, se ele usava um segundo telefone, e ele confirmou. Neste contexto favorável, os bandidos foram pedindo diferentes depósitos urgentes por pix, para contas de outras pessoas. Seriam dívidas acumuladas no cartão de crédito, alegava o golpista. (TEXTO por Miriam Sperb)
