Na quinta-feira (9 de maio), o jornal A FOLHA fez conato com o coordenador da Defesa Civil (DC) da cidade de Torres, Elói do Nascimento, para receber informações concretas das regiões de Torres afetadas pelas chuvas anormais (e consequentes cheias de rios) que assolam o estado gaúcho, uma vez que Torres também sofreu com volumes pluviométricos acima da média. Conforme Elói, um grupo de pessoas da defesa civil esteve e ainda estava em vigília, grupo este que estava na maioria das vezes acompanhado por pessoas da Secretaria da Ação Social, muitas vezes lideradas pela própria secretária Hélvia Sanae Mano, junto com assistentes sociais que acolhem os vulneráveis nos eventos naturais deste caso.
Rio Verde, Pirataba e Salinas sofreram mais
Ainda no começo do último final de semana, na comunidade do Rio Verde, interior do município, a estrada foi coberta pela água. Na Pirataba, no mesmo interior, também. Nos bairros Salinas 1 e 2 foi necessário avisar algumas famílias para que prestassem atenção no movimento do rio para evacuassem se o fluxo chegasse a um determinado tamanho. Outras, conforme a Defesa Civil de Torres, inclusive foram convidadas a sair de casa preventivamente e irem para um abrigo – mas não quiseram fazer o aconselhado de jeito nenhum, como diz a equipe de trabalho da DC de Torres.
As vigílias foram realizadas em toda a extensão do rio Mampituba. No trabalho de fiscalização defensiva, os servidores da equipe da Defesa Civil fizeram visitas a mais de 30 casas apontadas no trabalho como possivelmente vulneráveis, visitas estas sempre acompanhadas de servidores da assistência social através do CRAS (Centro de Recuperação e Assistência Social) da secretaria, além da Defesa Civil.
O balanço, até quinta-feira (09) contabilizava mais de 300 metros de lonas entregues; Houve uma família que precisou sair de casa, abrigada no Colégio Alcino Pedro Rodrigues por 2 dias, sendo que depois foi realocada em sua casa, ainda acompanhada pelas equipes (que deixaram na residência lonas para impermeabilização de avarias além de entregarem donativos eventuais protocolares destes casos).
A defesa Civil de Torres lembra que as tradicionais áreas de risco da cidade quando chove muito são: Salinas 1 e 2 e Guarita. Quando o evento apresenta mais ventos fortes, além de chuvas, os lugares de maior cuidado são o Morro do Farol, no centro, além de toda Avenida do Riacho (vulgarmente conhecido como Valão), que em algumas ocasiões pode transbordar por conta do fluxo ou do represamento de águas do rio e do mar.
Atendimento é institucionalizado
A Defesa Civil é um órgão que em qualquer lugar atua em ações preventivas, de socorro, assistenciais e reconstrutivas destinadas a evitar ou minimizar desastres, sejam eles de causa natural ou não. Organizada com a participação da sociedade civil e do poder público, fundamenta-se no princípio de que nenhum governo, sozinho, consegue suprir todas as necessidades dos cidadãos. Sua atuação se dá por meio do trabalho de seus agentes, equipe formada por profissionais contratados e voluntários.