Impulsionado pelo educação, Arroio do Sal vem melhorando classificação no índice Firjan

Apesar disso, situação da saúde em Arroio do Sal piorou significativamente no quesito saúde. Municípios muito pequenos da microrregião de Torres seguem sofrendo com problemas no índice de emprego e renda

Vista aérea de Arroio do Sal
10 de julho de 2018

 

A versão 2018 do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) monitora o desenvolvimento socioeconômico de todos os 5.565 municípios brasileiros em três áreas: emprego e renda, educação e saúde – tendo como base dados de 2016. E conforme esta complexa pesquisa, entre os municípios da microrregião de Torres – aqueles emancipados da cidade desde os anos 80 – Arroio do Sal foi o que teve a melhor evolução nos últimos anos.

O índice de Arroio do Sal (0,753) teve uma  melhora gradual e constante no quesito educação leve melhora em comparação com 2015 (0,749) – impulsionado por uma gradual e significativa melhora no quesito educação, que vêm ocorrendo desde 2008, e leve melhora no quesito Emprego e Renda. Entretanto, conforme o Firjan, de 2008 até 2016 o município teve piora significativa no quesito saúde.

Três Cachoeiras melhorou seu índice (0,753) em relação a 2015 (0,723) mas está longe do melhor resultado geral, obtido em 2011 (0,791). O baixo resultado no quesito emprego e renda nos últimos anos preocupa – com queda de mais de 40% comparando-se com 2013, quando a cidade alcançou 0,731 pontos

Município catarinense vizinho à Torres, Passo de Torres também vem apresentando uma melhora lenta e gradual no ranking da Firjan. Com IFDM consolidado de 0,702, melhorou levemente em relação a 2015 –  com valores um pouco mais altos nos índices de educação e saúde e um pouco mais baixos em emprego e renda.

TABELA: Resultado dos Municípios da Região no Ranking da Firjan de desenvolvimento

 

Nos municípios muito pequenos, problemas no quesito emprego e renda

 

Em comparação com os índices de 2015, Dom Pedro de Alcântara melhorou levemente no quesito educação e segue como município com melhor parâmetro da microrregião no quesito saúde (0,955) – apesar de ter perdido pontos em relação ao índice de 2010, quando foi considerado o pelo Firjan como município mais bem ranqueado saúde no país (obtendo nota máxima, 1). A baixa nota de Dom Pedro de Alcântara no quesito emprego e renda (0,381) segue uma média histórica do município, mas em 2014 essa nota era significativamente maior (0,49).

O mal resultado no índice de emprego e renda visto em Dom Pedro de Alcântara também pode ser averiguado nos municípios muito pequenos (com menos de 3 mil habitantes), da microrregião de Torres. Mampituba, Morrinhos do Sul e Três Forquilhas apresentam valores abaixo de 0,4 (baixo desenvolvimento) nesta área – com destaque negativo para Morrinhos do Sul (com um dos índices mais baixos do estado em emprego e renda – 0,299). Vale ressaltar, entretanto, que o índice de Emprego & Renda da Firjan não leva em conta o emprego informal, que acaba escondendo da estatística uma relevante porcentagem da renda total da população (em especial em cidades pequenas como as acima citadas).

Apesar dos baixos índices em emprego e renda, Mampituba teve melhora no ranking geral da Firjan, impulsionado levemente pelo resultado no quesito educação e, principalmente na saúde (mais de 10% de aumento em comparação com 2015). Já um dos destaques negativos da microrregião fica com Morrinhos do Sul – que caiu significativamente no ranking se comparado ao resultado de 2015 (de 0,7 para 0,654), tendo piora significativa no quesito educação e saúde. Pior ainda foi Três Forquilhas – que teve um dos piores índices do RS, sendo único município do litoral a aparecer abaixo dos 0,6 no IFDM consolidado – caindo significativamente em comparação ao ano de 2015, impulsionado por uma fortíssima queda no quesito saúde (que foi de 0,91 para 0,64)

 

O vício do emprego informal

 

Análises à parte, é importante lembrar que o índice de Emprego & Renda da Firjan não leva em conta o emprego informal, que acaba escondendo da estatística uma relevante porcentagem da renda total da população. Essa característica histórica das relações de trabalho no Brasil é um dos grandes motivos para o estanque de determinados indicadores econômicos, e contribui, em parte, para a os índices baixos de emprego e renda na região de Torres (confira a seguir) – assim como em quase todos os outros municípios do país.

 

 

 


Publicado em: Economia






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